CONHEÇA A CRISTO E A BÍBLIA
INTRODUÇÃO
Enquanto a grande maioria dos cristãos entendem que o pão e o vinho (suco de uva) representam respectivamente o corpo e o sangue de Jesus, a Igreja Católica Apostólica Romana apregoa que no momento da Eucaristia, o pão e o vinho se tornam o corpo e o sangue de Jesus. Como a Bíblia pode nos dar uma resposta a esta questão?
A FÉ CATÓLICA ROMANA VERSUS A BÍBLIA.
Segundo a crença da Igreja Católica Apostólica Romana, na Eucaristia Católica Romana ocorre o seguinte milagre:
ARGUMENTO CATÓLICO ROMANO 1 – “No santíssimo sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo.” – Catecismo da Igreja Católica, página 379, Item 1374, Edições Loyola, São Paulo, 1999, reimpressão de dezembro de 2004.
RESPOSTA CRISTÃ – Se o pão e o vinho se tornam substancialmente o corpo e o sangue de Jesus, ingeri-los seria praticar o canibalismo, prática esta não endossada pelas Escrituras. Ademais, Deus ensinou seu povo a não tratar o sangue como alimento. Lemos em Atos 15:28, 29 a ordem para abster-se de sangue no contexto de alimento. Então por que Deus ensinaria a Igreja a beber o sangue de Jesus, no suco de uva?
ARGUMENTO CATÓLICO ROMANO 2 – “Em João Capítulo 6, vemos primeiro Jesus alimentando a multidão milagrosamente com pão literal (6:1-15). Depois, Jesus prepara o povo para receber, não o alimento estraga, mas o que permanece para a vida eterna (6:27). Daí Jesus diz que Ele é o pão da vida. (6:31, 48) Assim, a hóstia é o pão da vida, Jesus. Os protestantes não creem nisso e reagem como os judeus escandalizados com as palavras de Jesus, e o abandonam. E Jesus os chama de descrentes. – 6:64-66. Eis quem são os evangélicos e protestantes!”
RESPOSTA CRISTÃ – A questão é que nós não abandonamos Jesus! Continuamos a segui-lo porque Ele realmente é para nós o pão da vida. Ele vive em nós, não porque comemos uma hóstia ou tomamos vinho, mas porque o amamos e guardamos a sua palavra, e Ele e o Pai vêm fazer morada em nós. (João 14:23) Ele é o pão da vida porque comemos do seu corpo ao recebemos Ele e seu sacrifício em nossas vidas, e isto para nós é o verdadeiro alimento. É interessante que na visão de Ezequiel, ele recebe um livro e Deus pede para comê-lo. E Ezequiel come. O que esta visão queria ensinar a Ezequiel e aos Israelitas? Que eles deveriam humildemente e com fé, de todo o coração, aceitar a palavra de Deus, como se ela passasse a alimentá-los e a fazer parte deles. (Ezequiel 2:8-3:3) Do mesmo modo, Jesus, ao dizer que Ele era o pão da vida, e que seus discípulos deveriam comer da sua carne, Ele não estava sendo literal, mas desejava que seus discípulos ACEITASSEM, com humildade e fé, de todo o coração, a palavra de Jesus e seu sacrifício expiatório, o seu corpo, dado por nós na cruz do calvário. Por isso Jesus, ao instituir a Ceia, diz: “Fazei isso em memória de mim”. (1 Coríntios 11:24) O pão e o vinho são símbolos que nos trazem na memória o que Jesus fez na cruz por nós.
ARGUMENTO CATÓLICO ROMANO 3 – “Mas se Jesus disse “Isto é meu corpo” e “isto é meu sangue”, referindo-se respectivamente ao pão e ao vinho, então não temos como não acreditar na transubstanciação.”
RESPOSTA CRISTÃ – Sabemos que Jesus disse: “Isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue“. (Mateus 26:26, 28) E nossa resposta aos romanistas é: Cremos verdadeiramente nessas palavras de Jesus. Não há como ter vida eterna sem vivermos o que estas palavras de Jesus realmente querem dizer. Todavia, não podemos interpretar estas palavras de forma literal. Infelizmente, este literalismo tem movido os católicos a nos julgarem, com os dizeres: “Vocês não têm Deus em vós mesmos, porque não comem nem bebem do corpo e do sangue de Jesus Cristo”. Outros, ainda afirmam: “Como poderão ser salvos, se não participam do milagre da transubstanciação?” Todavia, Jesus várias vezes usou o verbo grego “ser” (eimí) com a acepção de “significar. Veja:
Quem em sã consciência admitiria que Jesus estaria usando o verbo “ser” aqui em sentido literal? Então, por que os romanistas entendem que Jesus é o pão do céu, na hóstia, em sentido literal? No entanto, os romanistas irão contra-argumentar:
ARGUMENTO CATÓLICO ROMANO 4 – Quando Jesus disse “Eu sou a videira, vós, os ramos”, o verbo “ser” significa “ser”, e não “representar, significar”. Pois a videira é a vida para os ramos, e não apenas “significa” a vida para os ramos. Quando Jesus diz eu sou a porta, ele não está querendo dizer que ele significa uma porta, mas que ele é para nós o que uma porta é para quem precisa entrar ou sair de algum lugar. Da mesma forma, quando lemos que Jesus é o Alfa e o Ômega, ele quer dizer que é o primeiro e o último, não que ele signifique o primeiro e o último. Assim, quando Jesus diz: “Isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, ele quer dizer que literalmente o pão e o vinho se tornam o corpo e o sangue de Jesus Cristo.
RESPOSTA CRISTÃ – Isto é um mero truque de argumentação. Poderíamos também dizer: Quando Jesus disse “Eu sou a videira, vós, os ramos”, ele quis dizer que Ele significa a vida para nós, assim como a videira significa a vida para os ramos. Mas literalmente, Jesus é uma videira? Nós somos literalmente ramos? Assim, a videira é um símbolo de Cristo, assim como os ramos são um símbolo dos crentes. No caso da porta, Jesus não é literalmente uma porta. Não é também uma letra alfa ou ômega, do alfabeto grego. Estas letras não são Jesus, mas simbolizam algo da pessoa de Jesus. Para enfatizar o ponto:
Portanto, não vemos razão para esse literalismo inflexível da Igreja Católica Apostólica Romana.
ARGUMENTO CATÓLICO ROMANO 5 – “Vocês, hereges protestantes, não deveriam questionar o mistério da transubstanciação, apelando para argumentos humanos, típicos de quem não tem fé. Assim também fazem outros hereges contra a doutrina da Trindade. Se vocês, protestantes, creem na Trindade, pela fé, sem questionar, por que não fazem o mesmo com o corpo e o sangue de Jesus?”
RESPOSTA CRISTÃ – Não fazemos o mesmo porque a Bíblia, no caso da Trindade, ensina claramente que o Pai é Deus (1 Coríntios 8:6), o Filho é Deus (João 1:1; 20:28), o Espírito Santo é Deus (Atos 5:3, 4) e que Deus é um só (Efésios 4:6). Mas onde na Bíblia lemos que os apóstolos entenderam “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue” em sentido literal? Em lugar nenhum! Pelo contrário, Jesus diz: “Fazei isso EM MEMÓRIA de mim”. – Lucas 22:19; 1 Coríntios 11:24.
ARGUMENTO CATÓLICO ROMANO 5 – “Em João 6:52-59, em grego bíblico, Jesus primeiro usa o verbo comer “PHÀGEIN”. Mas nos versículos 55, 57-59, ele muda o verbo, e usa “TRÓGO”, que significa “comer”, “mastigar”, “quebrar com os dentes os alimentos mais duros, tragar, devorar.” Logo, a hóstia só pode ser, na transubstanciação, o corpo de Cristo. E o mesmo podemos concluir do vinho: Ele é o sangue de Jesus.
RESPOSTA CRISTÃ – O fato de se usar esses verbos gregos apenas significa que o pão (a hóstia) deve ser comido, mastigado, etc. Mas isso, em si, não prova que o pão, e muito menos o vinho, se tornam substancialmente o corpo e o sangue de Jesus. Esses verbos foram usados para nos ensinar que devemos comer algo que simboliza o corpo de Jesus.
ARGUMENTO CATÓLICO ROMANO 6 – Será que os pais da Igreja e a própria Igreja esteve errada em crer na transubstanciação até que os hereges protestantes resolvessem ensinar diferente?
RESPOSTA CRISTÃ – A Igreja Católica Apostólica Romana errou sim! o termo “transubstanciação” em si não existia até o século IX. Foi Paschasius Radbertus, um monge beneditino, quem começou a utilizá-lo. E só no século XIII a Igreja Católica adotou oficialmente o termo durante o Concílio de Trento. Os pais da Igreja e os teólogos cristãos nos primeiros cinco séculos divergiam de opinião sobre se o pão e o vinho eram símbolos do corpo e do sangue de Jesus, ou se eles realmente se tornavam o corpo e o sangue de Jesus. A pergunta que não quer calar é: Se o dogma da Transubstanciação é bíblico e que a hóstia e o vinho são alimentos que nos conferem vida eterna, então por que Deus demorou até o século XIII para fazer sua igreja explicar a questão aos católicos?
CONCLUSÃO
Como conclusão, podemos dizer que Jesus, ao dizer, “o pão que eu darei para a vida do mundo é minha carne” está dizendo aqui é que ele dará a si mesmo (ver 6.57) Sobre o vinho, absolutamente nada na Bíblia, e nas palavras dos apóstolos, sugere a literalidade da expressão “isto é o meu sangue”, ao se referir ao cálice.
Por fim, chamar os protestantes e evangélicos de hereges é bem típico de uma Igreja que se desviou da fé e passou a apregoar ensinos jamais ensinados nas Escrituras e pelos apóstolos.