PERGUNTA – Por que não devemos mentir?
RESPOSTA CRISTÃ – Deus não pode mentir (Tito 1:2) e é impossível que Deus minta. (Hebreus 6:18) O caráter de Deus não coaduna com a mentira.
A Bíblia o descreve como o Deus da verdade (Salmos 31:5), o Deus verdadeiro (1 João 5:20). Em sua Oração Sacerdotal, Jesus chama o Pai de único Deus verdadeiro. (João 17:3) Sobre si mesmo, Jesus afirma: Eu sou a verdade[1]. (João 14:6) E sobre o Espírito Santo, Jesus o declara como o Espírito da Verdade. (João 14:17; 15:26; 16:13) Lemos também que Deus não é homem para que minta. – Números 23:19.
Mas ao diabo, Jesus chamou de o Pai da Mentira. (João 8:44) Em nosso jeitinho brasileiro de ser cristão, nosso calendário marca 1o. de abril várias vezes no ano. Muitos mentem agindo como o perverso, o homem mau, que anda com a perversidade na boca, piscando os olhos, fazendo sinais com os pés e acenando com os dedos. (Provérbios 6:12, 13) Dentre as seis práticas que Deus odeia estão a língua mentirosa e a testemunha falsa que profere mentiras. – Provérbios 6:17, 19.
Então, o salmista pergunta: Até quando […] buscareis a mentira? (Salmos 4:2) e afirma que estará diante de Deus aquele que não entrega sua vida à mentira. – Salmos 24:4.
A mentira é uma negação do próprio Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Por isso, quanto aos mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte. (Apocalipse 21:8) Mas habitará no Santo Monte de Deus aquele que vive com integridade, pratica a justiça e fala a verdade de coração. – Salmos 15:1, 2.
De todas as verdades que nossos lábios poderiam contar a mais nobre para o povo cristão é: Jesus, a verdade de Deus, morreu por nós para nos salvar.
Portanto, jamais deveríamos mentir, com modelos sofisticados ou não, mesmo com a desculpa de que ela ajudaria alguém. Muito melhor será falar sempre a verdade, mesmo com eufemismos. “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro […] nisto pensai.” (Filipenses 4:8) Fazer da verdade uma prática implica em andarmos na verdade, como filhos da luz e imitadores de Deus. (Efésios 5:1) E falar sempre a verdade é uma das formas de se construir um verdadeiro modo de adoração a Deus.
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[1] Sobre Jesus ser a verdade, define-se verdade em João 14:6 como: “Não é meramente “verdade” ética, mas a “verdade” em toda a sua plenitude e âmbito, conforme está encarnada nEle; Ele era a expressão perfeita da verdade; isto e virtualmente equivalente a Sua declaração em Jo 14.6.” – Dicionário Vine, p. 1054.
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PERGUNTA – Como a Igreja Pode Ajudar os Idosos?
RESPOSTA CRISTÃ – O salmista pediu a Deus:
“Não me rejeites na minha velhice; não me desampares, quando minhas forças se forem. Agora, que estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que eu tenha anunciado tua força a esta geração, e teu poder, às gerações do futuro.” – Salmos 71:9, 18.
No livro organizado pelo Pr. Salovi Bernardes, O Idoso Ativo, pp. 18, 19, o Pr. Irland Pereira de Azevedo escreveu sobre o conceito bíblico de velhice:
“A Bíblia considera o processo do envelhecimento como algo normal e a velhice como experiência desejada, compreendendo-a como divino galardão pela piedade e sinal do favor de Deus. (Gn 15.15; Ex 20:12) sendo havidas como bem-aventuradas as comunidades em que vivem muitas pessoas idosas (Is 65.20; Zc 8:4) Por outro lado, o crente pode ter certeza da bondade e do cuidado de Deus, quando a velhice chegar (Is 46.4) e, por isso, pode e deve guardá-la com fé e esperança. (Sl 71:18) O novo testamento acentua a responsabilidade dos filhos e da família em relação aos idosos (Mc 7:1-13; Mt 15:1-6; 1 Tm 5:4, 8; Tg 1.27) e o dever de os idosos procederem de modo a serem exemplos para os mais jovens. […] Os idosos de uma nação e os da igreja de Jesus Cristo constituem, portanto, notável reserva de experiência e sabedoria e, dessarte, precisam de ter voz e vez, de modo a poderem somar sua experiência do mundo, da vida e com Deus, ao vigor, ao entusiasmo e ideias das novas gerações.”
A expectativa de vida tem aumentado e a Igreja de Cristo terá mais idosos. Morrer mais velho nos põe de frente com as doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer, Parkinson, e vários tipos de demência, sem contar doenças do coração, AVC e câncer.
Mesmo que cada família seja responsável por seus idosos, a Igreja pode fazer muito por eles. Será que:
Paulo escreveu: “Se uma mulher crente tem viúvas em casa, ajude-as; não se sobrecarregue a igreja, para que esta possa ajudar as viúvas de fato necessitadas”. (1 Timóteo 5:16) Este texto nos ensina uma cooperação mútua entre família e igreja.
Outro texto bíblico que nos move a pensar no futuro dos idosos é aquele onde o próprio Deus os reconhece como merecedores de um prêmio: “Coroa de honra é a cabeça branca.” (Provérbios 16:31) Champlin comenta este versículo:
“O vs. 31 relata o caso de um mestre que viveu a boa vida e agora envelheceu. A idade avançada é o seu ponto de mais elevada glória. Ele viveu bem e longamente e agora usa seus cabelos grisalhos como coroa de glória, dizendo: “Esta vida foi bem vivida, do começo ao fim, até a idade avançada”. Esse homem correu bem e ganhou a grinalda que é dada aos vencedores.” – O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, p. 2622. Volume 4.
A Bíblia reconhece a importância dos idosos. Comentou-se: “Das seis pessoas mais envolvidas com o nascimento de Jesus, três eram idosos: Zacarias, Isabel (Lc 1.7) e Ana, a profetiza (Lc 2.36-38). É muito provável que Simeão, o homem que tomou nos braços o Senhor, fosse um idoso à espera da morte (Lc 2.25-32).” – Revista Ultimato, julho/agosto de 1999.
Portanto, imitemos a Deus, que prometeu cuidar dos idosos de Israel:
“Ó linhagem de Jacó e todo o restante da casa de Israel, vós, a quem tenho carregado desde o ventre materno e segurado desde o nascimento, ouvi-me. Eu serei o mesmo até a vossa velhice, e ainda na vossa idade avançada eu vos carregarei; eu vos criei e vos levarei; sim, eu vos carregarei e vos livrarei”. – Isaías 46:3.
Que possamos pôr em prática essas sugestões para a honra e a glória do Antigo de Dias, nosso Deus Criador!
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PERGUNTA – Por que às vezes ficamos mais fracos na fé? E como podemos nos fortalecer?
RESPOSTA CRISTÃ – A consciência de que algo ocorreu e nos fez enfraquecer e a tomada de ações que nos tornarão fortes novamente indicam que não desistimos de adorar e agradar a Deus. É exatamente isso que Jesus quis dizer com suas palavras “bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus”. (Mateus 5:3) Ou seja, felizes são os que reconhecem a sua pobreza espiritual e buscam em Deus preencher suas necessidades espirituais.
Mas quanto à pergunta, podemos elencar alguns fatores que nos fazem ficar fracos na fé. São três grandes inimigos que podem nos atrapalhar na caminhada com Deus. São eles:
1. Satanás, o diabo, e seus anjos (os demônios). Ele “anda rugindo como leão que procura a quem possa devorar”. (1 Pedro 5:8) Ele luta incessantemente, junto com seus demônios, para nos desencaminhar. E devido a seus ataques, estamos numa verdadeira batalha espiritual, contra “principados e poderios, contra os príncipes deste mundo de trevas, contra os exércitos espirituais da maldade nas regiões celestiais”. (Efésios 6:12) E nessa luta, como em qualquer outra, podemos desanimar. A solução é perseverar em se opor ou resistir a ele, e ele fugirá de nós. – Tiago 4:7.
2. As pessoas à nossa volta. Jesus chegou a dizer que os inimigos do homem serão pessoas de nossa própria família. (Mateus 10:38) Eles podem ser usadas pelo diabo, mas também por seus próprios maus desejos, para nos perseguir, nos desencorajar, nos fazer tropeçar. Por isso, o apóstolo Paulo diz: “Mas companhias corrompem os bons costumes.” (1 Coríntios 15:33) Por termos muita amizade com essas pessoas poderemos passar a imitá-las, e acabaremos pecando como elas, e isso nos desanimará. A solução é orar pelos nossos inimigos, não os imitar, mas sim a Cristo, a fim de que eles vejam Cristo em nós. – Gálatas 2:20.
3. Nossa própria inclinação para o pecado. Todos nós pecamos e não atingimos a glória de Deus. (Romanos 3:23) Somos diariamente tentados por nossos próprios desejos, os quais, se nutridos, darão à luz ao pecado. (Tiago 1:13, 14) Por isso paulo disse: “Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero. […] Quando quero fazer o bem, o mal está presente em mim. […] Desgraçado homem que sou. […] Com a mente eu mesmo sirvo à lei de Deus, mas com a carne, à lei do pecado. ” (Romanos 7:19-25) A solução é fugir do pecado, evitar recaídas, e quando pecar buscar nosso Advogado, Jesus Cristo. (1 João 2:1, 2) Deus nos dará misericórdia após pecados confessados. – Provérbios 28:13.
Contra esses três grandes inimigos, precisamos da ajuda de três grandes amigos, ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Estes três, que são nosso único Deus Triúno, desejam profundamente habitar em nosso ser e nos ajudar a vencer esses inimigos. Como filhos amados, precisamos muito cultivar um relacionamento de íntimo com Deus, de fé, confiança, entrega pessoal. Jesus disse: “Se alguém me amar, obedecerá à minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada”. (João 14:23) E Paulo diz: “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? (1 Coríntios 6:19) Portanto, amarmos a Cristo e pertencermos, não a nós mesmos, mas a Deus, move o Deus Triúno a habitar em nós, o que configura relacionamento de Pai (Deus) para filho.
Por fim, como todo relacionamento precisa ser mantido com boas ações, aqueles que desejam vencer a fraqueza espiritual pelo relacionamento íntimo com Deus poderão manter essa intimidade com Deus pelo(a):
1. Relacionamento com sua Palavra, a Bíblia. Leia-a, medite nela, aplique o que se lê, e recomende-a aos outros. (Josué 1:8; Salmos 1:1, 2; João 13:17) E neste relacionamento, aprenda com os erros dos outros, que humildemente se deixaram ser levantados por Deus e prosseguiram na fé;
2. Vida de oração. Isto significa dependência e confiança em Deus (1 Tessalonicenses 5:17);
3. Reunir-se como igreja, que nos possibilitará nos encorajar uns aos outros na fé (Hebreus 10:24, 25);
4. Discipulado e evangelismo, que nos farão alegres com os resultados colhidos, ou seja, ver mais salvos do pecado e da morte pelo sacrifício de Jesus Cristo se achegarem ao Corpo de Cristo, a Igreja (Mateus 28:19, 20; Veja Salmos 126:5, 6).
5. Ter sempre o que fazer na obra do Senhor. Isto significa estar envolvido como Corpo de Cristo em atividades espirituais, além das anteriores, como visitar viúvas e órfãos (Tiago 1:27); dar ofertas (2 Coríntios 9:7, 8), aconselhar os outros (Gálatas 6:1), entre tantas outras boas obras.
Agindo assim, como resultado da intimidade com Deus, vencemos a fraqueza e tomaremos cuidado para não cair de novo. – 1 Coríntios 10:12.
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PERGUNTA – É correto orarmos por bens materiais?
RESPOSTA CRISTÃ – Sou da mesma opinião de São Thomás de Aquino, considerado como o Doutor da Igreja. Ele dava a entender em alguns de seus textos e falas que se algo pedido a Deus nos levasse para longe Deus não se deveria pedir. E o apóstolo João, o discípulo amado de Jesus, escreveu: “E esta é a confiança que temos nele: Se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”. (1 João 5:14) Com isso em mente, raciocine: O Deus conhecedor de nossos corações, que examina, prova e esquadrinha corações e mentes (Salmos 26:2) sabe se no afã de conquistarmos nossos sonhos, entre eles bens materiais, deixamos ou não de buscar o Reino em primeiro lugar. (Mateus 6:33) Qualquer busca, seja para comprar uma caneta ou uma mansão que nos afaste de Deus é pecado. Todavia, não é verdade que para se comprar uma mansão se gasta muito mais tempo do que para comprar uma caneta? Assim, se aos desejos dos olhos, marca desse mundo sem Deus, se une-se um longo tempo da vida para deixar os interesses da fé verdadeira e trocá-los por bens materiais, então podemos estar pondo Deus em segundo plano. Pergunte-se, então: Aquilo que tanto sonho em ter me ajudará a me aproximar de Deus? Os esforços para eu possuir algo diminuem meu relacionamento com Deus? Portanto, cuidado! Em suas orações você pode estar pedindo um buraco para cair dentro dele. Seja humilde e diga a Deus: “Senhor Deus, em nome de Jesus, meu sonho é ter ___________, mas só me dê se for segundo a sua vontade e se não me atrapalhar no meu relacionamento contigo.”
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PERGUNTA – Quando meu pai morreu, eu disse a verdade aos poucos à minha avó paterna, num prazo de quatro horas, primeiro dizendo que ele havia piorado, depois piorado mais. Só que ele já tinha morrido. Isso foi mentira?
RESPOSTA CRISTÃ – Dependendo da forma com que você disse, sim! Nesta situação difícil, alguns acabam enganando a pessoa por algum tempo, com mentiras. Por exemplo:
“Liguei para ele agora, ele conversou comigo, mas não estava muito bem. Depois ele me ligou para dizer que piorou”.
Em contrapartida, a Bíblia nos ensina a ‘não mentir uns aos outros’. (Colossenses 3:9) Por isso, ao dar notícias tristes como esta, não precisa inventar estórias para preparar o coração de uma pessoa para receber a notícia. A Bíblia diz: “A boca do justo profere sabedoria; sua língua fala o que é reto”. – Salmos 37:30.
Você poderia ter dado a notícia aos poucos sem mentir, afirmando passo a passo a piora do quadro dele. Se a morte foi de repente, poderia chegar à pessoa a ser avisada do ocorrido e dizer:
“Bom, eu trago uma notícia triste para a senhora. Meu pai sofreu um ataque do coração (se este foi o caso), chamamos a equipe médica, e infelizmente ele não resistiu.”
Se a pessoa tiver problemas no coração, cada caso deverá ser analisado. Ore a Deus pedindo sabedoria, para que uma palavra sábia possa diminuir as consequências do impacto da má notícia. Afinal, a Bíblia nos ensina a pedir sabedoria a Deus (Tiago 1:5) e afirma entre as linhas que verdade e sabedoria andam de mãos dadas: “Tu desejas que a verdade estejas no íntimo; no coração me ensinas a sabedoria”. – Salmos 51:6.
De qualquer forma, podemos dar aos poucos as partes de uma notícia verdadeira, sem mentir, sem dar a entender que a pessoa ainda está viva, sem inventar nada. Pode-se também usar de um eufemismo, que é abrandar a mensagem, como por exemplo: “Meu papai, que é seu filho, está com Jesus agora.”
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PERGUNTA – Casei com quatorze anos e hoje tenho vinte. Descobri que não amo meu esposo. Por eu ter me casado tão nova eu posso diante de Deus me divorciar?
RESPOSTA CRISTÃ – De acordo com a Bíblia, só a morte (1 Coríntios 7:39) pode libertar você para um novo casamento, ou um ato de infidelidade da parte de seu esposo (Mateus 19:9) pode lhe dar o direito de divorciar e se casar de novo. Do contrário, você terá que colher as consequências de suas decisões erradas. Se se divorciar e se casar de novo sem base bíblica cometerá adultério. Por isso, no mesmo texto de Mateus 19:9 Jesus disse que quem se divorciar e se casar de novo, exceto por imoralidade sexual, comete adultério. E a Bíblia diz que Deus julgará os adúlteros. (Hebreus 13:4) Então, você tem uma grande escolha a fazer: Tolerar seu cônjuge ou enfrentar a ira de Deus. Se eu fosse você preferiria suportar o outro pecador como eu. E um adendo: Não tente levar seu esposo ao adultério, pondo-o em contato com outra mulher, só para você ter base para o divórcio. Isto seria um grande pecado, de fazer os outros tropeçarem, principalmente se ele for irmão em Cristo. Também não ore para Deus tirar a vida dele, porque todos os dias nossos estão já escritos no Livro de Deus, ou seja, a mente dele. (Salmos 139:16) Então, que tal orar pela conversão de seu esposo? Quem sabe Deus, mudando-lhe o coração, este venha a se tornar o homem da sua vida.
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PERGUNTA – Por que não consigo perdoar algumas pessoas?
RESPOSTA CRISTÃ – Talvez porque você nunca meditou numa frase da oração ensinada por Jesus, o Pai-Nosso: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.” (Mateus 6:12) Em outras palavras, estamos dizendo a Deus: ‘Se eu perdoei, perdoa-me também’. Veja estas também: “Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5:7) e “perdoai, e sereis perdoados”. (Lucas 6:37) Paulo também escreveu: “suportando e perdoando uns aos outros; se alguém tiver alguma queixa contra o outro, assim como o Senhor vos perdoou, também perdoai.” (Colossenses 3:13) Muitas vezes, também, supervalorizamos os erros alheios e achamos que os nossos não são tão graves, por isso não conseguimos perdoar. Mas Jesus nos ensinou: “Por que vês o cisco no olho do teu irmão e não reparas a trave que está no teu próprio olho?” (Mateus 7:3) Assim, recomendo a quem tem dificuldade de perdoar, que peça perdão a Deus por ser assim, e para que ele te mude. E apenas um lembrete: O perdão deve ser dado a alguém 77 vezes, ou seja, sempre. – Mateus 18:22.
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PERGUNTA – Meus pais brigam demais por questões religiosas, cada um membro de uma seita. Só eu sou cristã. Não aguento mais. O que fazer?
RESPOSTA CRISTÃ – Lares divididos em sentido religioso são um grande problema para os cristãos. Todavia, a Bíblia nos ensina a ganhar membros da família para Jesus através do bom comportamento. (1 Pedro 3:1) Os filhos, mesmo em lares assim, precisam honrar pai e mãe. (Efésios 6:1, 2) E honrar significa respeitar a fé de cada membro da família. Também, o servo do Senhor, não apenas no convívio como Igreja, mas no lar também, deve ‘evitar discussões, sendo amável e manso para corrigir e ensinar, a fim de que os descrentes que o agridem sejam levados ao arrependimento’. (2 Timóteo 2:24-26) Por fim, é importante uma boa conversa, estabelecendo regras para todos na família quanto a como se pode evitar atritos e respeitar a fé de cada um.
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PERGUNTA – Em Mateus 5:3, algumas traduções bíblicas vertem “bem-aventurados os pobres de espírito”. Está correta essa tradução? “Pobre de espírito” não parece ser uma qualidade ruim?
RESPOSTA CRISTÃ – Em português, às vezes, diz-se de forma depreciativa que tal sujeito é pobre de espírito. Mas no grego a expressão “pobre de espírito” (οἱ πτωχοὶ τῷ πνεύματι), para evitar ambiguidade em nosso idioma, poderia ser melhor traduzido por “pobres em espírito” e, conforme o teólogo William Hendriksen (Wiliam Hendriksen. Comentário do Novo Testamento: Mateus, Volume 1, pp. 375, 376), refere-se às pessoas que se convenceram de sua pobreza espiritual diante de Deus e tornaram-se conscientes de suas misérias e necessidades, reconhecendo seu estado de pecador diante de Deus (Lucas 18:13), são de um espírito contrito e temente diante da Palavra de Deus (Isaías 66:2; 57:15) e reconheceram sua incapacidade, esperando tudo em Deus. – Romanos 7:14.
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PERGUNTA – Minha mãe é católica e cadeirante. Ela estava rezando o terço e ele caiu no chão. Ela me pediu para pegar o terço e eu disse que não gostaria de colaborar com a reza dela. Por isso, chamei outra pessoa para pegar o terço para ela. E ela me chamou de fanático, e eu fiquei triste. Eu agi certo?
RESPOSTA CRISTÃ – Não! Você agiu de forma errada! Não que fosse um fanatismo de sua parte, mas sua mãe é cadeirante, e você precisa ajudá-la, respeitando a fé dela. Poderia até mesmo ter pegado o terço e depois ter dito a ela: “Mãe, depois que a senhora rezar o terço, queria ler na Bíblia o texto de Mateus 6:7.” Neste texto, lemos que Jesus condena orações repetitivas, como se Deus precisasse delas para nos ouvir. Ou seja, você poderia ter transformado uma situação em que você não gostaria de estar para ensinar sua mãe verdades bíblicas, pondo em prática o texto em que Paulo disse que ‘se tornava todas as coisas para com todos a fim de ganhar alguns para Cristo’. (1 Coríntios 9:19-23) Eu pegaria até um cigarro no chão para ensinar um não-crente a se purificar de toda a imundice da carne. – 2 Coríntios 7:1.
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PERGUNTA – Minha Igreja defende que devemos guardar o domingo, como dia do Senhor. Mas os irmãos jogam bola, assistem o Domingão do Faustão e vão ao culto. É assim que se guarda um sétimo dia ou domingo sabático?
RESPOSTA CRISTÃ – Eles guardam o domingo certinho, na gaveta. Ou o consideram como o dia do Senhor Neymar Jr. Ou quem sabe o Domingo deles é do Senhor e do Faustão ao mesmo tempo. Certo pastor me disse: “Mesmo crendo que eu deva guardar o domingo como dia sabático, prefiro nem guardar porque sei que não conseguimos cumprir essa lei do modo correto.” Mas e se ele pensasse assim quanto ao mandamento de não adulterar? Será que ele diria assim à sua esposa: “Como eu de vez em quando admiro a beleza e já chegue a te trair em pensamento, então, como não dá prá ser cem por cento correto nisso, então eu prefiro não guardar o mandamento de não adulterar”? Eu defendo um dia de guarda. E mesmo quando erro, não desisto de crer assim e tentar fazer o correto. Um domingo abençoado e feliz para todos!
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PERGUNTA – Se Deus mandou Moisés construir imagens de anjos querubins no tabernáculo de adoração e de uma serpente de bronze no deserto, isso não prova ser correto o uso de imagens na adoração a Deus, assim como os católicos romanos fazem?
RESPOSTA CRISTÃ – As imagens, em si, não são problema nenhum para a fé cristã. Uma foto é uma imagem. Uma estátua de um pastor falecido fundador da Igreja, é uma imagem. Imagens de anjos na tampa da Arca do Testemunho (Êxodo 25:16-22) eram um símbolo da presença angelical guardando a Arca e do próprio céu, pois Deus falaria ali com Moisés. A serpente de bronze numa estaca representava o próprio Jesus morrendo por nós e sarando nossas feridas e nos livrando do pecado que a serpente original trouxe ao mundo através de Adão. Mas nenhum servo de Deus se prostrava para adorar ou venerar aquelas imagens, muito menos acender velas para ela, nem também confiando nelas, em si. Nem Moisés ou qualquer israelita se curvava para servir às imagens dos querubins. E nem pagava promessas a elas, e jamais orava a elas também, como intercessores ouvintes de orações.
PERGUNTA – É obrigatório um grupo de cristãos se reunir em templos?
RESPOSTA CRISTÃ – Não, de forma alguma. O que é errado é achar obrigatório reunir-se em lares apenas, só porque a Bíblia fala da igreja na casa de Priscila e Áquila. (1 Coríntios 16:19) O importante é nos reunir para adorarmos a Deus como igreja e praticarmos os mandamentos recíprocos. (Hebreus 10:24, 25) Alguns poderão afirmar que “Deus não habita em templos feitos por mãos” (Atos 17:24), mas isto de modo algum nos impede de nos reunir em templos, já que no Antigo Testamento o próprio Deus, que não habitava em templos feitos por mãos, ordena a construção de um templo em Jerusalém. – 1 Reis 5:5.
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PERGUNTA – Como a Igreja pode ser unida se há irmãos dando péssimo exemplo e brigando na internet por questões de doutrina?
RESPOSTA CRISTÃ – Muitos em nosso meio dão um péssimo exemplo aos cristãos e ao mundo. Não trocam ideias dentro do espírito cristão, exercendo o fruto do Espírito. (Gálatas 5:21, 22) Parecem cães se mordendo, para sua própria destruição. (Gálatas 5:15) Não sabem ser corpo de Cristo (1 Coríntios 12:27), nem vivem como Igreja. Não sabem a diferença entre TER e SER igreja de Cristo. Desconhecem o amor e graça de Deus no modo de tratarem uns aos outros. De alguns, duvidamos até da conversão! Sendo assim, não fazem parte da Igreja de Cristo, apenas estão no meio do trigo como joio. Por isso, não nos julgue pelo mal exemplo deles. Há muitos irmãos calvinistas e arminianos que se amam, e que até levam ‘na esportiva’ as diferenças de opiniões, pois entendem que é o amor o sinal do verdadeiro seguidos de Jesus. – João 13:34, 35; 1 Pedro 4:8.
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PERGUNTA – Minha filha vai se casar. Ela é testemunha de Jeová. E ela quer que eu vá no Salão do Reino assistir à cerimônia religiosa ali. Sendo eu uma cristã, poderia ir?
RESPOSTA CRISTÃ – Vamos dar uma resposta para orientar a todos os cristãos que são convidados a estarem presentes numa cerimônia religiosa de casamento em templos de seitas. Há seitas, que devido ao seu exclusivismo, não permitem de modo algum que visitantes, mesmo presentes à ocasião, tenham qualquer participação ativa na cerimônia. Por exemplo, mórmons, adventistas, testemunhas de Jeová iniciam a cerimônia com cânticos, depois oram, fazem uma palestra bíblica, os noivos trocam alianças, entoa-se o cântico final e termina-se com uma oração. Então, em casos assim, por se tratar de filhos, parentes, ou de um amigo muito especial, não vemos objeção alguma estar presente a essa celebração. O máximo que ocorreria seria o pai cristão da noiva levá-la até o noivo, o que em si não é uma atitude religiosa que fere princípios bíblicos. Mas o problema surge quando, em outros grupos sectários, a liderança do evento religioso conduz a celebração de forma tal que alguns dos presentes se sintam obrigados a participar ativamente da celebração, talvez orando a deuses ou entidades nas quais não cremos, ou sendo chamados na frente para receberem orações em nome de um falso deus, ou para segurar imagens ou ídolos, etc. Se isso acontece, caso, por consideração, você decida estar presente, seria muito bom avisar os noivos e a liderança da celebração que de modo algum você gostaria de ser convidado a participar ativamente de qualquer parte do evento, e que você estaria ali apenas por grande consideração à pessoa que te convidou. Mesmo assim, você poderia decidir não estar presente, para evitar possíveis inconvenientes. Lembrando que não estamos decidindo por você. Mas a Bíblia diz: “Portanto, seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”. – 1 Coríntios 10:31.
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PERGUNTA – É pecado guardar o sábado?
RESPOSTA CRISTÃ – Há igrejas cristãs que entendem que as leis do Decálogo, ou Dez Mandamentos, são leis morais, portanto, Cristo não pôs fim a elas. Então, concluem que guardar um sétimo dia na semana é um ato de obediência a Deus, fazendo isso no domingo, tido por elas como o dia do Senhor, devido à ressurreição de Jesus ter ocorrido num domingo. Ou seja, o dia sabático dessas igrejas é o domingo. Mas a maioria das igrejas cristãs entendem que Cristo pôs fim a toda a lei dada a Israel, incluindo o Decálogo (Romanos 10:4), e que estaríamos sujeitos às leis do Cristo dadas por ele e seus apóstolos, sendo nove das dez leis do Decálogo repetidas no novo Testamento e a lei do sábado não. Todavia, estes afirmam que se deixa, com o fim da lei, de guardar o sábado para entrar no descanso de Deus, pela fé em Cristo Jesus, guardando assim um sábado espiritual por descansar ou repousar em Cristo Jesus. Particularmente, defendemos a ideia de que as duas opiniões acima são formas sinceras de se procurar guardar o sábado para agradar a Deus. Mas o problema começa a se tornar pecado quando grupos sectários afirmam que a guarda do sábado é o selo identificador de Deus para a salvação do crente e da igreja verdadeira. Há grupos sectários que chegam a ponto de misturar bíblia com teoria da conspiração, afirmando que o Papa um dia unirá todas as religiões para decretar que elas guardem o domingo, que é o 666 de Apocalipse 13:18, e que depois disso Jesus trará o fim, e a igreja e as pessoas que obedeceram ao decreto papal serão destruídas e perderão a vida eterna. Isto nada tem a ver com Bíblia, nem nunca foi ensino apostólico. Mas o que mais importa é: Quando cristãos que guardam o domingo (sabático) se encontram com aqueles que não guardam como eles, não deve haver brigas e ataques pessoais à fé alheia. Vamos sempre nos respeitar, pois somos uma só igreja, o Corpo de Cristo.
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PERGUNTA – O que significa sermos “a imagem e semelhança de Deus”?
RESPOSTA CRISTÃ – Quando Deus diz em Gênesis 1:26 “façamos o homem à nossa imagem, segundo nossa semelhança” significa que fomos criados semelhantes a Deus, para representá-lo. (Wayne Gruden. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva, p. 364) Não significa ser Deus, nem igual a Deus, mas similares, com atributos divinos comunicados a nós e iguais na abrangência, mas não na profundidade. Por exemplo, antes do pecado, o homem era semelhante a Deus porque podia amar, ser justo, sábio, dentre tantos atributos de Deus comunicáveis ao homem, todavia, o homem não poderia ser tanto amor, justiça e sabedoria como Deus o são. Por isso, é imagem e semelhança na abrangência ao representar a Deus, não na profundidade. Adão e Eva, depois do pecado, perderam muito dessa imagem e semelhança, mas Cristo, o último Adão (1 Coríntios 15:45), depois de assumir a natureza humana, passa a ser chamado nas Escrituras de “imagem do Deus invisível” (2 Coríntios 4:4; Colossenses 1:15), portanto um perfeito representante de Deus, que pelo seu sacrifício salva o homem e, transformando-o gradativamente, desde já, de glória em glória, na mesma imagem do Senhor (2 Coríntios 3:18) e no culminar da salvação humana restaura a posição do homem de imagem e semelhança de Deus, todavia mais próximo ainda de Deus, sendo semelhantes a Deus. – 1 João 3:2.
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