Se os TJs são exclusivistas religiosos, como será que eles, oficialmente, encaram as outras religiões, inclusive aquelas denominações que defendem a fé cristã e existem há muito mais tempo do que esse grupo religioso fundado por um falso profeta chamado CharlesTaze Russell? Vejamos:
HERESIA 2 – Os TJs afirmam que todas as outras Igrejas são parte da religião falsa, chamada na Bíblia de Babilônia, a Grande.[1] Apregoam também que por haver diferenças de interpretação entre as Igrejas Cristãs há uma confusão de ensinos conflitantes ou uma Babilônia entre nós[2], enquanto os TJs creem todos numa só interpretação cumprindo o texto de 1 Coríntios 1:10, que exorta aos cristãos a serem unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar.[3]
RESPOSTA CRISTÃ – Babilônia, a Grande, refere-se, de fato, a toda forma de religião falsa e anticristã, e que principalmente opõe-se à Igreja Cristã. (Apocalipse 18:4, 20) E de fato há muita desunião e diferenças de conceitos doutrinários entre as diversas formas de religiões anticristãs. Também, Babilônia, a Grande, pode incluir seitas como a dos testemunhas de Jeová que caíram de paraquedas depois de uma colossal história da Igreja de Cristo, para atacar o povo de Deus, acusando-os de serem falsos cristãos. São, por isso, movimentos e grupos que apregoam heresias destrutivas. – 2 Pedro 2:1.
No que se refere às diferenças de interpretações bíblicas entre as igrejas cristãs, elas ocorrem porque nenhum ser humano é perfeito para compreender as Escrituras sem errar. Até mesmo entre os TJs já houve 346 mudanças de ensinos, de 1870 até outubro de 2018, e cerca de 27 grupos menores já se dividiram da seita mãe TJ, sendo os mais destacados os Estudantes da Bíblia, os Russelitas e os Auroristas do Milênio.
Quanto a 1 Coríntios 1:10, Paulo admoesta aos cristãos daquela igreja a ser unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar, não quanto a cada interpretação de cada versículo das Escrituras. O contexto desta carta é a divisão causada por cristãos carnais ali, os quais consideravam Paulo ou Apolo como seus líderes. Tratava-se então de admoestar aqueles cristãos a evitarem tais divisões por seguir o líder da Igreja, Cristo, o cabeça da Igreja, sendo a Igreja o seu corpo. – 1 Coríntios 12:27.
É verdade que quanto maior for a nossa intimidade com o Espírito Santo de Deus, mais Ele nos conduzirá a toda a verdade. (João 16:13, 14) Quanto mais buscarmos a verdade de Deus, mais próximos da correta interpretação estaremos. Para isso, Deus proveu apóstolos, profetas, pastores, evangelistas e mestres visando até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus. (Efésios 4:11-13) Mas a perfeição só será alcançada no Reino de Deus, na vida eterna. Enquanto isso, cristãos maduros precisam ser um em Cristo, apesar das diferenças de interpretação, assim como marido e mulher – dois pecadores que dizem sim um ao outro – são uma só carne, apesar de terem gostos e opiniões diferentes.
Os TJs se acham unidos, mas na verdade são uniformes, pois uma classe dominante diz a cada TJ: Se não concordar conosco, saia! Qualquer pessoa organizaria uma igreja “unida” assim. Mas na verdade não é unidade, mas igreja MacDonald, onde todos devem pensar e agir daquela forma. Isto é, na verdade, uniformidade. Mas a verdadeira unidade da fé é obra do Espírito Santo, que une homens imperfeitos para seguirem a Cristo. Unidade em Cristo apesar da diversidade. – Pr. Fernando Galli.
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[1] “A influência da antiga Babilônia permeou não só a cristandade, mas todas as partes da Terra. Entendeu-se assim que Babilônia, a Grande, é o inteiro império mundial da religião falsa.” – Proclamadores do Reino, p. 147.
[2] “Os ‘mistérios de Babilônia’ tornaram-se a base dum império mundial da religião falsa, descrita em Revelação 17:5 como “Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das coisas repugnantes da terra”. Seus numerosos segmentos, com seus ensinos sectários conflitantes, sobreviveram até o dia de hoje como grande repositório de erros religiosos. — Gênesis 10:8-10; Jeremias 51:6.” – A Sentinela 1 de abril de 1986, pp. 10, 11.
[3] “Ensinar conceitos dissidentes ou divergentes não é compatível com o verdadeiro cristianismo, conforme Paulo torna claro em 1 Coríntios 1:10: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa, e que não haja entre vós divisões; antes sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.” (Almeida, atualizada).” – A Sentinela 1 de abril de 1986, p. 31.