O Legalismo do
Corpo Governante

INÍCIO     SEITAS     MENU TJ

        Toda denominação religiosa precisa de líderes para guiar seus co-adoradores na interpretação de seu livro sagrado. Na Igreja Protestante-Evangélica, embora se defenda a livre interpretação das Escrituras Sagradas, pastores e mestres colaboraram em cada denominação cristã na elaboração de suas declarações doutrinárias. Este costume remonta aos primórdios da Igreja Cristã. Por exemplo, no livro bíblico de Atos lemos no capítulo quinze sobre uma disputa entre judeus e gentios sobre a questão da circuncisão. Os judeus convertidos a Jesus defendiam que os não-judeus, ou gentios, devessem ser circuncidados. A decisão dos Apóstolos, em Jerusalém, naquele primeiro Concílio da Igreja Cristã, ali presidido por Tiago, foi que não seria necessário circuncidar os gentios. Então, temos precedentes bíblicos para que líderes mais experientes interpretem às Escrituras para a Igreja.

         Todavia, surgem algumas perguntas: Até que ponto podemos confiar nas interpretações humanas? Podemos questioná-las? Devemos obedecer aos líderes religiosos intérpretes da Bíblia sem o privilégio de conhecer outros pontos de vista? Sobre isso, Hovestol tece o seguinte comentário:

“A maioria de nós tende a confiar que outros pensem por nós. Gravitamos ao redor daqueles que parecem ter as respostas que não temos e em torno de sistemas que fazem tudo se ajustar de forma clara para nós. Em outras palavras, dependemos de crivos e de gurus que nos ajudem a ter lógica nesse mundo confuso. Contudo, o que acontece quando os crivos por intermédio dos quais vemos a vida estão distorcidos? O que acontece quando os gurus a quem nos ligamos estão errados? O que acontece para a nossa fé quando nossos mestres confiáveis nos enganam ou caem?” [1]

         No caso das Testemunhas de Jeová, seus gurus são os membros do Corpo Governante. Eles pensam e interpretam a Bíblia para todo o movimento. Como deve cada membro desta organização encarar as interpretações e ensinos desta liderança mundial? Observe:

“Jeová também fala conosco por meio do “escravo fiel e discreto”. […] (Mateus 24:45-47) Quando lemos publicações preparadas para nos ajudar a obter conhecimento exato da Bíblia e quando assistimos a reuniões e congressos cristãos, estamos recebendo alimento espiritual da classe do escravo.”[2]

“Mas, Jeová Deus proveu também sua organização visível, seu “escravo fiel e discreto” […]. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia.”[3]

“No caso de nós, hoje, significa ter confiança no “escravo fiel e discreto”, designado para dar-nos o espiritual “alimento no tempo apropriado”, bem como naqueles dentre eles que constituem o Corpo Governante. — Mateus 24:45.” [4]       

Os líderes mundiais das Testemunhas de Jeová, conforme as citações acima, denominam-se de o Escravo Fiel e Discreto (a partir de 2015, Escravo Fiel e Prudente) ou o Corpo Governante que alimenta espiritualmente seus seguidores com a interpretação da Bíblia, exigindo ao mesmo tempo confiança de seus súditos e alertando-os de que não há como prosseguir na estrada da vida sem estar em contato com eles, o canal de comunicação usado por Deus. Neste controle espiritual, surgem os vestígios inconfundíveis de um legalismo absurdo, conforme veremos a seguir.

Legalismo que gera a morte. 

         O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, devido a erros absurdos resultantes de sua hermenêutica e exegese incorretas ao se interpretar a Bíblia, criou leis para seus seguidores que podem resultar na morte deles. Por exemplo, considere a famosa questão da proibição das Transfusões de Sangue. Baseados em Gênesis 9:3, 4, Levítico 17:10-12 e Atos 15:28, 29, entendem que a Bíblia, ao proibir “comer sangue” está incluindo receber sangue através duma transfusão. Observe como argumentam:

“A posição delas se baseia numa lei fundamental que Deus deu à humanidade. Logo após o Dilúvio, Deus permitiu que Noé e sua família comessem carne de animais. Ele só impôs esta restrição: não deviam consumir sangue. (Gênesis 9:3, 4) Todos os humanos de todas as raças descenderam de Noé, de modo que toda a humanidade está sob a obrigação de obedecer a essa lei. Ela nunca foi revogada. Mais de oito séculos depois, Deus repetiu essa lei à nação de Israel, dizendo que o sangue é sagrado, que representa a alma, ou a própria vida. (Levítico 17:14) Mais de 1.500 anos depois, os apóstolos cristãos ordenaram a todos os cristãos que ‘persistissem em se abster de sangue’. — Atos 15:29. Para as Testemunhas de Jeová, é totalmente impossível se abster de sangue e ao mesmo tempo introduzi-lo no corpo por meio de uma transfusão. Portanto, elas insistem em receber tratamentos alternativos. Essa posição baseada na Bíblia muitas vezes resulta num padrão ainda mais elevado de tratamento médico. Sem dúvida, é por isso que muitas pessoas que não são Testemunhas de Jeová também solicitam tratamento médico sem sangue.”[5]

                 Mas será que “comer sangue” e não “abster-se de sangue” é o mesmo que transfusão de sangue? Uma testemunha de Jeová poderia afirmar que sim, visto que a medicina considera uma transfusão de sangue como alimentação intravenosa, e se é alimentação, trata-se de comer sangue. Refutando esta argumentação, Geslei e Rhodes comentam:

“Enquanto é verdade que Gênesis 9:4 proíbe “comer” sangue, uma transfusão de sangue não consiste em comer sangue. Apesar de um médico, ao dar alimentação a um paciente de modo intravenoso, chamar essa operação de “alimentação”, simplesmente não significa que o procedimento de dar sangue de forma intravenosa se constitua em “alimentação”. O sangue não é recebido pelo organismo como “comida”. Comer é o ato literal de colocar a comida para dentro do organismo de modo normal, através da boca, e consequentemente para o sistema digestivo.”[6]

         Se fôssemos levar a sério a argumentação do Corpo Governante, a medicina teria que criar a terminologia de que as células comem o sangue visto que o sangue as alimenta com nutrientes. Que comer sangue e transfundir sangue nada têm a ver um com o outro deduz-se do seguinte fato: Se uma pessoa perder três litros de sangue num acidente e dermos chouriço para ela comer, ela morrerá por falta de sangue; Se uma pessoa estiver morrendo de fome e ministrarmos nela uma transfusão de sangue, não mataremos a fome dela e ela morrerá. Nesta mesma linha de raciocínio, Batista explica:

“O sangue transfundido não pode ser usado pelo corpo como alimento, da mesma forma que um órgão transplantado não pode ser usado como alimento pelo corpo. Como existe uma grande diferença entre comer um coração humano e receber um coração transplantado, assim também existe uma grande diferença entre comer alimento com sangue e receber uma transfusão de sangue.” [7]

                 Outro erro de interpretação do Corpo Governante é que o sangue proibido em Gênesis 9:3, 4, Levítico 17:10-12 e Atos 15:28, 29 refere-se ao sangue de animais ou qualquer tipo de carne que se mata para comer, e não de doadores vivos desejosos de salvar uma vida. Para o povo de Deus do Antigo Testamento, o sangue representava a vida do animal e sendo morto seu sangue deveria ser usado apenas no altar para fazer expiação, conforme atestam as palavras de Levítico 17:11: “e eu o tenho dado a vós sobre o altar, para fazer expiação por vós, porque é o sangue que faz expiação pela vida”.[8]

         Portanto, não está em voga aqui o uso de sangue para salvar uma vida da perda de sangue num acidente, mas de salvar sua vida em sentido espiritual, através do uso do sangue do animal morto no altar; também envolvia o sangue simbolizar a vida, portanto, seria irreverência tratá-lo como comida. É por isso que em Atos 15:28, 29, para evitar problemas entre judeus e gentios convertidos a Cristo, incluiu-se o “abster-se de sangue” na lista de coisas necessárias, pois mesmo crendo que o sangue de Cristo salva do pecado e da morte (daí se deveria dispensar o não comer sangue devido ao seu valor expiatório), ainda assim o judeu convertido a Cristo tinha o sangue como sagrado.

         Mas o legalismo do Corpo Governante na questão do sangue não para por aqui. Ele decide por uma Testemunha de Jeová a recusar até mesmo o seu próprio sangue armazenado antes da cirurgia, como forma alternativa para não se usar sangue de outra pessoa. Veja como isso é verdade:

“As Testemunhas de Jeová, porém, NÃO aceitam esse procedimento. Há muito entendemos que tal sangue estocado certamente não mais é parte da pessoa. Foi totalmente removido dela, assim, esse sangue deve ser descartado em harmonia com a Lei de Deus: “Deves derramá-lo na terra como água.” — Deuteronômio 12:24.”[9]        

         Aqui temos o sangue autólogo, condenado pelo Corpo Governante. Uma vez armazenado, afirmam que não pertence mais à pessoa e deveria, portanto, conforme Deuteronômio 12:24, ser derramado na terra como água. Seria esta uma interpretação correta do texto bíblico supracitado? De modo algum! O contexto revela-nos que o sangue proibido se referia ao do animal abatido para ser comido e não de doadores dispostos a salvar uma vida, conforme já se explicou aqui.

         Em nome desta péssima interpretação da liderança mundial das Testemunhas de Jeová, muitos morreram fiéis a essa doutrina estranha à fé cristã. Por exemplo, para encorajar seus seguidores a evitar qualquer tipo de sangue como tratamento médico, o Corpo Governante publicou na capa de uma de suas revistas crianças que morreram fiéis a Jeová e que se recusaram a receber uma transfusão de sangue. Observe a fotocópia da capa[10] à esquerda.

         Na capa, Jovens que colocaram a Deus em Primeiro Lugar. Mas a questão é: Se Deus, em toda a Bíblia, não proibiu sangue humano para salvar vidas, a que “deus” essas crianças realmente puseram em primeiro lugar?        

         A Igreja Cristã repudia esta forma de legalismo, embora respeitemos a liberdade dos seguidores do Corpo Governante. Todavia, lamentamos o fato de muitas pessoas, que no mínimo poderiam ter vivido um pouco mais, despediram desta vida com alguma esperança de recompensa futura por esta suposta fidelidade ao Deus da Bíblia. É bem verdade que haja riscos advindos da transfusão de sangue, mas qual procedimento médico de maior ou menor calibre não possui riscos? 

Legalismo que destrói o futuro.

         Cursar numa Universidade é o sonho da maioria dos adolescentes que deixam o ensino médio. Para o Corpo Governante, é arriscado e uma demonstração de falta de sabedoria cursar uma Faculdade. Por que pensam assim? Vejamos:

“Assim, por afastar seus filhos da assim chamada educação ‘superior’ de hoje, estes pais poupam seus filhos de serem expostos a uma crescente atmosfera de desmoralização, e, ao mesmo tempo, preparam-nos para a vida no novo sistema.” [11]

         Não é isto um absurdo? Se deixar de cursar uma universidade poupa as TJs da exposição a uma crescente desmoralização, então não deveria haver uma TJ com educação superior e esta organização dependeria exclusivamente de profissionais de religiões condenadas pelo Corpo Governante desta organização. O texto TJ a seguir expõe ainda mais o exagero de sua liderança mundial:

“Muitas escolas agora possuem conselheiros de estudantes que encorajam a buscar educação superior após o ensino médio, a buscar uma carreira de futuro neste sistema de coisas. Não permita que lhe façam ‘lavagem cerebral’ com propaganda do diabo, para ir adiante e fazer-se alguém neste mundo. O mundo tem muito pouco tempo. Qualquer futuro neste mundo não oferece futuro algum! …Ingresse no serviço de pioneiro… Betel… ou missionário… uma vida que oferece futuro eterno.” [12]

        O mundo tem pouco tempo? Segundo a Bíblia, sim. Mas isto não significa que cursar uma Universidade seja sofrer lavagem cerebral. Esta liderança TJ afirmou isso em 1969, e aconselhou seus seguidores a trabalharem como pioneiros, ou seja, pessoas que trabalham no mínimo sessenta horas por mês de casa em casa. Mas não seria sofrer lavagem cerebral parar com os estudos para trabalhar para uma religião? Veja, a seguir, mais uma declaração absurda de uma seita que desaconselha fortemente a educação superior.

“Se você é um jovem, você também tem de encarar o fato de que você jamais envelhecerá neste sistema de coisas… Caso esteja no nível médio e pensando na universidade, isto implica em, pelo menos, quatro, talvez seis ou oito anos para graduar-se em uma carreira especializada. Mas como estará este sistema de coisas por essa época? Estará bem no rumo de seu fim, se é que já não tenha se acabado!… O que é realmente prático, preparar-se para uma posição neste mundo que logo desaparecerá? Ou trabalhar para sobreviver ao fim deste sistema…? [13] 

         Desta vez, afirmaram que não seria correto gastar entre quatro a oito anos de estudos numa Universidade pois não o mundo estaria no fim. Escreveram isso em 1969. Quem creu nesse alerta tão sem cabimento já está quatro décadas esperando o fim sem formação superior. Não se trata isso realmente de uma lavagem cerebral? Ainda, a seguir, veja outra palavra de “encorajamento” para jovens TJs não cursarem uma Universidade:

“Em vista do curto tempo que resta, a decisão de buscar uma carreira neste sistema de coisas não só é tola, mas extremamente perigosa… A muitos jovens irmãos e irmãs foram ofertados bolsas de estudo ou empregos altamente rentáveis. Entretanto, eles recusaram e puseram os interesses espirituais primeiro.” [14]      

         Em outras palavras, afirmar que buscar uma carreira neste mundo, e o contexto é educação superior, implica em agir tolamente e de forma perigosa. Isto não tem o menor cabimento, pois em qualquer área do conhecimento humano, quer seja ele superior ou profissionalizante, os perigos são os mesmos, e o cristão precisa perseverar de qualquer forma. Aquelas TJs que deixaram de cursar uma Universidade para colocar os interesses espirituais em primeiro lugar, na verdade, deixaram-se levar pelo controle de seus líderes mundiais. E por último, arrolamos uma experiência citada pelo Corpo Governante para seus leitores não se enveredarem na educação superior:

“No presente sistema de coisas, sob controle de Satanás, há muitas coisas que parecem prometer grandes benefícios, mas, na verdade, podem ser danosos ao nosso relacionamento com Deus. Coisas como… ir em busca de educação superior para alcançar a posição de alguém… Poucos anos atrás, um jovem cristão… teve a oportunidade de viajar ao exterior para dar prosseguimento a seus estudos… gradualmente, ele perdeu seu apreço pela verdade bíblica… Em um ano ou algo assim, ele perdeu sua fé completamente e declarou-se agnóstico.[15]

         Se alguém, ao cursar educação superior, torna-se agnóstico, ou ateu, o problema estava em sua educação cristã, em seu caráter cristão, em suas convicções não muito bem alicerçadas, em não ter perseverado na fé em que cria. Não se pode negar que nas Universidades e Faculdades há muitos estudantes que de acordo com a Bíblia são más companhias. Muitos líderes na Igreja Cristã têm alertado seus membros universitários que as “más companhias corrompem os bons costumes”. (1 Coríntios 15:33)[16] Todavia, o Corpo Governante peca absurdamente em desencorajar a educação universitária com a escusa de haver ali más amizades. Elas existem em todos os lugares de nossas cidades. Deparamo-nos com elas nas ruas. A Igreja Cristã, que não pode ser tirada do mundo, segundo as palavras de Jesus em João 17:15, está ciente de que devemos nos acautelar contra as más amizades, ou no grego, as más homilias, ou más conversas. Tanto que Kistemaker comenta sobre 1 Coríntios 15:33:

“Quando nos associamos com más companhias, ou nos deleitamos nelas, corremos o risco de adotar linguagem profana e suja que corrompe a respeitabilidade e a reputação de nossa pessoa. Nosso linguajar revela nossa pessoa interior; ele pode tanto enfeitar como embelezar nosso próprio nome.” [17]        

         Observe que Paulo não afirma que as más associações existem no ambiente acadêmico, tornando a expressão generalizante. No contexto de 1 Coríntios 15:33, as más companhias estão entre aqueles cujos conceitos sobre ressurreição diferem da sã doutrina, portanto, ao se valer do provérbio da obra Thaís, do poeta grego Manander “a má companhia corrompe os bons costumes”, Paulo alerta para o perigo de associar-se intimamente com todo aquele que não comunga com a fé Cristã. Mas nem por isso, Paulo deixou de citar Manander, o qual certamente seria uma má amizade para Paulo, partindo do fato que Manander não era Cristão. Portanto, se em todos os lugares há quem discorde de nossa fé, por que desencorajar fortemente o ambiente acadêmico e não desencorajar o ambiente num curso técnico?

         As consequências desse pensar retrógrado, alienado da Sociedade humana, já podem ser sentidas. Por exemplo, devido ao fato de as Testemunhas de Jeová, com algumas exceções, não cursarem uma Faculdade, faltam profissionais entre elas, como médicos, dentistas, engenheiros e professores universitários. Na maioria dos casos, ficam na dependência de profissionais como estes se converterem a fé do Corpo Governante depois de graduados e prestarem um grande favor ao resto do movimento.

         Algumas Testemunhas de Jeová, no afã de se safarem deste questionamento acima, usam Atos 4:13, onde lemos que os apóstolos eram homens indoutos. Raciocinam que a palavra grega agrámmatos indicava que os discípulos de Jesus não tinham o curso superior judaizante da época. De fato, Louw & Nida afirmam que agrámmatosse refere a uma ausência de educação rabínica formal”. [18] Mas se este era um curso superior da época e tais discípulos, no contexto Pedro e João, não o tinham, isto não indica que todos os outros discípulos de Jesus não pudessem ter. O texto é narrativo-descritivo, e não prescritivo.

         Este legalismo destrói planos. Arruína vidas. Graças às “luzes” ou ao “alimento espiritual” do Corpo Governante, milhares de jovens desta organização preferem cursos técnicos para terem mais tempo para o trabalho de casa em casa. Com isso, a qualidade e a quantidade de educação caem entre seus adeptos e faltam profissionais com o terceiro grau completo entre eles. Lamentável! Muitos apologistas cristãos ariscam com muita possibilidade de acerto que esta postura do Corpo Governante diante de cursos superiores é um meio de impedir um preparo melhor para se questionar os ensinos da seita.

Legalismo que destrói Famílias.

         Um dos assuntos mais polêmicos entre os ensinos do Corpo Governante diz respeito à excomunhão, conhecida entre seus asseclas como desassociação. Trata-se da exclusão do rol de membros aquela pessoa que, após ter cometido pecados considerados ali graves, recusou a ajuda dos anciãos (ou pastores) da congregação (ou templo) em que eram membros. Não se pretende aqui afirmar que a exclusão em si seja errônea, pois ela é bíblica. O Capítulo 5 da Primeira Carta aos Coríntios é uma prova disto.

         A Bíblia também nos adverte contra receber em nossos lares aqueles que se recusam a crer em Jesus vindo em carne. Eles haviam vivido entre nós, mas deixaram-se levar por um conceito errôneo que se tornou conhecido no segundo século como gnosticismo, ou seja, entre tantas crenças, afirmavam que a carne, ou matéria, era sempre má, e o espírito sempre bom, sendo assim, Jesus não poderia ter vindo na carne. João, e a comunidade Joanina que desenvolveu de forma inspirada em anos seguintes à morte de João, não só exortam àqueles cristãos a não receberem nos lares os pseudo cristãos gnósticos como também nem sequer saudá-los com os cumprimentos típicos entre os cristãos da época. (2 João 7-11) Muito menos, também, pretendemos negar os benefícios da disciplina máxima no arrependimento posterior de pecadores impenitentes. O homem a quem Paulo, em 1 Coríntios 5:5, pede para que seja entregue a Satanás, devido à má conduta sexual com sua própria madrasta, depois de ser excluídos, provavelmente retornou a fé cristã arrependido, conforme 2 Coríntios 2:8-11 parece indicar. Até aqui o Corpo Governante e a Igreja Cristã caminham relativamente juntos. Mas onde está o legalismo do Corpo Governante nesta questão?

         Sabemos que os excluídos, enquanto não se arrependem de seus erros e procuram até promovê-los como atitudes corretas devem ser vigiados pela liderança da igreja, para que não causem estragos à fé cristã. Mas quando eles se arrependem, e retornam dispostos a se reconciliarem com a Igreja, não há necessidade de evitar a associação íntima com eles, conforme aconselha Paulo em 1 Coríntios 5:11-13. Quando uma Testemunha de Jeová resolve se arrepender do pecado que causou a sua desassociação da Organização, ela precisa comunicar os anciãos do seu arrependimento. É aqui que os legalismos começam. Mesmo que a pessoa excluída realmente se arrependeu e já está um bom tempo sem se envolver com o pecado cometido, pois confessou e abandonou o erro (Provérbios 28:13), o Corpo Governante estabelece que o desassociado precisa passar meses ou até mais do que um ano frequentando as reuniões das Testemunhas de Jeová e que, enquanto isso, ninguém, exceto os anciãos, devem sequer dizer um “oi” para tal pessoa. Enquanto ela estiver desassociada, mesmo que arrependida, ela será exortada até mesmo a entrar no Salão do Reino, o local das reuniões da seita, apenas depois do cântico e da oração iniciais e sair antes do cântico e da oração finais. Observe a veracidade dessa informação:

“A pessoa desassociada pode ser readmitida caso apresente evidência clara de arrependimento, demonstrando por um período razoável que abandonou seu proceder pecaminoso e que deseja ter uma boa relação com Jeová e sua organização. Os anciãos terão o cuidado de deixar passar tempo suficiente, talvez vários meses, um ano, ou até mais, para que o desassociado prove que seu arrependimento é genuíno.” [19]

         A questão é: Onde a Bíblia ensina tal procedimento? Em local nenhum! Nem esperar tanto tempo, nem dar essa disciplina no mínimo estranha. Não se pretende afirmar que os líderes nas igrejas cristãs devam fazer vista grossa a se a pessoa se arrependeu ou não, mas não há base bíblica para que se dê tanto tempo para ela provar que se arrependeu. As evidências do arrependimento, segundo a Bíblia, são a confissão e não incorrer no mesmo erro. (Provérbios 28:13) Na parábola do Filho Pródigo, o Pai não recebeu o filho arrependido para dar-lhe vários meses ou um ano ou ainda mais tempo ainda para provar seu arrependimento. (Lucas 15:11-32) Enquanto a pessoa procura provar tal arrependimento, nenhuma Testemunha de Jeová deve dirigir-lhe a palavra, mesmo que se tratar do próprio pai ou mãe desassociados, a menos que se trate de um caso urgente a ser resolvido. Observe como o Corpo Governante incentiva seus asseclas a tratarem os desassociados:

“Depois de ouvir um discurso numa assembleia de circuito, um irmão e sua irmã carnal se deram conta de que precisavam mudar o modo como tratavam a mãe, que morava em outro lugar e havia sido desassociada seis anos antes. Logo depois da assembleia, o irmão ligou para a mãe e, depois de reafirmar seu amor por ela, explicou que não falaria mais com ela, a não ser que um assunto familiar importante exigisse esse contato. Pouco depois, a mãe começou a assistir às reuniões e, com o tempo, foi readmitida. Também, o marido dela, um descrente, passou a estudar e com o tempo foi batizado.” [20]

        O que se pode esperar de uma seita que apregoa aos filhos evitarem contato com a própria mãe, a menos que seja por um motivo muito importante, até que ela se arrependa e seja readmitida no seu rol de membros? No caso acima, apesar de a mãe ter retornado à seita, por que ela retornou ao movimento – para ter a companhia tão importante dos filhos ou porque ela se arrependeu?

         Também, o Corpo Governante regras absurdas, nada bíblicas, de como tratar os desassociados, ou os que se dissociam, arrependidos e que irão aguardar meses ou um ano e pouco para serem readmitidos naquele convívio, conforme cada situação diferente. Por exemplo, quando se precisa resolver assuntos familiares com parentes da seita excluídos, veja como o Corpo Governante ordena e decide por seus seguidores qual atitude a ser tomada pelos parentes ainda fiéis ao movimento:

“Contudo, pode haver alguns assuntos familiares absolutamente necessários que exigem comunicação, tal como a legalização dum testamento ou duma propriedade. Mas deve-se fazer o parente desassociado compreender que a sua situação mudou, que não mais é bem-vindo no lar, nem é companheiro preferido.” [21]    

         Não queremos afirmar que uma pessoa excluída de sua igreja cristã deva ser tratada como se nada tivesse acontecido. Mas o legalismo vai além do bom senso cristão. Em vez de se aproveitar a oportunidade para o reencontro com o excluído para convidá-lo a retornar arrependido para a igreja, as Testemunhas de Jeová reagiriam da forma mais cruel: “Em minha casa você não é mais bem vindo(a) enquanto não retornar ao povo de Jeová! Vamos resolver o assunto em outro local que não seja a minha casa!” Então, perceba-se bem o ponto: O Corpo Governante explica e decide para as Testemunhas de Jeová como devem agir.

         Ainda sobre tratar parentes desassociados, que evidentemente não morem no mesmo teto, o Corpo Governante comete abusos por declarar o seguinte:

“A situação é diferente quando o desassociado ou dissociado é um parente que vive fora do círculo familiar imediato ou no mesmo lar. Poderá ser possível ter quase nenhum contato com tal parente. Mesmo que houvesse alguns assuntos familiares que exigissem contato, este certamente ficaria reduzido ao mínimo, em harmonia com o princípio divino: “[Cessai] de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso [ou culpado de outro grave pecado], . . . nem sequer comendo com tal homem.” — 1 Coríntios 5:11.” [22]

         É óbvio que segundo a Bíblia, a pessoa disciplinada com a exclusão deve entender que seus irmãos em Cristo querem seu retorno à Igreja mas com arrependimento genuíno. Sabe-se que certas igrejas cristãs modernas não fazem mais questão para este tipo de disciplina, mas ainda há igrejas cristãs que levam a sério esta questão, dando a correta disciplina. Todavia, o texto proíbe a convivência, ou a associação íntima com tais pecadores. Outro ponto importante: O texto de 1 Coríntios 5:11 refere-se a fornicadores, gananciosos,  beberrões, entre outros tipos de pecados, que não se arrependeram ou que ainda estão cometendo o mesmo pecado? A resposta é óbvia: Trata-se daqueles que não se arrependeram. No texto em grego, Paulo diz que se um chamado irmão “for”. O verbo “for” aqui é do presente do subjuntivo ativo. Estando no presente, a ação é contínua. Portanto, a atitude de evitar associação íntima com tais pecadores deve ser adotada enquanto eles estejam sendo impenitentes, que não se arrependem. No entanto, o Corpo Governante vai além do texto e estabelece a mesma regra para pessoas arrependidas ou não: nenhuma TJ pode falar com elas, sob pena de também serem desassociadas.

         No próximo caso, veja como o Corpo Governante admoesta seus seguidores a tratarem pais desassociados e idosos que precisam dos cuidados dos filhos.

“Por exemplo, o pai ou a mãe desassociados podem estar doentes ou talvez não possam mais cuidar de si mesmos em sentido financeiro ou físico. Os filhos cristãos têm a obrigação bíblica e moral de ajudar. (1 Tim. 5:8) Talvez seja necessário trazer o pai, ou a mãe, para o lar, em caráter temporário ou permanente. Ou talvez seja aconselhável providenciar cuidar deles onde há pessoal médico, mas onde ele ou ela teriam de ser visitados. O que se fizer dependerá de fatores tais como as verdadeiras necessidades do pai ou da mãe, sua atitude e a consideração que o chefe da família tem para com o bem-estar espiritual da família.” [23]

        Em outras palavras, traga os pais para sua casa, mas tente primeiro ver se é possível deixá-los onde há pessoal médico (para evitar o contato). E o que se fizer dependerá das verdadeiras necessidades do pai ou da mãe. Ou seja, se as necessidades não forem tão urgentes e sérias, é preferível não trazê-los para casa. Só traga em último caso. 

         E se o filho for desassociado, ou se dissociou porque foi para uma outra igreja, será que ele pode participar de um estudo bíblico em família com os pais? Então, há duas possibilidades: Uma é se o filho é menor e mora no mesmo teto com a família. A outra é se o filho é maior e mora fora da casa dos pais. Veja:

“Se um filho menor for desassociado, os pais ainda cuidarão de suas necessidades físicas, provendo-lhe instrução moral e disciplina. Não dirigirão um estudo bíblico diretamente para o filho, no qual ele participe. Contudo, isso não significa que não se requererá dele estar presente ao estudo da família. E eles poderão trazer à atenção as partes da Bíblia ou das publicações cristãs que contêm conselho de que ele precisa. (Pro. 1:8-19; 6:20-22; 29:17; Efé. 6:4) Poderão fazer com que os acompanhe às reuniões cristãs e se sente com eles, na esperança de que tome a peito o conselho bíblico.” [24]

“O mesmo se daria também com respeito ao filho que deixou o lar, mas que agora é desassociado ou dissociado. Pais cristãos às vezes, por algum tempo, acolheram de novo um filho desassociado que ficou física ou emocionalmente doente. Mas, em cada caso, os pais poderão avaliar as circunstâncias individuais. Viveu o filho desassociado sozinho, não podendo mais fazê-lo agora? Ou quer ele voltar principalmente porque seria uma vida mais fácil? Que dizer de sua moral e de sua atitude? Introduziria ele “fermento” no lar? — Gál. 5:9.” [25]       

         O primeiro grande absurdo das citações acima é: Um filho desassociado que more na mesma casa não pode receber um estudo bíblico apenas para ele, mas pode participar se for para toda a família. Esta regra é legalista e não se encontra nas Escrituras Sagradas, a regra de fé e prática dos cristãos. Além disso, ela é desamorosa, pois como deixar de dar ao filho desassociado e em pecado o principal remédio para fortalecer a alma e a consciência do pecador, ou seja, as verdades da Palavra de Deus?  Sobre isso, vale a pena mencionar as palavras publicas no livro de Steve & Lois Rabey:

“Amor por perdedores Veja, Jesus tem uma falha fatal: Ele não consegue se afastar dos fracassados. Quando todos desistem, Ele continua procurando – a mulher que fracassou em cinco casamentos, o homem cego no tanque, que por 38 anos falhava em fazer as coisas no tempo certo; a mulher com hemorragia, que não quis desistir; o discípulo que falhou em segui-lo, o pescador que fracassou na pesca; o ladrão que não obedeceu à lei; a mulher adúltera que falhou em manter a pureza moral; o discípulo que fracassou em crer.” [26]

         Numa igreja cristã séria e bíblica, os pais crentes desejam o retorno dos filhos excluídos, e terão o enorme prazer em não permitir que suas mentes fiquem inativas quanto a se alimentar da Palavra de Deus. Mas para o Corpo Governante, como este fornece o suposto alimento espiritual para seus seguidores, o principal castigo para quem pecou grave, foi excluído e está ou não arrependido, ou seja, não foi readmitido ainda, mas precisará provar seu arrependimento por meses ou um ano e mais um pouco é: Coma do nosso alimento, mas sozinho! Onde a Bíblia ensina tal coisa? Em lugar nenhum!

         Outro erro absurdo nas citações acima é pôr obstáculos para os pais aceitarem de volta para casa filhos desassociados. É óbvio que nem na Igreja Cristã seria sábio pais trazerem de volta filhos traficantes, se eles podem viver lá fora e se morar com os pais fosse apenas uma fachada para enganar as autoridades. Mas esta é uma decisão da família, não da Igreja. Graças a estes conselhos, muitos pais têm recebido desassociados apenas no portão de suas casas, não importando se tais excomungados, condenados ao ostracismo religioso, quer arrependidos ou não, ou que até estejam frequentando igrejas cristãs e por isso não podem ser aceitos no convício da família.

         Para o assunto desassociação não ficar muito extenso, consideremos apenas mais um caso de legalismo. O Corpo Governante não perdoa nem os defuntos de Testemunhas de Jeová desassociadas. Respondendo à pergunta se seria correto ministrar uma mensagem bíblica ou Discurso Fúnebre no enterro de um desassociado, deu-se a seguinte resposta:

“Caso morra enquanto desassociado, os arranjos para o seu funeral poderão constituir um problema. Seus parentes cristãos talvez quisessem ter um discurso no Salão do Reino, se esse for o costume local. Mas isso não seria próprio para alguém que foi expulso da congregação. Se ele tiver dado evidência de arrependimento e de querer o perdão de Deus, tal como por deixar de praticar o pecado e assistir as reuniões cristãs, a consciência de algum irmão talvez lhe permita proferir um discurso bíblico na funerária ou no local do enterro.” [27]

         Visto que um enterro não serve para encomendar a alma a Deus, por que proibir a realização de uma mensagem bíblica na própria Igreja (ou Salão do Reino), tendo o morto se arrependido ou não? A quem pregaríamos a Palavra de Deus? Ao defunto ou às pessoas ali presentes? Perceba-se ainda que o legalismo desta seita é tão exacerbado que caso não tenha dado tempo de a pessoa se arrepender por completo ou de dar evidência mais ampla de arrependimento e, por isso, morreu sem ser readmitida, ela não poderá ser velada no Salão do Reino da seita. Onde a Bíblia ensina isso? Em lugar nenhum!

         Todos estes pontos legalistas sobre a desassociação entre as Testemunhas de Jeová causaram na vida de muitos desassociados, ou dissociados, que se auto excluíram do movimento, muitas dores e depressão pela perda de amigos e familiares. Na internet pode-se ver o testemunho de muitos deles, mesmo de pessoas que realmente pecaram contra Deus e contra as normas da seita. Muitos deles mereceram ser excluídos, e certamente seriam se fossem membros em igrejas cristãs sérias. Mas a grande diferença é o ostracismo à que tal pessoa passa enfrentar, e aí questionamos se os que retornam à seita voltam como fuga dos problemas que enfrentam ou por amor ao seu “deus”. 

CONCLUSÃO

         Neste capítulo, observamos três meios pelos quais o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová demonstra seu legalismo inconfundível: Regras não bíblicas ao se proibir transfusões de sangue e até mesmo a ministração do sangue autólogo; regras não bíblicas para desencorajar a educação universitária; regras não bíblicas de como se deve tratar excluídos desta organização.

         Em outros artigos, aprenderemos como o Corpo Governante controla seus adeptos, garantindo a uniformidade que tanto anseiam em sua organização. Seria este controle um método bíblico ou um desvio à lá farisaísmo? – Pr. Fernando Galli.

_____

[1] HOVESTOL, Tom. A Neurose da Religião : O desastre do Extremismo Religioso, p. 82. São Paulo : Hagnos, 2009.

[2] Achegue-se A Jeová,, p. 312. Cesário Lange-SP: Torre de Vigia, 2002.

[3] .A Sentinela 1 de agosto de 1982, p. 27. Cesário Lange-SP: Torre de Vigia, 1982.

[4] A Sentinela 15 de agosto de 1998, p. 12. Cesário Lange-SP: Torre de Vigia, 1998.

[5] A Sentinela de 1º. de Outubro de 2008, p. 31. Cesário Lange-SP: Torre de Vigia, 2008.

[6] GEISLER, L. Norman & RHODES, Ron. Resposta às Seitas : Um Manual Popular sobre as Interpretações Equivocadas das Seitas, p. 39. Rio de Janeiro-RJ: CPAD, 2000.

[7] BATISTA, Paulo Sérgio. Manual de Respostas Bíblicas, p. 378. 2ª. Edição Ampliada. São Paulo-SP : Edições Kairós, 2008.

[8] BÍBLIA SAGRADA Almeida Século 21. São Paulo: Vida Nova, 2010.

[9] A Sentinela de 1º de Março de 1989, p. 30.

[10] Despertai! 22 de maio de 1994, foto de capa. Cesário Lange-SP: Torre de Vigia, 1994.

[11] Despertai! 8 de junho de 1967, p. 25 (em Inglês). New York, EUA: Watchtower Bible And Tracts Society, Brooklyn. 1967.

[12] A Sentinela 15 de março de 1969, p. 171, Volume encadernado (em inglês). New York, EUA: Watchtower Bible And Tracts Society, Brooklyn. 1969.

[13] Despertai! 22 de maio de 1969, p. 15 (em Inglês). New York, EUA: Watchtower Bible And Tracts Society, Brooklyn. 1969.

[14] Ministério do Reino, junho de 1969, p. 3 (em Inglês). New York, EUA: Watchtower Bible And Tracts Society, Brooklyn. 1969.

[15] A Sentinela 15 de agosto de 1992, pp. 28, 29. New York, EUA: Watchtower Bible And Tracts Society, Brooklyn. 1969.

[16] BÍBLIA SAGRADA, Almeida Século 21.

[17] KISTEMAKER, SIMON. Comentário do Novo Testamento : 1 Coríntios, p. 781. São Paulo-SP: Cultura Cristã, 2004.

[18] LOUW, Johannes & NIDA Eugene. Léxico Grego-Português do Novo Testamento, p. 295. Barueri, SP : Sociedade Bíblica do Brasil, 2013.

[19] Organizados Para Fazer a Vontade de Jeová, p. 156. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblia e Tratados, 2005.

[20] Nosso Ministério do Reino de Agosto de 2002, p. 4. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 2002.

[21] A Sentinela 15 de Janeiro de 1971, p. 31. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1971.

[22] A Sentinela de 15 de abril de 1988, página 28, parágrafo 14. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1988.

 

[23] A Sentinela de 15 de dezembro de 1981, pp. 24, 25. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1981.

[24] A Sentinela 15 de dezembro de 1981, p. 24. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1981.

[25] A Sentinela 15 de dezembro de 1981, p. 24. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1981.

[26] STEVE & LOIS RABEY. Lado a Lado : Um manual de discipulado, p.  95. Rio de Janeiro-RJ : Editora Sepal, 2004.

[27] A Sentinela 15 de dezembro de 1981, p.  27. Cesário Lange-SP : Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1981.