NÚMERO 3 – 24 DE MAIO DE 2020
O deus “QUE NEM” QUE NÓIS!
Quando estudiosos da Bíblia, baseados nas preciosas verdades sobre o ser de Deus, elaboram seus textos teológicos e participam da criação de dogmas e declarações de fé da Igreja, tem-se um resultado edificante para a fé do cristão. Todavia, alguns empolgados ou enfunados de orgulho pelo conhecimento adquirido sobre Deus, nunca muito por sinal, se aventuram em deduzir muito sobre Deus que a Bíblia não ensina. Isto significa ir além das Escrituras. (1 Coríntios 4:6) E então o resultado são deslizes e até heresias contra o Ser de Deus. Vejamos alguns.
Atos Divinos na Eternidade
A Bíblia nos revela sobre alguns atos de Deus feitos antes de haver mundo, ou seja, em seu estado eterno. Por exemplo, havia relacionamento entre as pessoas da Trindade. O verbo (Jesus) era Deus e estava com Deus (o Pai e o Espírito Santo). (João 1:1) Jesus tinha a glória de Deus junto com o Pai. (João 17:5) E por dedução concluímos que o Espírito Eterno de Deus (Espírito Santo, em Hebreus 9:14) também tinha a mesma glória divina.
Também somos informados que antes da fundação do mundo Deus pensava nos salvos, pois lemos em Efésios 1:4 que “antes da fundação do mundo” fomos eleitos, e isto subentende que antes de haver mundo Deus já sabia que seríamos criados, que cairíamos, que Jesus viria para nos salvar. Por isso se diz que o Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo (Apocalipse 13:8), ou seja, para Deus a realidade da morte de Jesus por nós já era uma realidade antes da criação do mundo! Não vamos entrar nos meandros calvinistas ou arminianos. Mas infelizmente, alguns extrapolam! De que forma?
1. Eles defendem a ordem dos decretos e permissões divinos antes de haver mundo. Os infralapsarianos afirmam que Deus decretou a criação, permitiu a queda, escolheu uns para a salvação e outros deixou sem salvação. Mas o supralapsarianos afirmam que Deus decretou (ou decidiu, que é um mero eufemismo de decretar) a salvação de alguns e a perdição de outros, decretou a criação destes e permitiu a queda do homem. Sobre os proponentes dessas teorias, afirmamos: Eles são hiper-mega-ultra-giga-tera-power! E defendem com tamanha convicção seus respectivos pontos que chegam até criar desavenças por isso! Mas o que a Bíblia diz sobre isso? NADA! Os textos que cada lado cita não foram escritos para falar de ordem dos atos divinos na eternidade. Ninguém sabe pois Deus não nos revelou e nós não estávamos lá (desculpe-me pelas duas palavras que indicam tempo e lugar para a Eternidade, já que ela é estado divino).
Aparência e Sentimentos Divinos
Deus, ao se revelar ao homem, o faz com uma didática perfeita, visando uma melhor compreensão do homem sobre o Eterno. Já que nossa mente infinitamente pequena não alcança a realidade infinitamente grande de Deus, Ele se revela com aparência humana (cabeços brancos, menina dos olhos, bum-bum (pois está sentado em trono), pés, mãos e dedo. A teologia chama isso de antropomorfismo. Ele também se revela com sentimentos humanos, como ira, tristeza, surpresa, alegria, querer e desejo, e até esperança e descoberta. Chamamos isso de antropopatias. A teologia chama isso de antropopatia.
No entanto, uma coisa é Deus se descrever com antropomorfismos e antropopatias, outra coisa é o teólogo e o leigo (muito mais ainda) levar tudo isso ao pé da letra e imaginar Deus exatamente assim e, pior, ir além disso. Há relatos de pregadores “teólogos” afirmando absurdos, para ateu nenhum botar defeito:
(1) “Deus derramou uma lágrima dos céus a terra, bem em cima da cruz, quando Jesus morreu”. Boa pontaria, não acha? Pois só faltava ter errado o alvo!
(2) “Para Deus não sofrer por antecipação, Ele preferiu não saber o futuro e descobri-lo junto com o homem”. Só faltou tomar cloridrato de donepezila, para o alzheimer dele, ou nos meus idos de jovem o famoso fosfosol!
(3) “Deus chega a chorar profundamente quando jovens cometem fornicação, mas quando eles leem a Bíblia e fazem a vontade de Deus, Ele sorri sem parar!” Ao mesmo tempo? Para transtorno bipolar, vá à farmácia mais próxima e tome clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina ou resperidona. Deus sorrir ou entristecer não seria sinônimo de concordar ou discordar de nossas ações?
(4) “Deus muitas vezes tenta de todas as formas convencer o pecador de seus delitos, mas infelizmente o homem não aceita.” Que frustrante para esse Deus não conseguir que sua vontade seja feita, e ver aquela mensagem de jogos de máquina de boteco aparecer: TRY AGAIN! (TENTE DE NOVO!);
(5) “Deus e o diabo vivem brigando por você. E você, quem você quer que saia vencedor?” O Mike Tyson nocauteava mais rápido os adversários!
(6) “Posso ouvir o grito de Deus quando o diabo toca em você: “Aiiiiii!!!” Só voltar à farmácia. Tomou Doril, a dor sumiu!
Deus Precisa de Apologista
A mais terrível de todas as idiotices, e que gera algumas das outras comentadas acima, é quando o sujeito se proclama apologista (defensor da fé) após muitos anos de estudo teológico profundo, por correspondência, e depois de ter lido um livro só e umas vinte páginas de outros dez livros teológicos, ele sai como guerreiro da fé, se achando o dono da Igreja, e defendendo Deus contra os ataques dos irmãos leigos, que mal sabem porque estão ferindo o pobre e coitadinho coração do “deus” do apologista, deus este que não habita em templos feitos por mãos, mas sim numa caixinha teológica criada pelo indispensável defensor da fé! Esse infeliz, porque a graça e o amor de Deus não o abraçaram ainda (e não me pergunte o motivo porque não sei!), ele se torna capaz com sua meia ideia de criar instabilidade e discórdia na Igreja porque acha que quando suas interpretações e opiniões (sempre indo além da Bíblia) são feridas, o “deus” criado por ele também se sente ferido. Daí, compartilho com você os absurdos que já vi:
(1) “Irmãos, pôr piso no banheiro da igreja, nas cores preta e branca, de forma alternada, lembra a maçonaria. Deus não gosta disso, e eu me recusarei a usar esse banheiro se vocês permitirem uma coisa dessas.” O que esse equivocado faria numa emergência na Igreja? Usaria um pinico?
(2) “Filho, se te derem ovo de páscoa, devolva! Nosso Deus não é um coelho pagão e não abençoa esse tipo de chocolate!” Será que o deus desse apologista não sabe que quando se quebra o ovo de páscoa ele deixa de ser ovo, e que uma oração simples poderia quebrar todas as influências malignas da deusa da fertilidade, já morta e esquecida?
(3) “Deus me revelou agora irmãos que muitos que torcem para time de futebol estão indo para o inferno exatamente por este motivo!” Que gol contra à Palavra de Deus! Será que o Gizuis desse cara não gostava de futebol porque falava em parabóla, mandava semear no campo, retirar a trave, jogar as redes no mar e chamava o juiz de ímpio?
(4) “Em nossa igreja, não permitimos que pessoas de cavanhaque preguem. No máximo permitimos um bigode, mas decente!” Ou seja, o deus desse pessoal é um verdadeiro “barbeiro” em teologia: Só barbeiragem, como dizia meu finado avô.
(5) “Deus não agrada que um crente assista televisão. Na nossa Igreja, quem tem televisão em casa não tem liberdade de pregar, pedir louvores ou orar.” O curioso é que o “deus” desse pessoal mandou transmitir culto pela internet na época da pandemia. Será que o problema é o tamanho da tela?
(6) “Estudei numa faculdade de teologia e ali vi coisas absurdas! O Reitor tinha uma miniatura de Meca de cinco centímetro (templo Islâmico) em sua sala. O professor de filosofia ficava ensinando o que os filósofos pré-socráticos criam! Onde já se viu isso! Tive que bater de frente contra essas heresias.” Confesso que fui eu que fiz isso quando, nos primeiros anos de conversão, andava com maus apologistas e conhecia muito pouco o amor e a graça de Deus. Graças a isso, perdi o contato com professores excepcionais, gente muito culta, tudo porque eu servia a um deus que precisava de mim para defendê-lo.
Faça um Up Grade da sua Fé!
Jamais se pretendeu aqui criar outro conceito de Deus, com uma caixinha teológica mais moderna do que as de cima. Todavia, precisamos entender que a Bíblia nunca pretendeu revelar um Deus com as características acima. Precisamos compreender um pouco mais da linguagem didática divina e não usá-la de forma literal. Não tente explicar Deus! Não invente doutrina onde não há. Não ache que Deus seja um você religiosão no meio de quem você quer controlar! Senão o nosso Deus (ou “deus) será como um de nós, sabendo o bem e mal. – Pr. Fernando Galli.
BUDISMO – O CAMINHO ÓCTUPLO DO AMOR PARA O CRISTO.
Quando tenho a honra de falar sobre fé com budistas confesso minha grande admiração por eles. Embora o Budismo professe crenças diferentes do Cristianismo, procuro encontrar nelas verdades bíblicas, afinal nenhuma religião se afastou cem por cento das verdades reveladas na Palavra de Deus.
O Budismo possui preceitos muito interessantes que nos poderiam servir de base de acordo mútuo para raciocinarmos com eles biblicamente sobre fé. Neste texto procurarei mostrar como usar o Caminho Óctuplo do Amor, crido pelos budistas, como ponte para pregarmos Jesus Cristo, o verdadeiroo nosso Caminho, e compartilharmos como a Bíblia concorda com tais preceitos. Isto abrirá uma enorme porta para uma amizade enriquecedora com esse povo tão especial.
O Nobre Caminho Óctuplo
O’DONNELL, escritor e estudioso de religiões mundiais, publicou em seu livro Conhecendo as Religiões do Mundo, Editora Rosari, página 50, os oito preceitos de Buda para guiar as pessoas no Caminho do Meio (modo de vida para evitar os extremos):
- “Entendimento correto – entender as “Quatro Nobres Verdades”; Estas seriam, conforme O’DONNELL:
- “Dhukha (“sofrimento”) – Toda a vida envolve o sofrimento;
- Desejo – a origem do sofrimento é o desejo e os falsos apegos;
- Extinção – a cura do sofrimento é parar de desejar a coisa errada;
- O Caminho do Meio – O Buda conhecia o luxo e o asceticismo, e nenhum dos dois caminhos trouxe felicidade, o que o levou a ensinar o caminho do meio, uma maneira de evitar os extremos.”
Comentário Cristão – Os budistas gostariam muito de aprender verdades bíblicas se começássemos a ensiná-las desde o princípio. Logo em Gênesis, observamos como surgiu o sofrimento no mundo: Através da desobediência. Explique ao budista que chamamos de pecado a ação que magoa a causa primária de tudo que existe: Deus. (Gênesis 2:16, 16; 3:1-5) Todavia, explique como essa causa primária pretendeu, através de Cristo Jesus, diminuir, por enquanto, e completamente no futuro, o sofrimento. (João 3:16) Também, seria bom examinar o Sermão do Monte com os budistas, destacando verdades facilmente compreendidas por eles, como o saber se relacionar um com o outro. – Mateus 5:23, 24; 7:12.
Sobre “a origem do sofrimento é o desejo e os falsos apegos”, a Bíblia afirma: “O desejo dos justos tende somente para o bem, mas a expectação dos perversos redunda em ira” (Provérbios 11:23) e “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem” (Romanos 12:9) Esses versículos criarão uma ponte entre as verdades bíblicas e a crença budista. Também, o sofrimento acaba, segundo o budismo, quando se deixa de se desejar a coisa errada. Fale sobre Jesus ter ensinado a não ficarmos ansiosos por coisa alguma: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. (Mateus 6:34) Explique a eles: Buscar a luxúria resulta em dano (1 Timóteo 6:9) e viver mendingando não é característica dos justos (Salmo 37:25).
“2. Intenção correta – comprometer-se com o caminho.”
Comentário Cristão – Este passo tem a ver com o pensamento de cada indivíduo budista. Se você conhece o caminho a seguir, comprometa-se com ele. Aqui, há uma frase de Jesus que vai ao encontro dessa crença budista: “Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”. (João 13:17) Diga ao budista: De que valor é conhecer e não praticar? Veja como procuramos praticar o amor ao próximo. Uma forma é importarmo-nos com os outros. (Leia Filipenses 2:4) Pergunte a ele: Você concorda que amar ao próximo é uma verdade com a qual precisamos estar comprometidos? – Leia Romanos 12:10.
“3. Fala correta – sempre falar a verdade e ser positivo.”
Comentário Cristão – Na abordagem com budistas, compartilhe que a Bíblia nos ensina a falarmos sempre a verdade. Lemos em Efésios 4:25: ” Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros”. Sobre sermos positivos, a Bíblia nos ensina a nos concentramos naquilo que nos faz bem. Por exemplo: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Sim, a Bíblia pode ensinar muitas verdades aos budistas, mas muitas delas eles já conhecem!
“4. Ação correta – Ser gentil com todos os seres vivos e ter uma mente clara”.
Comentário Cristão – Em meus estudos sobre o budismo, aprendi que a ação correta engloba evitar o mal, superar o mal, fazer o bem surgir, e manter e desenvolver o bem. A Bíblia nos ensina isso: Evitar o mal e amar o bem. (Salmo 97:10) O fruto do Espírito Santo é o amor, a alegria, a paz, a benignidade, bondade, mansidão, longanimidade, fé (ou fidelidade) e autocontrole (Gálatas 5:22, 23) – e os budistas precisam ver em nós que alguém (para eles “algo”) nos faz sermos diferentes e melhores pais, mães, filhos, vizinhos e amigos. Também, a Bíblia nos ensina que o propósito original da Causa Primária para com o homem era cuidar da terra: O homem foi feito da terra para cuidar dela e de tudo que nela vive. – Gênesis 2:8.
“5. Modo de vida correto – ganhar o sustento de maneira ética.”
Comentário cristão -A Bíblia ensina os cristãos a trabalharem pelo seu sutento. O não roubarás (Êxodo 20:15) envolve muitos aspectos éticos. Os verdadeiros cristãos não roubam horas do patrão, não sonegam impostos, não desfalcam as empresas em que trabalham. Tudo o que fazem é uma forma de amar o próximo, o que os identifica como seguidores de Jesus. – João 13:34, 35.
“6. Esforço correto – evitar pensamentos nocivos.”
Comentário cristão – Lemos em Provérbios 12:5: “Os pensamentos do justo são retos, mas os conselhos do perverso, engano.” As obras da carne, como ira, raiva e ódio devem dar lugar ao fruto do Espírito mencionado acima. (Gálatas 5:19-23) Ser preguiçoso não é ter esforço correto, segundo a Bíblia. Sobre isso lemos: “O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta.” (Provérbios 13:4) Os pensamentos nocivos se chocam com o caráter cristão, que se concentra apenas em virtudes. – Filipenses 4:8.
“7. Mente correta – Viver na realidade e estar consciente das pessoas que o rodeiam.”
Comentário cristão – Aqui, os budistas ensinam a ter consciência completa de todas as ações do corpo. Através do que falamos e fazemos, devemos levar em consideração as pessoas que nos rodeiam. Este é também um ensino bíblico. Colossenses 3:12-15 nos ensina: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.” Assim, o importar-se com os outros significa ter a mente cristã correta.
“8. Comtemplação correta – treinar a mente para libertá-la do ódio e da cobiça.”
Comentário Cristão – Os budistas praticam suas meditações, para treinar sua mente. Não precisamos entrar em choque com eles sobre a forma de meditação, mas vamos compartilhar com eles como meditamos na Palavra de Deus e como isso nos é importante. “Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.” (Salmo 1:2, 3) Quem medita nos escritos da Bíblia, aprende a ser feliz. Não há lugar para o ódio vingativo (odiamos o mal por não concordar com ele; mas não nos vingamos dele). Diga aos budistas: Poderíamos meditar no seguinte texto: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos”. (Efésios 5:3) Depois convide-o a considerar como nossa fonte de força e poder (Deus) nos capacita a evitar o ódio e a cobiça, através de outros textos bíblicos. – Provérbios 10:12; Provérbios 15:17.
Nossa Meta Cristã
É nosso dever conhecer até que ponto ambas as “fés” se convergem. Praticar isso cria laços de amizade, ingrediente imprescindível para falar do amor de Deus. Nosso caminho é Jesus Cristo. Os budistas poderão aprender este caminho através do agir do Espírito Santo de Deus. Que nossos esforços em alcançar esse povo tão rico em atos positivos sejam recompensados com novos cristãos e filhos de Deus. – Pr. Fernando Galli.
CUIDADO COM A SEITA “IGREJA DO DEUS TODO-PODEROSO “! – Parte 1.
O grande inimigo da Igreja de Cristo e de suas doutrinas, Satanás, tem aberto cada dia mais seu leque de opções para cegar mais ainda e confundir a mente dos incrédulos. (2 Coríntios 4:4) Ele tem conseguido enganar muito mais pessoas, não falando sobre si mesmo, mas de falsos Cristos aos montes. Aqui no Brasil, já conhecemos o INRI CRISTO, já recebemos o falecido José Luis de Jesus Miranda, que dizia ser a encarnação de Jesus Cristo homem (morreu de cirrose), e há uns dois anos mais um falso Cristo está sendo pregado aqui, apregoado por uma seita chinesa chamada Igreja do Deus Todo-Poderoso. Que seita é essa e em que creem?
Origem da Seita
Segundo o site da Wikipedia, esta seita teria surgido em 1991, na China, onde também é conhecida como “relâmpago do Oriente”, visto que Jesus compara a sua vinda como tal, em Mateus 24:27. Este movimento começa entre os seguidores de outra seita, a tal Igreja Local de Witness Lee, quando uma senhora de nome Zhao Weishan começou a divulgar suas crenças por textos e sobre eles algumas pessoas começaram a afirmar ser do Espírito Santo. E foi por volta de 1992 que esta senhora passou a ser encarada como a encarnação de Jesus Cristo na terra.
Algumas Crenças
Os adeptos dessa seita creem que o retorno de Cristo se deu como uma mulher. Eles nos perguntam: “Por que limitar o gênero de Deus a homens? Não é ele o Todo-Poderoso?”
RESPOSTA CRISTÃ – Jesus ensinou que voltaria como o Filho do homem, não como a filha do homem: “E verão o Filho do homem vindo com poder numa grande nuvem”. (Lucas 24:27) Sobre sua volta, Jesus fala sobre orar para que se possa ficar em pé diante do Filho do homem. (Lucas 21:36) Além disso, o cabeça da mulher é o homem, segundo a Bíblia, sendo assim Jesus, caso voltasse como mulher, criaria uma tremenda bagunça no princípio de chefia cristão. – 1 Coríntios 11:3.
Os seguidores dessa seita também afirmam a razão de Jesus ter encarnado novamente. Veja:
“Assim como as igrejas do cristianismo, a Igreja de Deus Todo-Poderoso surgiu por causa da obra de Deus se tornando carne. As igrejas do cristianismo surgiram por causa da aparição e obra do Senhor Jesus se fazendo carne, e a Igreja de Deus Todo-Poderoso surgiu por causa da aparição e obra de Deus Todo Poderoso encarnado dos últimos dias. Assim, ao longo do tempo, igrejas surgiram por causa da aparição e obra de Deus se tornando carne.”
RESPOSTA CRISTÃ – Toda seita nova rompe com a verdade de que a Igreja de Cristo não deixa de existir por uns tempos, ou não enfraquece sua atuação, para surgir de novo com mais força. Quando Jesus promete “estarei convosco todos os dias até o fim” (Mateus 28:20), ele estava afirmando que sua Igreja sempre existiria, e não que sumiria para reaparecer de novo. Também, a Igreja de Jesus surgiu com sua vinda como Deus-homem, mas desde então as portas do inferno não tem prevalecido contra ela e a glorificação do Corpo ressurecto de Cristo é para sempre, o que torna desnecessário afirmar que uma nova Igreja surgiria devido ao retorno de Cristo em carne novamente. Quando lemos Filipenses 2:5-8, Jesus existindo na forma de Deus assimiu a forma humana, e em grego este tempo verbal indica que a ação de assumir a forma humana se deu de uma vez por todas, então, para que vir na carne novamente? A única razão de isto já ter acontecido foi para que, através da união hipostática (Deus-Homem), Deus, na pessoa do Filho, viesse até nós morrer por nós.
O Jesus Mulher – Fazendo o Quê?
Segundo os adeptos dessa seita, nessa encarnação, de lá da China, o Jesus Mulher inicia uma nova etapa da Igreja, reunindo pessoas de várias igrejas, pois o julgamento começa com a casa de Deus. (1 Pedro 4:7) Quando isso ocorre, muitos saem das igrejas com erros religiosos e passam a se tornar membros da Igreja do Deus Todo-Poderoso. Assim, o Jesus Mulher dessa seita está num lugar secreto, que ninguém sabe, liderando essa obra de libertar pessoas das religiões cristãs e dando a elas verdadeiras e corretas interpretações da Bíblia.
RESPOSTA CRISTÃ – Bem diferente de ele vem com as nuvens e todo o olho o verá, não? (Apocalipse 1:7) E o texto de 1 Pedro 4:17 sobre o julgamento começar com a casa dele nada tem a ver com um suposto retorno de Jesus Cristo em forma humana, afinal desde os dias de Pedro o julgamento já tinha começado com a casa de Deus.
E como justificam o fato de este Jesus-mulher encarnado de novo não aparecer? Afirmam:
“Veio e está em secreto para obrar, conquistar e salvar a humanidade profundamente corrupta e transformar um grupo de pessoas em vencedores. Isso inaugurou o julgamento do grande trono branco nos últimos dias e abriu caminho para a aparição pública de Deus em cada nação e local do mundo durante a próxima etapa.”
RESPOSTA CRISTÃ – Jesus já veio para salvar a humanidade. Não precisa de repley nem de emenda. Ele já disse na cruz: “Está consumado!” (João 19:30) Também, desde sua morte, em Cristo Jesus somos mais que vencedores! (Romanos 8:37) Desde então, ele abriu caminho para sua volta, quando todo olho o verá. Mas não como mulher, pois na sua coxa estará escrito: “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. – Apocalipse 19:13.
E como seria de esperar, essa seita nega a doutrina da Trindade. Eles afirmam que Deus é uma única Pessoa, que pode ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e carne ao mesmo tempo.
RESPOSTA CRISTÃ – Então está explicado a grande influência demoníaca que essa seita herdou. Sua fundadora, a Jesus-Mulher, se reunia com o herege Witness Lee, que também negava a Trindade para ensinar a doutrina de um Deus unipessoal modalista. Fácil afirmar ser Deus uma só pessoa, quando se esquece dos 179 versículos em que o Pai fala com o Filho, o Filho fala com o Pai, o Espírito Santo é enviado pelo Pai, ou pelo Filho, ou o Espírito Santo fala apenas do que ouve, e a pergunta é: Ouve de quem? Fácil quando se esquece que Jesus estava com Deus e era Deus, desde o princípio. – João 1:1.
Metodologia de Ensino e Evangelismo
Uma seita exclusivista, e neste caso, que possui Jesus encarnado escondinho para todo olho não vê-lo, precisa com um ensino polêmico desses compensar essa deficiência óbvia. Do outro lado da gongorra, há um movimento muito organizado, repleto de pessoas bem preparadas para raciocinar com cristãos com a Bíblia na mão. Seus sites oficiais são ricos em informação, bem elaborados. Seus missionários estão invadindo as redes sociais, se apresentando como cristãos convidando tantos quanto possível para ouvirem uma mensagem “abençoadora” para a humanidade. Posto isso, a Igreja Cristã tem a importante tarefa de laertar nas redes sociais sobre mais um poço de heresias vindo do mal – a Igreja do Deus Todo Poderoso. – Pr. Fernando Galli.
NÃO SE ENVERGONHE AO EVANGELIZAR!
Já sentiu alguma vez receio ou vergonha de dizer que você recebeu Jesus em sua vida para pessoas que sabem quem você foi e dos seus erros passados? Muitos se acanham em se identificar como cristãos, com receio de ouvir aquela velha frase: Aprontou tanto, e agora virou crente. Mas a Bíblia dá bons motivos para não se sentir assim. Independente da questão Calvinista/Arminiana, quanto à ordem dos acontecimentos em prol da salvação do homem, observe o que Deus já fez, faz e fará na sua vida:
1. Deus já pensava em você antes de haver mundo. “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo.” – Efésios 1:4.
2. Você foi chamado(a). Você recebeu um convite do Deus Todo-Poderoso! “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” – Mateus 11:28.
3. Você se converteu a Jesus. Você deixou o pecado em arrependimento, pois foi convencido pelo Espírito Santo de que era pecador, e voltou-se para Jesus Cristo em fé. – “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.” – Atos 3:19.
4. Você foi regenerado e, portanto, nasceu de novo. Você foi transformado por Deus e recebeu dele uma nova orientação e vitalidade espirituais. – “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” – 1 Pedro 1:23.
5. Você foi unido(a) à Cristo. – “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:17) “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” – Gálatas 2:20. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” – Romanos 8:1.
6. Você foi justificado(a), ou seja, Deus te considerou justo através do sacrifício de Jesus, embora você não merecesse. “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” – 1 Coríntios 6:11.
7. Você foi adotado(a) como filho(a) espiritual de Deus, e olha para Deus como seu “Paizinho”, e veio a haver um relacionamento íntimo entre você e Deus. – “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” – João 1:12.
8. Você foi santificado, e isso vem a ser uma obra contínua do Senhor Deus-Espírito Santo na sua vida. Você foi separado para pertencer a Ele. “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” – 1 Pedro 2:9.
9. Você está perseverando, e mesmo tropeçando, Deus te faz levantar. – “Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” – Mateus 24:13.
10. No futuro você será glorificado(a), ou seja, receberá um corpo ressurreto, incorruptível, livre de doenças e da dor, glorioso, forte, espiritual, para sempre no Reino de Deus. É a vida eterna! – “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.” – 1 Coríntios 15:52.
Depois de tantas bênçãos transformadoras em sua vida, que tal sair contando para tantos quanto possível que você se sente feliz em ser filho de Deus pela fé em Cristo Jesus? – Gálatas 3:26.
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VOCÊ VAI PERDER ESSE CURSO?
Veja o que alunos já disseram:
“Este curso é bom demais.” – L.E.M.
“Suas aulas duram muito pouco, uma hora e meia foi pouco para a primeira aula.” – J.R.G.
“Muito edificantes suas aulas.” – A.R.N.
“O curso de apologética mais completo da internet.” – P.H.A.
“Aprendo coisas com aulas dinâmicas, é bom demais!” – A.B.S.
“Sua didática é envolvente, pastor Fernando, e a gente não vê o tempo passar.” – T.A.M.
“Muita biblia mesmo para a gente. É sério e divirtido ao mesmo tempo.’ – L.A.M.F.
“Graças a Deus estou aprendendo muito Sobre a Natureza de Cristo muita coisa que tinha dúvidas foram esclarecidas, assim posso na escola bíblica dominical falar com mais propriedade sobre a Trindade. Muito obrigado professor Fernando Gali que o Eterno Deus te abençoe grandemente.” – Y.J.S.
“Muito boa aula, pastor. Espere que Deus continue abençoando.” J.R.S.
“Durante o aprendizado, há momentos que a emoção toma conta do coração. Ao Eterno toda a glória.” – W.V.R.
“Uma bênção sua aula, pastor.” – I.O.
Portanto, que tal ser nosso aluno! Entre em contato pelo whatsapp 016 99637-1225 e faça sua matrícula!
A IMPORTÂNCIA DE SUPORTARMOS UNS AOS OUTROS.
Já aconteceu com você de não conseguir suportar uma pessoa? Com todos nós, claro! Somos imperfeitos, mas aqueles que desfrutam da habitação do Pai, do Filho e do Espírito Santo em suas vidas, pois como convertidos a Jesus e foram transformados, naturalmente têm uma inclinação maior para suportar o próximo. O texto bíblico base para tal tema diz:
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.” – Efésios 4:1, 2.
Com este texto em foco, o que envolve a expressão “suportando-vos” e como ela se relaciona com o contexto? E quais os benefícios, de acordo com a Bíblia, de se praticar o “suportando-vos”? Será que vale a pena mesmo?
SUPORTAR É PERDOAR SEMPRE
As atitudes do semelhante contrárias às expectativas de outrem podem perdurar. Em outras palavras, o ofensor nem sempre comete um ato isolado de ofensa, mas persiste em sua atitude pecaminosa, quer ciente ou não do seu erro. Nesse caso, pode-se diferenciar que o ato de suportar alguém envolve perdoar muitas vezes até que passe a provocação. No texto em que Jesus refere-se a perdoar setenta vezes sete (ou: “setenta e sete vezes”) (Mateus 18:22), não se menciona o perdoar como se referindo ao mesmo pecado ou não, todavia a ideia do texto parece indicar uma contínua prática do perdoar, ao que se pode considerar como suportar. Portanto, não seria errôneo concluir que suportar envolve um conjunto de perdões por um período de tempo indeterminado.
SIGNIFICADO DE “SUPORTAR” NO TEXTO GREGO
Em Efésios 4:1, 2, o apóstolo Paulo usou o vocábulo grego (anéchomai) e, segundo VINE, significa “manter para cima, manter erguido […] é usado na voz média no Novo Testamento, com o significado de “aguentar com, suportar”.[1] Assim, “suportar” parece indicar o esforço que alguém faz para suportar algo que precisa tolerar, carregar, como se estivesse segurando algo para cima. CHAMPLIN relaciona “suportando-vos” uns aos outros com “tolerância mútua”.[2] Isso implica num suportar mútuo – todo cristão precisa tolerar, suportar o outro.
No Novo Testamento, os usos de anéchomai dão uma ideia do esforço que se deve fazer para praticar o “suportando-vos”. Por exemplo, Jesus usa este vocábulo em relação à geração sem incrédula e perversa quando pergunta: “Até quando vos sofrerei [ou: suportarei]?” (Mateus 17:17; Marcos 9:19; Lucas 9:41.) Paulo relaciona o suportar com a perseguição: “Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos.” (1 Coríntios 4:12) Paulo também usa anéchomai ao referir-se aos cristãos sensatos tolerando os insensatos, aqueles que os escravizavam e até esbofeteavam-lhes no rosto. (2 Coríntios 11:19, 20) Portanto, com mesma intensidade urge aos cristãos suportarem-se uns aos outros, até que passe a provação.
COMO E POR QUE “SUPORTAR UNS AOS OUTROS”
O mesmo escritor de Efésios 4:1, 2, o apóstolo Paulo, descreve o amor como “paciente e benigno”.(1 Coríntios 13:4) Visto ser o amor ao próximo que motiva o cristão a tolerar, torna-se impossível praticar o “suportando-vos” sem o exercício da paciência e da benignidade. Ao mesmo tempo em que o cristão mostra paciência, procura o bem de seu próximo que o ofende em palavras e ações, evitando revidar ou vingar-se, mas procurando usar de longanimidade, sempre esperando que a situação seja superada e resolvida. Sobre isso, CHAMPLIN afirma:
“Mas a ordem para nos suportarmos uns aos outros dá a entender que haverá entre nós abusos reais, pelo que também teremos de perdoar ofensas reais e teremos de exercer grande paciência. Portanto, o sofrer os erros cometidos contra nós é algo equiparado com a paciência, ao mesmo tempo em que devemos manter a atitude apropriada de amor por aqueles que provocaram a situação de conflito.”[3]
No texto de Efésios 4:2, Paulo deixa claro que o “suportando-vos uns aos outros” deve ser “em amor”. Por que “em amor”? ADAMS e STAMPS explicam ser “pelo fato de o amor procurar o bem-estar dos outros e o bem-estar do corpo de Cristo”.[4] Isto apenas reitera a verdade: Quem ama perdoa, quem suporta pratica o perdão – temas estes dos primeiros três capítulos desta obra.
Evidentemente, nunca é fácil suportar. Todavia, conforme se aprende com a Bíblia, a prática da humildade, qualidade esta inserida no contexto imediato de Efésios 4:2, ajuda o cristão a suportar uns aos outros, pois uma mente humilde provém de uma avaliação honesta de si mesmo da parte do cristão: ele reconhece seus erros e limitações, e que também necessita ser suportado. O apóstolo Paulo, inclusive, roga aos cristãos em Corinto para que o suportassem mais em sua loucura, referindo-se ao zelo que tinha por eles. (2 Coríntios 11:1, 2) Assim, admitir com humildade a imperfeição possibilita-o a suportar assim como deseja ser suportado.
Mas por que, então, a necessidade de se suportar uns aos outros? O contexto de Efésios 4:1, 2 responde a esta pergunta com a expressão no versículo 1 “andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” e com a do versículo 3 “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”.
Suportar uns aos outros implica que o cristão anda, ou vive, de modo digno da vocação a que foi chamado. Sua conduta diária corresponde com o estado de redenção através de Cristo Jesus. Implica também no esforço contínuo da parte do cristão para evitar facções, disputas, “arrogância, falsidade, orgulho e atitudes egoístas”.[5] Antes, o cristão se apressará em preservar a unidade do Espírito, no vínculo da paz, o que, segundo CHAMPLIN, “transcende a mera harmonia doutrinária e de filiação eclesiástica”.[6] Significa o cristão deixar o Espírito Santo atuar em sua vida como inestimável ajuda para haver tolerância mútua. Essa paz advinda do Espírito Santo, pela qual o cristão se empenha através da tolerância mútua, contribui para que os novos na fé sintam os benefícios espirituais e até físicos de se conviver numa igreja que vive à altura do nome de Jesus Cristo.
Mas suportar uns aos outros implicaria em se fazer vista ao que é errado? De modo algum, segundo as Escrituras. A tolerância mútua não implica em cegueira para com o pecado, mas envolverá muitas vezes, principalmente àqueles cristãos espirituais, tomar a iniciativa de raciocinar com a pessoa em pecado, sempre com profundo respeito e brandura, conforme a Bíblia insta nas palavras: “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6:1, 2) – Pr. Fernando Galli.
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[1] VINE, W. E. & UNGER, Merril F. & WRITE JR, WILLIAM. Dicionário VINE. Página 1007. Editora CPAD. 3ª. Edição. 2003.
[2] CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Volume 4. Página 594. Editora Hagnos. São Paulo. 2005.
[3] CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Volume 4. Página 594. Editora Hagnos. São Paulo. 2005.
[4] ADAMS, J. Wesley e STAMPS, Donald C. Comentário Bíblico Pentecostal. Novo Testamento. Editado por French L. Arrington e Roger Stronsad. Página 1236. 2ª. Edição. CPAD. 2004.
[5] CARSON, D. A. Comentário Bíblico Vida Nova. Página 1858. Editora Vida Nova. 2009.
[6] CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Volume 4. Página 594. Editora Hagnos. São Paulo. 2005.
PR. FERNANDO GALLI RESPONDE
PERGUNTA 1 – Meus pais brigam demais por questões religiosas, cada um membro de uma seita. Só eu sou cristã. Não aguento mais. O que fazer?
RESPOSTA CRISTÃ – Lares divididos em sentido religioso são um grande problema para os cristãos. Todavia, a Bíblia nos ensina a ganhar membros da família para Jesus através do bom comportamento. (1 Pedro 3:1) Os filhos, mesmo em lares assim, precisam honrar pai e mãe. (Efésios 6:1, 2) E honrar significa respeitar a fé de cada membro da família. Também, o servo do Senhor, não apenas no convívio como Igreja, mas no lar também, deve ‘evitar discussões, sendo amável e manso para corrigir e ensinar, a fim de que os descrentes que o agridem sejam levados ao arrependimento’. (2 Timóteo 2:24-26) Por fim, é importante uma boa conversa, estabelecendo regras para todos na família quanto a como se pode evitar atritos e respeitar a fé de cada um.
PERGUNTA 2 – Se Jesus é Deus, por que disse “o Pai é maior do que eu”? – João 14:28.
RESPOSTA CRISTÃ – No grego, para a palavra “maior”, Jesus usou “maizõn”. Significa “maior na função ou posição”, não maior na natureza. Na Trindade, há três Pessoas distintas, iguais em natureza, essência e substância divina, mas diferentes em posição. O Filho, na relação intratrinitariana é inferior ao Pai em posição e função. Chamamos de subordinação funcional. Mas isto em nada afeta a divindade una do Pai e do Filho. Só para ilustrar, o Presidente da República é maior que você em posição e função, mas igual a você em natureza humana.
PERGUNTA 3 – É correto o ensino de que a morte de Cristo pôs fim à ordenança do batismo? Se não, como entender Hebreus 6:1, onde se diz para pormos de lado o batismo?
RESPOSTA CRISTÃ – De acordo com o contexto, os leitores da Carta aos Hebreus não haviam crescido no conhecimento da verdade, mas estavam presos aos ensinos básicos da fé cristã. Em vista do tempo, já deviam ser mestres, mas ainda precisavam do leite da Palavra de Deus, ou seja, aprender as coisas elementares, básicas da fé, aquilo que chamamos de alicerce da fé: batismo, arrependimento, fé em Deus, imposição de mãos, ressurreição dos mortos e juízo eterno. (Hebreus 5:12-6:2) Assim, eles deveriam deixar de lado esses ensinos básicos e prosseguir para o aperfeiçoamento, conforme lemos em 6:1b. ‘Deixar de lado’ não significa deixar de crer ou agir assim, senão teríamos que deixar de lado a fé em Deus mencionada e o arrependimento, mencionados em Hebreus 6:2. Significa, então, ‘deixar de lado’ para aprender verdades mais profundas, chamadas em 5:14 de alimento sólido para dultos na fé, que ajudam o crente a distinguir o certo do errado. Agindo assim, aqueles cristãos hebreus não se desviariam da fé de uma vez por todas, mas permaneciriam nela, distinguindo o certo (a doutrina cristã) do errado (a doutrina dos judaizantes).
PERGUNTA 4 – Se Jeová disse que Adão e Eva morreriam naqueles mesmo dia (Gênesis 5:4), mas eles não morreram, isto não torna Jeová o Pai da mentira? – João 8:44.
RESPOSTA CRISTÃ – Os filhos da mentira chamam YAHWEH de Pai da mentira, porque o pai deles é o pai da mentira – o diabo. (João 8:44) Deus não mentiu. Adão morreu no mesmo dia para Deus, mas em sentido espiritual, que gerou a sua morte gradativa, até seu último suspiro. E o homem herdou de Adão a morte, tanto física como espiritual, por isso Jesus fala: “Deixe os mortos enterrarem seus mortos” (Lucas 9:60) e Paulo diz “outrora estávamos mortos em pecados e delitos”. – Efésios 2:1, 5.
PERGUNTA 5 – Quando o Diabo disse a Eva que ela não morreria caso comece da fruta, mas seria como Deus (imortal), não prova isso que o ensino da imortalidade da alma surgiu com Satanás? – Gênesis 3:5.
RESPOSTA CRISTÃ – O Diabo não prometeu a Eva que se comesse da fruta ela seria como Deus por ser imortal, mas por saber o bem e o mal. Muito menos o Diabo prometeu que ela seria imortal depois da morte, ou que ela morreria e algo já imortal sobreviveria. Esses argumentos dos mortalistas e aniquilacionistas constitui em puro desespero , para imputar ao diabo a crença de que a alma vive após a morte, quando a própria Bíblia comprova isso. – Veja Mateus 10:28; Apocalipse 6:9, 10.
PERGUNTA 6 – A visão que Ezequiel teve, de quatro rodas para cada face dos anjos querubins, não prova a existência de OVINs, discos voadores e vida em outros planetas?
RESPOSTA CRISTÃ – Não podemos pôr na Bíblia, principalmente em textos que descrevem sinais, interpretações que bem entendermos. Se assim for, seria correta também a interpretação que acabei de inventar: “As quatro rodas representam a invenção do carro, nós somos os anjos (ou mensageiros de Deus), usando os carros para nos levar para qualquer lugar para pregar o evangelho. Mas com certeza o texto não se trata disso. E muito menos de OVINs, disco voador e vida extraterrestre de outros planetas. As rodas podem muito bem simbolizar como Deus guia e usa seus anjos, através do seu Espírito, de forma dinâmica e atuante como Ele quer.
PERGUNTA 7 – Minha Igreja defende que devemos guardar o domingo, como dia do Senhor. Mas os irmãos jogam bola, assistem o Domingão do Faustão e vão ao culto. É assim que se guarda um sétimo dia ou domingo sabático?
RESPOSTA CRISTÃ – Eles guardam o domingo certinho, na gaveta. Ou o consideram como o dia do Senhor Neymar Jr. Ou quem sabe o Domingo deles é do Senhor e do Faustão ao mesmo tempo. Certo pastor me disse: “Mesmo crendo que eu deva guardar o domingo como dia sabático, prefiro nem guardar porque sei que não conseguimos cumprir essa lei do modo correto.” Mas e se ele pensasse assim quanto ao mandamento de não adulterar? Será que ele diria assim à sua esposa: “Como eu de vez enquando admiro a beleza e já chegue a te trair em pensamento, então, como não dá prá ser cem por cento correto nisso, então eu prefiro não guardar o mandamento de não adulterar”? Eu defendo um dia de guarda. E mesmo quando erro, não desisto de crer assim e tentar fazer o correto. Um domingo abençoado e feliz para todos!
PERGUNTA 8 – Se Deus mandou Moisés construir imagens de anjos querubins no tabernáculo de adoração e de uma serpente de bronze no deserto, isso não prova ser correto o uso de imagens na adoração a Deus, assim como os católicos romanos fazem?
RESPOSTA CRISTÃ – As imagens, em si, não são problema nenhum para a fé cristã. Uma foto é uma imagem. Uma estátua de um pastor falecido fundador da Igreja, é uma imagem. Imagens de anjos na tampa da Arca do Testemunho (Êxodo 25:16-22) eram um símbolo da presença angelical guardando a Arca e do próprio céu, pois Deus falaria ali com Moisés. A serpente de bronze numa estaca representava o próprio Jesus morrendo por nós e sarando nossas feridas e nos livrando do pecado que a serpente original trouxe ao mundo através de Adão. Mas nenhum servo de Deus se prostrava para adorar ou venerar aquelas imagens, muito menos acender velas para ela, nem também confiando nelas, em si. Nem Moisés ou qualquer israelita se curvava para servir às imagens dos queribins. E nem pagava promessas a elas, e jamais orava a elas também, como intercessores ouvites de orações.
PERGUNTA 9 – O Papa é a besta do Apocalipse?
RESPOSTA CRISTÃ – Apocalipse 13 fala de duas bestas, uma sendo um império político (a de sete cabeças e dez chifres), em 13:1-10, e outra um império religioso (a de duas cabeças), em 13:11-18. Esta segunda é um império religioso pois sai da terra, ou seja, se contrasta ao céu, procura se assemelhar ao cordeiro (imitar Cristo, portanto um falso Cristo), mas fala como dragão, isto é, o diabo. Ela também engana os povos com seus sinais. (13:14) Portanto, entendemos esta besta como toda forma de anticristo, que desvia a atenção de Deus e do seu Cristo para a primeira fera – um conluio de nações com sua política e autoridade totalemente contrários a Deus e à sua Palavra. Portanto, a segunda besta é uma figura do lado religioso do anticristo que visa promover o lado político dele, a primeira besta.