NÚMERO 2 – 17 DE MAIO DE 2020
O CORONA VÍRUS E A EXISTÊNCIA DE DEUS
Um dos argumentos preferidos e mais atuais dos ateus contra a existência de Deus tem desafiado a fé de muitos crentes: Se Deus existe, por que deixou que esta pandemia causasse milhares de mortes de idosos? Será que o Deus de amor das religiões não conhece o Estatuto do Idoso?
Com todo o respeito aos ateus, este questionamento não constitui prova da não existência divina, pois do ponto de vista da lógica argumentativa ele apenas questiona por que Deus não evitou a pandemia. Trata-se de um argumento contra a moral de Deus, não contra sua existência. Mesmo assim, como defensores da fé (1 Pedro 3:15, 16), precisamos dar uma resposta aos contradizentes. (Tito 1:9) E que resposta daríamos a eles?
Os calvinistas apelariam para a soberania de Deus e afirmariam que Deus decretou desde a eternidade que no final de 2019 o coronavírus assolaria a humanidade. Mas se pressionássemos os proponentes de tal ideia com a pergunta ‘por que Deus faria isso’, teríamos respostas do tipo ‘para a glória dele’, ‘para uma nobre causa’. E se insistíssemos com os questionamentos ‘por que decretar a morte de idosos de forma tão cruel seria para sua glória ou para uma nobre causa’, a resposta final seria: “Não sabemos! Pergunte para o Deus soberano que tudo sabe!”
Os arminianos, por outro lado, apelariam para o amor de Deus e afirmariam que Deus não decretou a pandemia, pois um Deus de amor não faria tal ato. Ele apenas permitiu a pandemia. Mas se questionássemos ‘se Deus é amor, por que permitiu a pandemia’, encontraríamos as mesmas respostas dos calvinistas: “Deus sabe o que faz”, “Deus é soberano”, mas não o culpado.
E discordando das duas opiniões anteriores, os defensores do teísmo aberto, apelando para a soberania e o amor de Deus, afirmariam que Deus não decretou nem permitiu, mas ao se relacionar com o homem se autolimitou para não se envolver tanto com os assuntos da humanidade, a qual, debaixo do pecado, precisa sofrer as consequências dele, e também decidiu não saber que esta pandemia ocorreria. Mas se apertarmos o teísta aberto com perguntas do tipo ‘como Deus limitaria seu conhecimento se já conhece?’ ‘Ele pode apagar de sua memória, em seu estado eterno, o que sempre soube para não saber que a pandemia acorreria e, assim, não teria culpa alguma?
Para você ter a ideia do ‘problemão’ que nós, teólogos, temos para resolver este dilema, imagine que você tivesse forças suficientes para impedir o suicídio de um sujeito prestes a pular da ponte. Qual das três alternativas sobre o que você diria a ele seria a melhor para uma pessoa tão amorosa como você? (a) Eu quis que você pulasse! (b) Eu não quero que você pule, mas se você quiser pular, eu permito! (c) Eu decidi apagar da minha mente o fato de você querer pular. Não sei de nada!
Bem, você certamente evitaria que a pessoa se suicidasse. Mas Deus nem sempre age assim. Sobre o dilema do mal, ele não o evita sobre nós, e quanto mais você tentar dar uma resposta, mais questionamentos surgirão, e no afã de você ficar em paz com sua consciência passará a dar respostas que a Bíblia NÃO DÁ, mas chegará no final das contas a uma que ela dá: Jó compara o que sabemos sobre Deus com o sussurro perto de um trovão, ou em outra tradução possível com as beiradas de um caminho em relação ao caminho todo. (Jó 26:14) E o próprio Deus nos revela: “Os meus pensamentos e caminhos são maiores do que os vossos”. – Isaías 55:8, 9.
Visto que quanto mais tentamos dar respostas para os mistérios de Deus, mais problemas causamos em nossa teologia cristã. Não seria, obviamente, sábio termos a tamanha fé que os ateus têm em afirmar que não há Deus (pois precisa muita fé para imaginar que tudo o que existe não precisou de uma causa primária com intelecto), só para nos sentirmos cômodos diante do questionamento-tema deste texto. Então, como tenho fé no Deus ETERNO, que tudo sabe e age com perfeição, aprendi a repousar tais dilemas na infinita distância entre o Criador e nós, criaturas. Deus sabe o que faz, eu não sei o que penso, mas ele existe, ou melhor, ELE É, e preciso adorá-lo, ser-lhe grato pela vida, ter fé, amar meu próximo, pregar a mensagem do Cristo e dizer ao ateus: Quando não temos respostas diante de um mistério, isto em si não prova que o mistério não existe, apenas prova nossa insignificância diante dele. Com certeza Deus tem respostas além das três opções acima, as quais não conhecemos. – Pr. Fernando Galli.
O ESPIRITISMO E SEU CONCEITO SOBRE A BÍBLIA
Todas os movimentos religiosos heterodoxos rebaixam a Palavra de Deus. Simplesmente não acreditam em toda a Bíblia. Por isso, eles têm usado pessoas para descreditá-la como inspirada por Deus. Será que o Espiritismo Kardecista faz isso?
Como o Espiritismo explica a Bíblia
Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita segundo os espíritas, expressou-se da seguinte forma sobre a Bíblia:
“O Espiritismo, bem longe de negar ou destruir o Evangelho, vem, ao contrário, confirmar, explicar e desenvolver, pelas novas leis da Natureza que revela, tudo o que Cristo disse e fez; traz a luz sobre os pontos obscuros de seus ensinamentos, de tal sorte que aqueles para quem certas partes do Evangelho eram ininteligíveis, ou pareciam inadimissíveis, as compreendem, sem esforço, com a ajuda do Espiritismo, e as admitem; vêem melhor a sua importância, e podem separar a realidade da alegoria; O Cristo lhes parece maior; não é mais simplesmente um filósofo, é um Messias divino.” – Allan Kardec, A Gênese, página 31, 14a. Edição Revisada e Corrigida, Editora Ide.
Será que com tais palavras o Espiritismo explica melhor os evangelhos? Os evangelhos nos ensinam que Jesus é Deus (João 1:1; 20:28), não apenas um “Messias divino”. Se não conseguem enxergar essa verdade, podem estar cegos quanto a outras.
Talvez os nossos queridos Kardecistas não admitam sua descrença em pelo menos muitas partes da Bíblia. Por isso, afirmam que não precisam da Bíblia para provar suas crenças. Veja:
“Nem a Bíblia prova coisa alguma, nem temos a Bíblia como probante. O Espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas chamadas cristãs. Não assenta seus princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. […] Mas a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome espiritismo.” – À Margem do Espiritismo, página 214, Editora FEB, 4a. Edição.
Concordamos com o espiritismo quando reconhece que suas crenças sejam baseadas nos ensinos dos espíritos, e sabemos muito bem quem são eles.
Mas e quanto a elegação de que a Bíblia não prova coisa alguma? Visto que o espiritismo se denomina ciência, e não religião, perguntamos aos cientistas se eles acham que, por métodos científicos, a crença na reencarnação pode ser provada. Muito óbvio que não! ou será que a ciência moderna poderia provar a declaração espírita abaixo:
“Vários Espíritos que animaram pessoas conhecidas sobre a Terra, disseram estar encarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e ficaram admirados de ver, nesse globo tão adiantado, homens que, na opinião do nosso mundo, não eram tão elevados.” – Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, página 114, nota de rodapé, 3a. Edição, Editora Boa Nova.
Como anda a vida em Júpiter? A sua conhecida mancha vermelha nada mais é do que uma tempestade duas ou três vezes maior do que a Terra com ventos de até 500 quilômetros por hora. Cientistas também admitiram a possibilidade de que Europa, um dos satélites naturais de Júpiter, possa ter um oceano aquecido por vulcões, mas que se houvesse vida ali seriam microorganismos, como bactérias. Será que esse “globo adiantado” realmente possui homens tão elevados? Parece que nem o espiritismo prova coisa alguma, e nem os cristãos o tem como probante.
Mas será que a Bíblia prova algo? Bem, os cientistas dia após dia encontram evidências de que a Bíblia prova o que eles anteriormente não criam. Observe a seguinte citação em favor da veracidade da Bíblia:
“Graças às pesquisas modernas, reconhecemos agora a historicidade essencial dela (A Bíblia). As Narrativas acerca dos Patriarcas, de Moisés, do Êxodo, da conquista de Canaã, dos Juízes, da monarquia, do exílio e da restauração foram todas confirmadas e ilustradas a um ponto que, quarenta anos (ou mais) atrás, seria considerado uma impossibilidade”. – The Christian Century. Página.1329.
A Bíblia, como livro confiável, quando trata de assuntos históricos e geográficos, mostra-se ser correta. Enquanto que o espiritismo kardecista, através de Allan Kardec e seus espíritos guias, no século 19, ensinava (e se crê até hoje) existir vida mais evoluída de espíritos encarnados em Júpiter, o que a NASA e outras pesquisas astronômicas consideram como impossível, a Bíblia, há centenas de anos antes de Cristo, mostrou-se exata sobre como o Planeta Terra se sustenta no universo. Observe:
“Ele estende o norte sobre o vazio e faz pairar a terra sobre o nada.” – Jó 26:7.
A forma como a ciência confirma fatos e histórias bíblicas é infinitamente superior e mais probante do que as crenças espíritas como a reencarnação e a incrível promessa de que um cometa errante levará os espíritos para habitarem em novos mundos.
“Astros errantes, […] os cometas serão os guias que nos ajudarão a transpor os limites do sistema ao qual pertence a Terra, para nos transportar às regiões longínquas da extensão sideral.” – Allan Kardec, A Gênese, página 106, 14a. Edição Revisada e Corrigida, Editora Ide.
Como o Espiritismo Kardecista afirma que seus livros são escritos com a ajuda de espíritos desencarnados, podemos nos perguntar, em vista de tamanho erro científico: Se o Espiritismo ensina que caminha lado a lado com a ciência, e é ciência ao mesmo tempo, onde estão as provas astronômicas sobre essas declarações sobre cometas e vida em Júpiter? Vida superior em Júpiter? Cometa servir de guia para outros mundos? É bem verdade que Deus usou uma estrela para guiar os astrólogos a Jesus (Mateus 2), mas cometas guiando espíritos desencarnados?
Outra pergunta: se foram mesmo espíritos que revelaram esses erros científicos aos escritores desses livros, não fica evidente que eles mentiram? A Bíblia diz que o Diabo é mentiroso e o pai da mentira. (João 8:44) Ou será que esses escritores, como Allan Kardec, escreveram apenas conceitos próprios sem a intervenção de espíritos?
Por fim, lamentamos que escritores espíritas, ao afirmarem que a Bíblia não prova nada, usem a própria Bíblia, da maneira como convém, para provar suas doutrinas. Amamos os espíritas como pessoas caridosas, mas repudiamos ensinos que rebaixam o único livro inspirado por Deus – a Bíblia. – Ler Salmo 97:10; Isaías 55:8-11; João 17:17. – Fernando Galli.
OS MAÇONS E SEU DEUS-GENÉRICO
Sua igreja possui membros maçons? Este assunto chama atenção entre os apologistas. A maçonaria se orgulha em possuir membros de igrejas batizados e com cargos até de pastores. Então surge a pergunta: Pode um cristão ser maçom? Um dos motivos para a resposta NÃO se deve ao fato da identidade anônima e genérica do deus maçom. Como assim?
G.A.D.U. – Grande Arquiteto do Universo
A Bíblia diz que para nós há um só Deus, o Pai, e um só Senhor, Jesus Cristo. (1 Coríntios 8:5, 6) Também, a Palavra de Deus nos ensina sobre o Espírito Santo de Deus, junto ao Pai e ao Filho (Mateus 28:19, 20; 2 Coríntios 13:13), sendo estas Três Pessoas o nosso único Deus. (Deuteronômio 6:4; João 1:1; 16:13, 14; 2 Coríntios 3:17) Os cristãos conhecedores da doutrina enaltecem, onde estejam, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e jamais deixam de falar neles. Então, o Deus da Bíblia nos ensina que Deus exaltou a Jesus de tal maneira que Ele possui o nome acima de todo nome. (Filipenses 2:9-11) Sentimo-nos felizes em falar desse nome acima de todo nome. Deus sobre todos, Deus dos cristãos.
Por outro lado, o deus da Maçonaria tem um título conhecido como G.A.D.U., ou o Grande Arquiteto do Universo. Tem esse deus algo a ver com o Deus da Bíblia? Observe como um dos Dicionários escritos por maçons define o deus deles:
“Deus – Ser Supremo em que se alicerçam todas as religiões, e cuja denominação varia em cada povo, seita e instituição. A Maçonaria o designa sob o sugestivo título de O Grande Arquiteto do Universo, O Grande Geômetra e O Altíssimo.” – Dicionário de Maçonaria, página 117, Editora Pensamento, Joaquim Gervásio de Figueiredo 30.o.
Quando conversamos com um maçom e cristão evangélico, este afirma que o Deus dele no Cristianismo é o mesmo Deus na Maçonaria. Mas quando o pressionamos com perguntas do tipo “o deus da Maçonaria é o mesmo Deus dos hinduístas, muçulmanos e satanistas? O que tem o deus maçom a ver com Jesus? Então ouvimos a clássica resposta:
“Na Maçonaria, não mencionamos o nome Jesus, para não constranger aqueles maçons que não são cristãos, como os judeus, os budistas, e assim por diante. Nosso Deus não tem nome, apenas o título de G.A.D.U., pois agrada a todos.”
De fato, muitos ex-maçons falam que na loja a que pertenciam, durante suas reuniões, não se podia fazer alusão ao nome Jesus. Por quê? Ex-maçons e hoje realmente convertidos ao nome de Jesus são unânimes em confessar: A Maçonaria prega um deus genérico, que visa se adequar a toda forma de crença. Mas será que o Deus Verdadeiro se adequa a toda forma de crença, e aceita a definição peculiar de cada religião, seja qual ela for? O que mostram as Escrituras? Para respondermos a essas perguntas, analisaremos biblicamente juntos a definição acima de “deus”, conforme a Maçonaria.
“Deus – Ser Supremo em que se alicerçam todas as religiões”. O Budismo se alicerça em muitíssimos deuses, inclusive em Buda. O judaísmo em Yahvéh, mas apenas como um único ser pessoal. O Espiritismo Kardecista e suas ramificações se alicerçam num deus não triúno, e seus escritores dizem que Jesus não é Deus, e que o Espírito Santo é, na verdade, todo espírito santo que, após sucessivas reencarnações, se tornou puro. Assim, se maçons budistas, judeus, espíritas e “cristãos” se reunissem para falar sobre o seu Deus, a que conclusão chegariam? Que todos eles têm o mesmo deus? Assim, perguntamos aos maçons, principalmente aos que estão entre nós:
Como sua consciência se sente, em saber que ali, no templo maçom, durante as reuniões, você não pode falar do nome que está acima de todo nome, mas apenas usar G.A.D.U. ou simplesmente DEUS?
Sem dúvida, as religiões dizem estar alicerçadas no Deus Supremo, mas o cristão não deveria crer que o Deus Supremo é o Deus adorado por todas as religiões. A Bíblia diz: “Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus.” (Isaías 44:6) Se você for maçom entre os cristãos, esqueça por um instante as conveniências e benefícios materiais trazidas pela Maçonaria e responda:
Você tem certeza absoluta, pelo conhecimento que adquiriu da Bíblia, de que o Deus – Pai, Filho e Espírito Santo – ouve as orações que os maçons fazem durante suas reuniões, principalmente quando sua loja o invoca em nome de São João da Escócia, o padroeiro da maçonaria? Você faz as mesmas orações que eles?
Você tem certeza absoluta de que Jesus está ali presentemente atuando em seu benefício quando oram a G.A.D.U.? O Deus a quem a Maçonaria invoca é o mesmo de Isaías 44:6, o primeiro e o último? Jesus disse: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” (Mateus 18:20) Ao invocar o deus G.A.D.U., os maçons o fazem em nome de quem – de Jesus ou de São João da Escócia?
Continuando a declaração maçônica sobre a definição de “Deus”: “E cuja denominação varia em cada povo, seita e instituição.” – Que realmente as religiões denominam Deus de modos variados, não há dúvida. Mas, para o Cristianismo, a única religião verdadeira, como Deus se identifica na Bíblia? Será que o nosso Deus tem a mesma identidade, por exemplo, que o Aláh dos muçulmanos? De forma alguma! Deus se identificou com o nome YHWH para diferenciá-lo dos deuses pagãos. E este nome tinha a ver com o caráter eterno e imutável do Deus verdadeiro, o ETERNO. Todos os outros deuses são invenções humanas, repletos de defeitos herdados de seus criadores – os homens. Então, como pode você ser maçom e compactuar com a crença de que G.A.D.U refere-se a Deus em sentido genérico? Quer dizer, então, que não há diferença essencial entre o Deus da Bíblia e os deuses pagãos, mas todos são o mesmo Deus, com definições diferentes? Será que Deus concorda com isso?
Visto que crer em um Deus constitui um dos requisitos nobres para se tornar maçom, um satanista poderia configurar entre os maçons, pois adora um deus, Satanás. Mas para os maçons, G.A.D.U. seria um termo genérico para se referir ao diabo também. Será que Deus concorda com isso? Se não, o que faz um cristão, então, na maçonaria?
Os Maçons costumam dizer que a Maçonaria também não se aprofunda em falar de Jesus, porque não se trata de uma religião. Mas então por que ela fala num deus G.A.D.U.? Quanta incoerência! Nos livros sobre maçonaria, escritos por maçons, há muita conversa religiosa o tal G.A.D.U. aparece muitas vezes. O mesmo ocorre nos ritos secretos maçons, segundo os livros secretos deles e relatos de ex-maçons. Então não falam de Jesus porque não são uma religião, mas falam de G.A.D.U. porque são o que? Um time de futebol? Ou uma escola de samba?
Continuando a definição maçônica: “A Maçonaria o designa sob o sugestivo título de O Grande Arquiteto do Universo, O Grande Geômetra e O Altíssimo.” Uma definição precisa ou genérica de Deus? Bem genérica! Onde entra Jesus nessa definição? E o Espírito Santo? Jesus disse: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” (Mateus 12:30) Será, então, que o deus da Maçonaria é o Deus da Bíblia? Impossível!
Lamentamos muito haver maçons no meio evangélico. Entre nós, dizem adorar a Jesus, mas nos templos e em suas lojas maçônicas adoram a quem? Um deus genérico, sem identidade, sem um nome a ser santificado. isso para o bem espiritual dele. – Fernando Galli.
A ORAÇÃO DE SANTO ANTÓNIO À LUZ DA BÍBLIA
Circula na internet e em alguns folhetos católicos uma oração chamada Responsório de Santo António. Aqui no Brasil, este homem é considerado Santo Casamenteiro e é invocado quando se perde algum objeto. Seu nome verdadeiro era Fernando de Bulhões. Nasceu em Lisboa aos 15 de agosto de 1195 e faleceu aos 13 de junho de 1231. Foi canonizado pela Igreja Católica em 1232 pelo Papa Gregório IX. Foi considerado pelo Papa Pio XII como o Doutor da Igreja.
Com certeza, foi um homem muito bom. Tinha um grande zelo por verdades bíblicas e pela Igreja Cristã. Mas quanto a oração dos católicos, destinada a ele, pedimos licença a nossos irmãos para fazer algumas ponderações com base na Bíblia, sem denegrir a imagem deste santo católico romano.
RESPONSÓRIO DE SANTO ANTÔNIO
“Se milagres desejais, Recorrei a Santo Antônio; Vereis fugir o demônio, E as tentações infernais. Recupera-se o perdido, Rompe-se a dura prisão, E no auge do furacão Cede o mar embravecido. Todos os males humanos se moderam, se retiram. Digam-no aqueles que o viram, e digam-no os paduanos.
Repete-se: Recupera-se o perdido…
Pela sua intercessão foge a peste, o erro, a morte, o fraco torna-se forte, e torna-se o enfermo são.
Repete-se: – Recupera-se o perdido…
Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo
Repete-se: Recupera-se o perdido…
V: Rogai por nós, bem-aventurado Antônio.
R: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.”
—— x ——
Com todo respeito aos Católicos Romanos, temos que discordar, baseados na Bíblia, com a oração. Perguntamos assim:
1. Por que orar “Se milagres desejar, recorrei a Santo Antônio”, se a Bíblia ensina que os milagres são feitos em nome de Jesus? Veja:
Tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.” – Atos 4:10.
Em nenhum lugar na Bíblia lemos sobre curar alguém em nome de um apóstolo, ou mesmo de um discípulo, e quando apóstolos e discípulos faziam milagres era em nome de Jesus, não deles. Por que deveríamos, então, recorrer a Santo Antônio em busca de Milagres?
2. Por que orar a Santo Antônio na esperança de que: “Vereis fugir o demônio e as tentações infernais”, se os demônios e suas tentações, de acordo com a Bíblia, devem ser expulsos no nome de Jesus? Veja:
“Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.” – Atos 16:18.
Novamente, o nome de Jesus é que tem poder, não o de um homem considerado santo. Aliás, a Bíblia chama de santo todo aquele que recebe Jesus como seu Salvador. Não precisamos esperar um Papa nos canonizar para assim sermos chamados. Observe que nos texos a seguir, membros da igreja do primeiro século, antes de morrerem, já eram chamados de santos:
“Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus.” – Efésios 1:1.
“Desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos. – Colossenses 1:4.
“Saudai todos os vossos guias, bem como todos os santos. Os da Itália vos saúdam. – “Hebreus 13:24.
3. Por que orar a Santo Antônio com a intenção de que: “Recupera-se o perdido”, se a Bíblia ensina que é Jesus Cristo, o Filho do Homem, quem recupera o perdido? Observe:
“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” -Lucas 19:10; Veja Mateus 18:11.1.
Só a Trindade, pela obra de Jesus, recupera o perdido, isso porque Jesus é Deus. Ele é Todo-Poderoso. É verdade que em Mateus 10:6 Jesus pede aos discípulos para procurarem as ovelhas perdidas de Israel, mas isso não significa que tenhamos que pedir a eles hoje para fazer o mesmo por nós. Jesus ordenou àqueles discípulos procurarem as ovelhas perdidas enquanto estivessem vivos, não depois de mortos. O mesmo podemos fazer, procurando os perdidos e evangelizando-os. Esse ministério de evangelismo nada tem a ver com as ações de um santo no céu interceder por pessoas aqui na terra.
4. Por que orar a Santo Antônio para que: “Romp[a]-se a dura prisão”, se quem nos liberta da prisão é o nome de Jesus? Veja:
“Ele, porém, fazendo-lhes sinal com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão e acrescentou: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, retirou-se para outro lugar.” – Atos 12:17.
Aqui vemos que o Senhor, referindo-se a Jesus, tirou Pedro da prisão. O versículo 7 disse que foi um anjo do Senhor quem fez isso. Mas observe no relato todo (o contexto) que Pedro não pediu intercesão a um anjo, mas assim aprouve Deus fazer. E o fato de Deus ter usado um anjo não implica que precisemos invocar a ajuda de um deles, ou um dos nossos heróis da fé preferidos, que aguardam a ressurreição, para nos ajudar.
5. Para que orar a Santo Antônio “E no auge do furacão Cede o mar embravecido” se apenas Deus tem poder para fazer o mar e a tempestade se acalmarem? Veja:
“O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. Ele repreende o mar, e o faz secar, e míngua todos os rios; desfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.” -Naum 1:3, 4.
“Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.” – Mateus 8:26.
Conforme observamos nos textos acima, no Antigo Testamento é Deus quem tem poder sobre a tempestade e o mar. No Novo Testamento, é o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo. Nenhum “santo” aqui tem esse poder.
6. Por que orar a Santo Antônio com a intenção de que: “Todos os males humanos se moder[e]m, se retir[e]m” se é o nome de Jesus quem faz isso? Observe:
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. […] Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.” – Isaías 53:5, 11.
Aqui trata-se, conforme até mesmo as Bíblias Católicas, nas notas de roda-pé, de uma profecia messiânica, ou seja, que se cumpriria no Messias, Jesus Cristo. Se é Jesus quem leva nossas iniquidades, e por meio deles somos sarados, como ensinar que precisamos de Santo Antônio para que os males se retirem?
7. Por que orar a Santo Antônio para que “pela sua intercessão f[uja] a peste, o erro, a morte”, se o único que pode interceder por nós, no céu, é Jesus, visto ser Ele onisciente, ou seja, só Deus (Jesus) pode ouvir um infinito número de pedidos ao mesmo tempo? Veja:
“Agora, vemos que sabes todas as coisas e não precisas de que alguém te pergunte; por isso, cremos que, de fato, vieste de Deus.” – João 16:30.
“Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.” – Romanos 8:34.
A Igreja Católica Romana poderia citar ao menos um versículo na Bíblia que mostrasse alguém no céu, a não ser Jesus, interceder a Deus por nós? Evidentemente que não! Obviamente que nós, enquanto na terra, podemos interceder por alguém, orando por ele, mas isso quando ficamos sabendo de alguém que precise de uma oração. Isso é bíblico. Todavia, os méritos dos resultados da intercessão não são nossos, como a oração em questão e outras parecem atribuir aos “santos” a que se destinam. Também, como podemos imaginar alguém no céu, que não seja Deus, com o poder de ouvir milhões de preces para intercessão ao mesmo tempo?
8. Por que orar a Santo Antônio para que fuja a peste, o erro e a morte, se é no nome de Jesus que a peste (doença) é curada, o erro é evitado por conhecermos a verdade, e a morte é evitada apenas por Deus (no caso Jesus)? Observe:
“E vieram a ele muitas multidões trazendo consigo coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os largaram junto aos pés de Jesus; e ele os curou. De modo que o povo se maravilhou ao ver que os mudos falavam, os aleijados recobravam saúde, os coxos andavam e os cegos viam. Então, glorificavam ao Deus de Israel.” – Mateus 15:30, 31.
Se Jesus tem poder para nos curar e para nos livrar da morte, em situações perigosas que enfrentamos, e quando estamos doentes e sofrendo, correndo o risco de morrer, então por que fazer tais pedidos a Santo Antônio?
9. Por que orar a Santo Antônio “para que sejamos dignos das promessas de Cristo”, se é pela fé em Jesus Cristo que herdamos as promessas, e não pela oração, prece ou reza a um “santo”? Veja:
“Para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.” -Hebreus 6:12, Veja também 2 Pedro 1:3, 4.
O texto acima diz que herdamos as promessas pela fé, e exorta-nos a imitar os que tem fé, e não pedir a eles que se ajam como intercessores, a fim de que as promessas de Jesus se cumpram em nossas vidas.
Conclusão
Fernando de Bulhões, chamado posteriormente de Antônio, com certeza foi uma pessoa dedicada a Deus. Falou de Jesus. Mas apenas Deus é declarado como ouvinte de orações. Jesus é Deus, por isso, as orações devem ser feitas em nome de Jesus. Ele mesmo disse:
“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” – João 14:13.
Assim, afirmar que através de Santo Antônio se consegue todas esses pedidos acima considerados não tem corroboração bíblica,nem foi ensino apostolico.
Para a Igreja Protestante e Evangélica, significaria dizer que Jesus não nos seria suficiente para nos atender, e por isso, precisamos de mais um intercessor, junto a Deus, para sermos atendidos.. Portanto, é nosso sincero desejo de que nossos amados católicos romanos reflitam sobre essa questão, de se confiar em santos. – Pr. Fernando Galli.
PR. FERNANDO GALLI RESPONDE
PERGUNTA 1 – É obrigatório um grupo de cristãos se reunir em templos?
RESPOSTA CRISTÃ – Não, de forma alguma. O que é errado é achar obrigatório reunir-se em lares apenas, só porque a Bíblia fala da igreja na casa de Priscila e Áquila. (1 Coríntios 16:19) O importante é nos reunirmos para adorarmos a Deus como igreja e praticarmos os mandamentos recíprocos. – Hebreus 10:24, 25.
PERGUNTA 2 – Como o espírito santo pode ser uma pessoa se a palavra grega para “espírito” (pneuma) é do gênero neutro, o mesmo ocorrendo em Atos 2:33, onde o espírito santo é chamado no grego de “isso”, no gênero neutro?
RESPOSTA CRISTÃ – Gêneros masculino, feminino e neutro não provam nada quanto à pessoalidade ou não de um substantivo, nem quanto ao sexo de um ser pessoal. Por exemplo, em Mateus 2:9 diz-se que a “estrela parou sobre o lugar onde estava o menino” Jesus. A palavra grega para “menino” é “paidíon”, e é do gênero neutro. Concluiria você que Jesus não era uma pessoa? Em João 4:24, lemos que Deus é espírito (gênero neutro). Então, Deus seria impessoal? Uma coisa? Óbvio que não! Em 1 João 4:8, lemos que “Deus é amor”. Amor em grego (ágape) é do gênero feminino. Então Deus é uma mulher? Também não! No caso de Atos 2:33, “isso” se refere ao Espírito Santo por uma mera questão gramatical, pois deve concordar em gênero com o substantivo neutro “Espírito”. Mas como vimos, usar gênero neutro não prova nada. A razão por crermos no Espírito Santo como ser pessoal é muito mais teológica do que gramatical.
PERGUNTA 3 – Veremos a Deus em toda a sua glória quando herdarmos o reino dos céus?
RESPOSTA CRISTÃ – A Bíblia diz que veremos a Deus. (Mateus 5:8) Desde já podemos ver a Deus, na acepção de termos, pela ação do Espírito Santo, uma percepção espiritual mais elevada de seu caráter. Quanto maior nossa santidade, maior será essa percepção. E na vida eterna, nos céus, teremos uma percepção maior ainda, todavia continuaremos sendo criaturas. Como verímos aquele que está em todos os pontos do universo físico e espiritual? A resposta se encontra em Jesus Cristo. Como Jesus é Deus e homem, e seu corpo ressurreto e glorificado é limitado ao tempo e ao espaço, possivelmente veremos a Deus através da pessoa de Cristo. Quando a Bíblia diz que os anjos veem a face de Deus, muito provavelmente se refere à percepção espiritual dada a eles sobre a face, ou seja, o ser de Deus. Não podemos ver Deus em sua inteireza, mesmo que salvos nos céus, pois seríamos consumidos por sua glória. Então, Deus decide que o veremos através de Jesus Cristo, e nisso repousamos com tranquilidade a nossa fé.
PERGUNTA 4 – É possível, dentro da história da fé cristã, alguém ser salvo sem crer na Trindade?
RESPOSTA CRISTÃ – Sim! O ladrão na cruz morreu sem crer na Trindade. Será que ele teve como, em minutos após a sua conversão na cruz, aprender sobre a Santíssima Trindade? Difícil. Nós acreditamos, pelas evidências Bíblicas, que alguém se converte a Cristo e o Espírito Santo passa a conduzir essa pessoa a toda a verdade. (João 16:13, 14) Uns se convertem já crendo na Trindade, outros com muitas dúvidas sobre este maravilhoso ensino, e outros não tiveram ainda oportunidade, ou quem sabe até não buscaram saber mais sobre Deus devido à escolaridade ou a outros fatores. Mas eles têm fé genuína em Jesus! Então, imagine se eles morrem antes de aprender mais sobre Deus? Então, poderíamos afirmar com certeza de que eles não foram salvos porque não creram na Trindade? Claro que não poderíamos! Todavia, muito diferente seria um cristão que já crê na Trindade debandar da fé e renunciar a essa crença e pior, pregar contra ela.
PERGUNTA 5 – Como a Igreja pode ser unida se há calvinistas e arminianos dando péssimo exemplo e brigando na internet por questões de doutrina?
RESPOSTA CRISTÃ – Muitos em nosso meio dão um péssimo exemplo aos cristãos e ao mundo. Não trocam ideias dentro do espírito cristão, exercendo o fruto do Espírito. (Gálatas 5:21, 22) Parecem cães se mordendo, para sua própria destruição. (Gálatas 5:15) Não sabem ser corpo de Cristo (1 Coríntios 12:27), nem vivem como Igreja. Não sabem a diferença entre TER e SER igreja de Cristo. Desconhecem o amor e graça de Deus no modo de tratarem uns aos outros. De alguns, duvidamos até da conversão! Sendo assim, não fazem parte da Igreja de Cristo, apenas estão no meio do trigo como joio. Por isso, não nos julgue pelo mal exemplo deles. Há muitos irmãos calvinistas e arminianos que se amam, e que até levam ‘na esportiva’ as diferenças de opiniões, pois entendem que é o amor o sinal do verdadeiro seguidos de Jesus. – João 13:34, 35; 1 Pedro 4:8.
PERGUNTA 6 – O diabo realmente existe?
RESPSOTA CRISTÃ – Sim. Afinal de contas, quem teria tentato desencaminhar Jesus Cristo? (Mateus 4:1-10) O que não existe em muitos casos é um diabo sempre culpado dos pecados de crentes e não crentes, os quais vêm com a velha desculpa dada desde o Éden: “Foi a serpente”; Ou como dizia aquela antiga marchinha de Carnaval: “E a culpada foi a cobra.” (Gênesis 3:13) Muitos pecam, como trair a esposa, roubar, alegando até possessão ou obsessão demoníaca, só porque depois da ‘sessão descarrego’ irão ser perdoados, afinal pecaram porque ‘estavam sob a influência do cão’. Este Satanás ou Diabo, nós não achamos que exista. O que existe é um anjo rebelde e mal, pai da mentira (João 8:44), realmente interessado em desencaminhar, se possível, até os escolhidos, através de suas ações e de seus agentes humanos. E dele precisamos nos opor! – Tiago 4:7.
PERGUNTA 7 – Em Filipenses 2:6, na Bíblia das Testemunhas de Jeová, a Tradução do Novo Mundo, verte o texto como se Jesus não tivesse pensado numa usurpação, ou seja ser igual a Deus. Mas nossas traduções afirmam que Jesus não se agarrou ao fato de ser Deus ao se fazer homem. Qual tradução e mais correta?
RESPOSTA CRISTÃ – O próprio texto afirma que Jesus existia na forma de Deus, portanto ele era igual a Deus. Mas ele não considerou isso, ou não seja, não se apegou a isso, e sem interromper a ação de existir na forma de Deus, assumiu a forma humana, de modo que ele pratica duas ações ao mesmo tempo: Existir na forma de Deus e existir na forma humana. Em grego, “existindo” vem de “hyparchon”. Em Romanos 4:19, lemos que Abraão permaneceu firme na fé (ou não enfraqueceu na fé) TENDO (hyparchon) quase cem anos. Ou seja, enquanto ele tinha quase cem anos (ação A), ele permaneceu firme na fé (ação B). Logo, as duas ações acorreram juntas. Da mesma forma, Jesus existindo (hyparchon) na forma de Deus (ação A) assumiu a forma humana (ação B), de modo que Jesus tinha ao mesmo tempo a forma divina e a humana. Entao, ele não deixou de existir na forma de Deus para se tornar humano. Depois, vemos que ele não considerou (egesato, em grego) a igualdade com Deus, ou seja, ele não considerou a igualdade com Deus, ou não deu importância a isso, mas se humilhou assumindo a forma de servo, de homem.
PERGUNTA 8 – Minha filha vai se casar. Ela é testemunha de Jeová. E ela quer que eu vá no Salão do Reino assistir à ceromônia religiosa ali. Sendo eu uma cristã, poderia ir?
RESPOSTA CRISTÃ – Vamos dar uma resposta para orientar a todos os cristãos que são convidados a estarem presentes numa cerimônia religiosa de casamento em templos de seitas. Há seitas, que devido ao seu exclusivismo, não permitem de modo algum que visitantes, mesmo presentes à ocasião, tenham qualquer participação ativa na cerimônia. Por exemplo, mórmons, adventistas, testemunhas de Jeová iniciam a cerimônia com cânticos, depois oram, fazem uma palestra bíblica, os noivos trocam alianças, entoa-se o cantico final e termina-se com uma oração. Então, em casos assim, por se tratar de filhos, parentes, ou de um amigo muito especial, não vemos objeção alguma estar presente a essa celebração. O máximo que ocorreria seria o pai cristão da noiva levá-la até o noivo, o que em si não é uma atitude religiosa que fere princípios bíblicos. Mas o problema surge quando, em outros grupos sectários, a liderança do evento religioso conduz a celebração de forma tal que alguns dos presentes se sintem obrigados a participar ativamente da celebração, talvez orando a deuses ou entidades nas quais não cremos, ou sendo chamados na frente para receberem orações em nome de um falso deus, ou para segurar imagens ou ídolos, etc. Se isso acontece, caso, por consideração, você decida estar presente, seria muito bom avisar os noivos e a lideraça da celebração que de modo algum você gostaria de ser convidado a participar ativamente de qualquer parte do evento, e que você estaria ali apenas por grande consideração à pessoa que te convidou. Mesmo assim, você poderia decidir não estar presente, para evitar possíveis inconvenientes. Lembrando que não estamos decidindo por você. Mas a Bíblia diz: “Portanto, seja comendo, seja bendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”. – 1 Coríntios 10:31.
PERGUNTA 9 – É pecado guardar o sábado?
RESPOSTA CRISTÃ – Há igrejas cristãs que entendem que as leis do Decálogo, ou Dez Mandamentos, são leis morais, portanto, Cristo não pôs fim a elas. Então, concluem que guardar um sétimo dia na semana é um ato de obediência a Deus, fazendo isso no domingo, tido por elas como o dia do Senhor, devido à ressurreição de Jesus ter ocorrido num domingo. Ou seja, o dia sabático dessas igrejas é o domingo. Mas a maioria das igrejas cristãs entendem que Cristo pôs fim a toda a lei dada a Israel, incluindo o Decálogo (Romanos 10:4), e que estaríamos sujeitos às leis do Cristo dadas por ele e seus apóstolos, sendo nove das dez leis do Decálogo repetidas no novo Testamento e a lei do sábado não. Todavia, estes afirmam que se deixa, com o fim da lei, de guardar o sábado para entrar no descanso de Deus, pela fé em Cristo Jesus, guardando assim um sábado espiritual por descansar ou repousar em Cristo Jesus. Particularmente, defendemos a ideia de que as duas opiniões acima são formas sinceras de se procurar guardar o sábado para agradar a Deus. Mas o problema começa a se tornar pecado quando grupos sectários afirmam que a guarda do sábado é o selo identificador de Deus para a salvação do crente e da igeja verdadeira. Há grupos sectários que chegam a ponto de misturar bíblia com teoria da conspiração, afirmando que o Papa um dia unirá todas as religiões para decretar que elas guardem o domingo, que é o 666 de Apocalipse 13:18, e que depois disso Jesus trará o fim, e a igreja e as pessoas que obedeceram ao decreto papal serão destruídas e perderão a vida eterna. Isto nada tem a ver com Bíblia, nem nunca foi ensino apostólico. Mas o que mais importa é: Quando cristãos que guardam o domingo (sabático) se encontram com aqueles que não guardam como eles, não deve haver brigas e ataques pessoais à fé alheia. Vamos sempre nos respeitar, pois somos uma só igreja, o Corpo de Cristo.