MÁXIMA 4 – “Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.” – Mateus 4:7, Almeida Século 21.
Foi dito: Não tentarás o Senhor teu Deus. – Lucas 4:12, Almeida Século 21.
Comentário – Na primeira tentação Jesus usou as Escrituras para responder ao tentador. (Mateus 4:1-4) A seguir, o Diabo faz o mesmo para convencer Jesus a adotar um proceder contrário à vontade de Deus* . Ao levá-lo à parte mais alta do templo da Cidade Santa, Jerusalém (Mateus 4:5, compare com Lucas 4:9a), o Diabo desafia Jesus a pular dali, pois as Escrituras dizem que “aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e eles te sustentarão com as mãos, para que não tropeces em pedra alguma”. (Mateus 4:6, citação de Salmo 91:11, 12. compare com Lucas 4:9b-11) Como Jesus reagiria desta vez?
Como resposta, Jesus novamente usa as Escrituras: “Não tentarás o Senhor teu Deus”, citando Deuteronômio 6:16. (Mateus 4:7; compare com Lucas 4:12) No relato de Lucas, mostra-se o caráter persistente do tentador na frase “tendo o Diabo acabado todo o tipo de tentação, afastou-se dele até ocasião oportuna. – Lucas 4:13.
Aplicação na Vida Cristã – Não resta dúvidas de que conhecer a Bíblia é importante. Mas observe o que diz certa obra de comentário bíblico:
“O segredo da vitória de Jesus não estava na memorização mecânica das Escrituras. Ensopar-se com a Palavra de Deus é bom, mas até Satanás pode “declamar” a Escritura. Não foi apenas o conhecimento intelectual que Jesus tinha da Escritura que revelou o plano de Deus, mas sobretudo sua relação com o Pai divino. O único centro apropriado para interpretar a Escritura é uma relação viva com Deus! O que Jesus citou somente revelou essa relação preexistente.” – Comentário Bíblico Pentecostal, página 31. 2a. Edição. Rio de Janeiro : CPAD, 2004.
Assim, conhecer as Escrituras e usá-la corretamente deve ser o resultado do relacionamento íntimo do homem cristão com o Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Então, seremos vitoriosos em refutar todo aquele que ousar nos desafiar com tolices e heresias (desvios doutrinários, resultantes da má interpretação das Escrituras, ou da ação do maligno).
Perceba que, na primeira tentação, Satanás induziu Jesus a pensar: “Sou Filho de Deus, mas por que estou com fome? O meu Pai não cuida de mim!” Mas Jesus não caiu na lábia do tentador, pois sabia que o Pai cuidava dele. Então, se Jesus tinha certeza disso, a nova estratégia foi induzir Jesus a mostrar excesso de confiança no Pai, por convencê-lo a pular do alto do templo. Mas Jesus não pulou. Não se arrisca a vida desnecessariamente, como se estivesse zombando de Deus do modo como realmente estava destinado a morrer – como sacrifício por nós. (Novo Comentário Bíblico São Jerônimo – Novo Testeamento e artigos sistemáticos, página 146. Santo André (SP) : Academia Cristã; Sâo Paulo : Paulus, 2011.)
Da mesma forma, o cristão não leva uma vida cristã leviana, agindo perigosamente, por ser um filho de Deus pela fé em Jesus. Jamais fará como certo líder religioso, que exibiu uma serpente o atacando, porque Jesus teria dito em Marcos 16:18 que “pegarão em serpentes” e nada acontecerá. Mas aconteceu! O pastor morreu minutos depois. Mesmo que seja verdade o ditado “ninguém morre antes da hora”, o fato é que muitos morreram na hora certa por testarem a Deus de forma irresponsável.
Outro ponto a destacar, baseado em Lucas 4:13, é que o Diabo, mesmo quando se considera vencido ao nos tentar, procurará outras oportunidades para nos desviar de Deus. Por isso, o apóstolo Paulo escreve que temos uma luta contra “principados e poderios, contra os príncipes deste mundo de trevas, contra os exércitos espirituais da maldade nas regiões celestiais”. (Efésios 6:12) Está você preparado para lutar como vitorioso em Cristo? – Veja Romanos 8:37. – Pr. Fernando Galli.
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* Observação: Na narrativa de Lucas 4, o escritor alista esta tentação como a terceira, e não a segunda, como faz Mateus. Não se trata de discrepância, mas cada escritor poderia ter posto as tentações na ordem de importância para ele.