JORNAL DA FÉ – NÚMERO 5, 7-14.06.2020

JORNAL DA FÉ – NÚMERO 5, 7-14.06.2020

6 de junho de 2020 Pr. Fernando Galli 0

A BÍBLIA COMO ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA

A Igreja Cristã professa a Bíblia como única regra de fé e prática, portanto, suficiente para o cristão conhecer a verdade. Sobre a Bíblia ser suficiente, Gruden escreveu:

“A suficiência da Escritura significa que a Escritura continha todas as palavras de Deus que ele pretendeu que seu povo tivesse em cada estágio da história redentora, e que agora ela contém tudo o que precisamos que Deus nos diga para nossa salvação, para confiarmos nele plenamente, e para que lhe obedeçamos perfeitamente.”[1]

Muito mais do que expressão de fé da Igreja, é a Palavra de Deus escrita e inspirada. Cremos assim porque é o Espírito Santo de Deus quem nos convence, não a partir de tradições humanas, mas das Escrituras. Veja por que devemos crer apenas na Bíblia como inspirada por Deus.

(1) Não somos autorizados a encarar como inspirados outros escritos além da Bíblia. O apóstolo Paulo escreve a Timóteo: Toda a Escritura é divinamente inspirada (2 Timóteo 3:16, 17), mas também alerta a não irmos além do que está escrito. (1 Coríntios 4:6) Todos aqueles que acreditam em livros ou em tradições tão inspiradas quanto a Bíblia precisam admitir que seus ensinos religiosos não estão apenas nas Escrituras, mas vão além delas. E isso é pecado, um desrespeito à prática judaico-cristã de dar crédito apenas ao que está escrito.

(2) Lemos em Judas 3 que a fé, ou os ensinos inspirados por Deus, foi entregue aos santos; não diz que tem sido entregue aos santos, como se fosse algo contínuo. Deus pôs este versículo nas Escrituras para mostrar que, embora Deus usou a Igreja para escrever os escritos inspirados, a igreja precisa reconhecer que essa fé já foi dada, portanto, basta segui-la, sem modificá-la. Portanto, não creia em livros e tradições tão inspiradas quanto a Bíblia. Confie nela!

(3) Deus também deixou um alerta no último livro inspirado da Bíblia, no Apocalipse de João, contra acrescentar ou remover algo das Escrituras. (Apocalipse 22:18, 19) Paulo alertou a nem se crer em evangelhos além do que ele pregava, pois seria uma maldição. (Gálatas 1:8) Portanto, não creia em histórias de homens, muitas vezes baseadas em paganismo, pois podem enganar você e levá-lo a duvidar da Bíblia.

(4) Quando Paulo adverte ficai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas oralmente ou por carta nossa (2 Tessalonicenses 2:15), tais tradições são ensinos apostólicos e do próprio Cristo que eram ensinadas nas igrejas cristãs. Não se tratava de doutrinas que jamais foram ensinadas por Cristo e seus apóstolos. Assim, pergunte-se: Aquilo que a minha igreja ou eu ensino tem apoio nos ensinos de Jesus e dos apóstolos? (Leia Efésios 2:20) Por isso Paulo alerta contra os ensinos que não são segundo o Cristo. – Colossenses 2:8.

(5) Então, um cristão sério, membro de uma igreja local correta, sempre se pergunta ao tomar decisões: “O que as Escrituras Sagradas dizem?” Quem age assim evita erros, pois sempre sua doutrina e modo agir como igreja terão respaldo na Palavra de Deus. John Stott escreveu um princípio interessante, que pode ser usado contra aqueles que partem de suas experiências pessoais para interpretar a Bíblia: “A experiência jamais deve ser o critério da verdade; a verdade tem sempre de ser o critério da experiência.” [2]

Por isso, ame-a como o salmista que disse: Como amo tua lei! Ela é minha meditação o dia todo. – Salmos 119:97.

Preocupe-se com ela o dia todo, sem fanatismo, sem exagero, mas com o coração inclinado para cumprir a Palavra do Senhor. Pois o salmista ainda canta: Tua palavra é lâmpada para meus pés e luz para meu caminho. – Salmos 119:105.

Portanto, tome cuidado com ensinos que a Bíblia jamais ensina. Em 2 Pedro 2:1, fala-se de falsos mestres introduzirem heresias destruidoras. Heresias, do grego haireseis, denota “as atividade dos falsos mestres que negam a Cristo”. [3]. Imite os cristãos bereanos que examinavam diariamente as Escrituras para ver se as coisas eram de fato assim. – Atos 17:11.

Quanto mais você examinar as Escrituras com humildade e dependência de Deus, mais você saberá distinguir o certo do errado. (Hebreus 5:14) Quanto mais você manejar a Palavra de Deus (2 Timóteo 2:15), mais apto você estará para defender sua crença. E lembre-se: Quem foge da Bíblia para apregoar inverdades, foge do próprio Deus, a fonte de toda verdade nela revelada.


ELAS GOSTAM DE ESCONDER O JOGO

Todos os grupos sectários que estudei a fundo possuem características em comum, e uma das principais é esconder o jogo. Trata-se de uma forma de esconder crenças de gente sincera, em busca da verdade, mas totalmente ignorante e desavisada. Como e por que fazem isso?

Com Os Dois Cantos da Boca

1. As seitas possuem verdades bíblicas também. O diabo não seria tolo de patrocinar grupos heterodoxos com cem por cento de ensinos fora da Bíblia. No meio do veneno tem doce, no canto da rotoeira tem queijo, na ponta do anzol tem minhoca, no centro do cartaz, “até 80% de desconto”. Ou seja, são chamarizes. Por isso o diabo tentou Jesus usando as Escrituras, não o Código de Hamurabi.

2. As seitas possuem doutrinas distintivas. No afã de se promover como a “única religião verdadeira”, “a única igreja remanescente”, “a porta dos fundos do céu (essa eu acabei de inventar)”,  “a restauração da fé cristã”, é preciso ensinar algo que só eles ensinam, e ainda que seja parecido com outros, tem que ter uma diferença. Conforme os enganados vão sofrendo uma lavagem cerebral, aos poucos vão aprendendo as doutrinas distintivas. “Só nós somos a Igreja verdadeira porque só nós: (a) Andamos de casa em casa; (b) Cremos que o domingo é a marca da besta; (c) Proibimos transfusão de sangue; (d) Temos o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo; (e) Temos na nossa Igreja o nome de Jesus Cristo; (f) Usamos o nome Jeová; (g) Temos um profeta fundador a quem o Pai e o Filho apareceram em carne e osso; (h) Temos uma apóstola capaz de vencer o inferno com sua espada de isopor; (i) Abandonamos a crença de que ainda existe pecado; (j) Nos reunimos em lares, não em templos feitos por mãos; (k) Cremos que Jesus começou a reinar em 1914; (l) Temos leis dietéticas; (m) Cremos no Espírito de Profecia em nossa profetisa; (n) Mudamos 347 vezes de ensinos, provando assim que a luz brilha mais só sobre nós (piada!); (o) Tomamos o chá verdadeiro; (p) Guardamos o sábado da forma correta; (q) Não temos pastores entre nós; (r) Não votamos em governos humanos; (s) Não celebramos Páscoa, Finados, Natal, Ano Novo e aniversários natalícios; (t) Pronunciamos o nome de Salvador corretamente: Iexua; (u) A anterior está errada, pois é Yehoshua; (v) As anteriores estão erradas, o certo é Yauhsha; (w) Todas as anteriores erradas, o certo é Yahushua; (x) Evoluímos mais por crer em muitas vidas; (y) Cremos que a letra J foi inventada pelo diabo; (z) Cremos na unção do esquecimento, ou seja, nós oramos e a pessoa esquece que foi drogado, beberrão, etc. Parei aqui porque acabou o abecedário. Não tem mais letra.

3. As seitas sabem a hora certa de tocar nas doutrinas distintivas. Quando a pessoa iniciante pergunta: “Mas não pode doar sangue para salvar uma vida?”, eles assim respondem:

“Doamos sangue sim! Todas as vezes que fazemos exames de sangue, doamos. E tomamos até remédios feitos com frações de sangue dos outros! Mas há certos tipos de uso de sangue que não aprovamos, mas calma! Não se apresse! Vai estudando com a gente, que mais prá frente a gente te ensina.”

São capazes de usar João 16:12, onde Jesus diz: “Ainda tenho muito que vos dizer; mas não podeis suportá-lo”. Ou seja, “nós não te contamos antes porque você não estava preparado para suportar.” Outros são mais sutis. Usam Hebreus 5:12-14, onde fala de uns se alimentando com o “leite” da Bíblia, e outros com o “alimento sólido”. Sendo assim, dizem, meio que escondendo o jogo:

“Você perguntou se cremos que somos a única igreja verdadeira? Bem, calma. Um ensino de cada vez. Para você descobrir a resposta, precisa aos poucos analisar o que cremos, para depois tirar as suas conclusões.”

Tudo para não chocar a pessoa, mas dar tempo para ela se encantar com os pontos positivos, fazer novas amizades com pessoas que “se importam com ela”, para quando a heresia for ensinada, a pessoa já foi adestrada a latir conforme a guloseima.

4. As seitas contam meias verdades sobre seus ensinos, quando a pessoa iniciante insiste em saber. Se ela insiste: “Mas eu quero saber agora: Vocês creem que só vocês serão salvos?” Então, vem as respostas:

“Magina! Nunca dissemos isso! Acreditamos que muita gente que viveu antes de nossa igreja existir vai ser salva.”

“Claro que não! Só para você ter uma ideia, cremos que na ressurreição, que durará mil anos, muitos católicos, batistas, espíritas, mórmons, serão ressuscitados e terão uma nova chance de aprenderem as verdades que Jeová irá ensinar a elas.”

“De modo algum! Por exemplo, muita gente que hoje está no inferno receberá um dia a visita de mórmons salvos para aceitarem o evangelho verdadeiro, e os que aceitarem irão viver no reino terrestrial. Viu como não é só nós que seremos salvos?”

Ou seja, ou os de outras religiões serão salvos porque a seita não havia surgido, ou porque terão uma nova chance para se tornarem membros da seita. Pode isso?

Nossa Determinação

Precisamos ser corajosos em pregar o evangelho para adeptos de movimentos como esses.Eles precisam do amor e da graça de Deus. Vários deles já foram mestres sectários, e hoje são usados por Deus para libertar seus ex-irmãos de seita. Vamos ajudá-los? – Pr. Fernando Galli.


IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA – PARTE DE SEUS PIONEIROS NÃO CRIAM NA TRINDADE!

Todos sabemos que a Igreja Adventista do Sétimo Dia se considera a única Igreja remanescente. Não que afirmem haver salvos apenas entre eles, mas alegam ser a Igreja de Deus na terra e que membros de todas as igrejas, muitos deles salvos, que professam o Cristianismo, estão em Babilônia, a Grande. Por isso, apelam para sairmos dela e irmos para a deles.

Então, eles estariam com a verdade. Desde o movimento Millerita, de 1820 em diante, e mais especificamente desde que Ellen Gould White (EGW) iniciou seus escritos, Deus teria restabelecido a verdade anteriormente deturpada através de sua suposta e única igreja remanescente. Mas será que os fatos provam que o Espírito Santo de Deus considerava a IASD como a Igreja Remanescente?

Como cristãos convertidos, o Espírito Santo age em nossa vida para nos ensinar verdades. (João 16:13, 14) Então, crer em verdades bíblicas é o resultado da ação do Espírito Santo em nosso viver, em nossa doutrina cristã. Assim, desde que Jesus ressuscitou, ascendeu aos céus e nos enviou seu Espírito Santo, a Igreja recebeu doutrinas inspiradas e as portas do inferno não resistiram a essa Igreja em toda a sua existência, pois por maior que fosse a apostasia depois dos anos 100, sempre a Igreja foi coluna e amparo da verdade. (1 Timóteo 3:15) Por isso mesmo, logo cedo na história do Cristianismo, assim que o Cânon bíblico foi reconhecido pela Igreja, a verdade da Doutrina da Trindade Santa, claramente ensinada nas Escrituras, tornou-se o pilar da doutrina cristã. Ela, quando ensinada de forma ortodoxa, é o marco divisor entre Igreja e seita.

A doutrina central do Cristianismo e pilar de todas as outras, até mesmo em relação à Salvação, deveria ser a primeira a ser reconhecida pelos líderes precursores da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e seus sucessores. Seria um absurdo que depois de supostos tantos séculos de apostasia e, enfim, o também suposto ressurgimento da verdadeira adoração, que o ensino mais importante das Escrituras demorasse 75 anos, de 1820 até 1897, para ser reconhecido definitivamente, e diga-se de passagem, depois de a Trindade ter sido fundamentada e reconhecida definitivamente em 325 d. C no Concilio de Niceia.

Então, perguntamos aos adventistas do sétimo dia, sim a eles que nos chamam de irmãos antes mesmo de aceitarmos ser membros da suposta única igreja remanescente: Como vocês conseguem acreditar que Deus usou os pioneiros de sua igreja para restaurarem a verdade da Bíblia, se muitos deles morreram sem acreditar na Trindade, quando a Igreja Cristã já professava tal verdade desde os primeiros séculos da história cristã? Como imaginar que Deus teria revelado informações a EGW tão inspiradas quanto à Bíblia, e não revelou a natureza Triúna de Deus senão definitivamente em 1897? Como que a igreja que já era a única remanescente teria revelado as verdades ao mundo mas não afirmou inequívoca e veementemente nos primeiros 75 anos a mais importante das doutrinas bíblicas?

A mais importante revista dos nossos amigos adventistas diz:

Esta declaração comprova que EGW reconheceu o Espírito Santo como a “Terceira Pessoa da Trindade” após uma mensagem em 1896. O Espírito de Profecia da IASD não fez EGW reconhecer definitivamente a Trindade até essa data! Antes de 1897, vemos uma tremenda bagunça nos escritos inspirados dela, ora defendendo ideias unicistas, ora até arianas. Se a IASD fosse a única igreja remanescente, como poderia ser isso, principalmente porque já tínhamos a Bíblia completa há quase 1800 anos, e as igrejas cristãs já criam na Trindade de forma correta há séculos?

Observe agora a confissão final de que o Espírito Santo de Deus não teria convencido EGW e outros pioneiros de quem Ele mesmo era, o que tornaria a Igreja Remanescente um mito e dos grandes:

Quanta desonestidade! Puseram a culpa em nossos credos com seus supostos erros. Mas a questão não é essa! A questão é: Por que o Espírito Santo teria demorado de 1820 até 1897 para convencer a suposta Igreja Remanescente (IASD), que restaurava as verdades bíblicas, de uma verdade tão fundamental como essa? Na verdade, a IASD inicia seu movimento com uma maioria de pessoas que não criam na Trindade, ou eram unicistas, ou arianas, ou nem sabiam definir a doutrina da Trindade, sendo que alguns posteriormente admitiram seu erro. Todavia, um erro desses jamais poderia, depois de 1800 anos de Cânon bíblico pronto, deixar de ser revelado logo de início à portadora do suposto Espírito de Profecia, EGW, a qual revelava “coisas” tão inspiradas quanto à Bíblia. Pasmem! O Espírito de Profecia (O Espírito Santo na verdade) levanta a Igreja Remanescente, mas se esqueceu de revelar a sua real identidade ao grupo que usou para restabelecer à verdade, de modo que muitos morreram na heresia! Quanta incoerência!

No final da matéria, a desculpa é:

Ocorreu sim uma apostasia, pois membros de nossas igrejas nos abandonaram para organizar uma igreja, sendo que eles não criam mais na Trindade. Foram apóstatas que fundaram a IASD, em sua maioria. Felizmente, com o tempo, reviram este ensino e hoje creem na Trindade.

Até mesmo um livro bem mais recente e famoso da IASD afirma que os primeiros líderes adventistas não concordariam com a crença atual adventista sobre a Trindade:

“A esmagadora maioria dos primeiros líderes adventistas não conseguiria concordar com pelo menos três seções da declaração denominacional de crenças de 1980. Essas três seções tratam da Trindade, da plena divindade de Jesus e da personalidade do Espírito Santo.” – KNIGHT, George R. Em Busca de Identidade. O Desenvolvimento das doutrinas adventistas do sétimo dia. Página 112. CPA. 1a. Edição. 2006. Tatuí, São Paulo.

Por isso, nossos amigos adventistas precisam ser ajudados a abandonar outras heresias que ensinam, para que seu movimento, na volta de Cristo, não seja considerado definitivamente como herético e parte de Babilônia, a Grande, ou o Anticristo – todos os movimentos e correntes religiosas na história da humanidade que se levanta contra Jesus.

Assim como os ASD estiveram errados em não crer na Trindade no início de seu movimento, assim também estão errados em outros pontos, como por exemplo, considerar os escritos de EGW tão inspirados como a Bíblia, embora numa luz menor. Definitivamente, os escritos dessa senhora NÃO SÃO INSPIRADOS! Estão repletos de erros, tanto que já sofreram várias revisões. Que os adventistas se arrependam de ser membros dessa organização que jamais foi usada por Deus para restabelecer verdades. Isto é uma grande mentira deles! – Pr. Fernando Galli.


PERGUNTAS
QUE INCOMODAM
AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ – PARTE 1.
No texto abaixo estamos publicando várias perguntas sobre temas bíblicos que poderiam ser feitas às TJs. Tais perguntas as incomodam, porque as fazem raciocinar melhor sobre suas crenças errôneas. Todavia, nossa intenção não deveria ser a de confundi-las, ou de constrangê-las, mas de ajudá-las a se libertarem do erro religioso. – João 8:32.
1. Perguntas sobre a Ressurreição de Jesus:
 

Como vocês podem dizer que Jesus não ressuscitou no mesmo corpo se ele disse que seria ressuscitado no mesmo corpo? Em João 2:19-21, jesus disse: destruam este templo e em três dias eu o levantarei. E depois o texto diz que jesus estava falando do templo do seu corpo. Então, com isso em mente, não fica evidente que se Jesus tivesse sido ressuscitado só em espírito, então o seu corpo não teria sido levantado?

Se a Bíblia diz que ele foi morto na carne e vivificado no espírito, isto não aconteceu assim que ele morreu, para depois seu espírito se unir de novo ao seu corpo e ser ressuscitado, para que se cumprisse as palavras de Jesus em João 2:19-21, que seu corpo seria levantado?

Vocês ensinam que quando Jesus foi ressuscitado, ele apareceu a seus discípulos usando outro corpo parecido com o que tinha. Se assim fosse, por que a Bíblia diria que Jesus não seria deixado no túmulo, nem se permitiria que o Santo fosse deteriorado? (Atos 2:27) Não é o corpo que deteriora? Então como que esse corpo não foi deteriorado, se Jesus usou outro?

Vocês dizem que Jesus não poderia ter sido ressuscitado com o mesmo corpo porque se ele deu o seu corpo para nos salvar, ele não poderia pegá-lo de volta, e se o tivesse feito seu sacrifício não valeria nada. Mas o próprio Jesus não disse que daria a sua vida e a tomaria de volta? (João 10:17) Então, qual o problema de ele ser ressuscitado no mesmo corpo?

Vocês ensinam que Jesus usou outro corpo para aparecer aos discípulos, pois os discípulos não o reconheceram imediatamente em algumas ocasiões, como Maria Madalena (João 20:14) e os discípulos na estrada de Emaús (Lucas 24:16) Mas a Bíblia diz que isso aconteceu porque Jesus usou outro corpo, ou porque “os olhos deles estavam como que fechados”, e só reconheceram Jesus quando “seus olhos foram abertos”? O problema, então, estava no corpo de Jesus ou neles?- Lucas 24:16, 31.

2. Perguntas sobre a Vida após a Morte.

Vocês dizem que as almas dos que foram mortos por dar testemunho de Jesus, em Apocalipse 6:9, 10, são o sangue de pessoas, e não o espírito delas, que clamam por justiça. Vocês se fundamentam no texto que diz que o sangue de Abel clamava a Deus por justiça. Com isso em mente, não há uma diferença em Deus ver o sangue de Abel e afirmar que este clamava, e João ver as almas clamando e dizendo algo, com frase, verbo, e tudo mais? Será que João, na visão, viu um monte de sangue clamando, ou viu espíritos clamando e dizendo algo para Deus?

Se “almas” em Apocalipse 6:9, 10 se refere ao sangue dos mártires, por que João usou o plural “almas”? Teria visto ele os sangues? Diz o texto que ele viu a alma dos mortos ou as almas dos mortos? E se essas almas são o sangue dos mártires, poderia explicar como que essas almas ou “os sangues” clamavam para que Deus vingasse o sangue dos sangues? Não é muito melhor interpretar que João realmente viu o espírito dos mártires, antes de sua ressurreição, clamarem por justiça?

3. Perguntas sobre Transfusões de Sangue.

Vocês dizem que há certas frações do sangue que se pode usar para fazer medicamentos, mas outras não. Onde a bíblia proíbe certas frações de sangue e outras não, conforme vocês ensinam? Onde ela faz a diferença entre parte primária e secundária do sangue?

Não é feio vocês poderem tomar remédios com frações de sangue vindo do sangue de outras pessoas e vocês mesmos não doarem o sangue para fazer os mesmos remédios? A Bíblia não ensina a fazermos aos outros aquilo que queremos que os outros nos façam? – Mateus 7:12.

Se é tão pecado receber uma transfusão de sangue e tendo em mente que as transfusões de sangue já eram praticadas antes da organização de vocês existir, por que o deus-jeová de vocês não revelou desde 1870 para o fundador de sua organização religiosa, Charles Taze Russell, que era pecado receber sangue dos outros para se tentar salvar uma vida, mas foi fazer isso apenas em 1945?

Visto que a Bíblia proíbe comer sangue (Gênesis 9:3, 4; Levítico 17:10-12), de que raciocínio bíblico os TJs acharam que transfusão de sangue é o mesmo que comer sangue? Como se pode comer algo que não passa pela boca? (E se disserem que o sangue transfundido alimenta o organismo e, portanto, é o mesmo que comer, então será que o fato de a gasolina alimentar o carro indica que o carro come a gasolina?)

Visto que a Bíblia proíbe apenas comer o sangue, não fica claro que a intenção de Deus é que não tratemos o sangue, o símbolo da vida, como comida, e que podemos usar nosso sangue, o símbolo da vida, para salvar uma vida?

As TJs proíbem se armazenar o próprio sangue para, caso seja preciso, uma TJ use o próprio sangue numa cirurgia. Onde a Bíblia ensina que é proibido ao paciente armazenar o sangue antes da cirurgia a fim de utilizá-lo caso, durante ou após a cirurgia, o paciente precise de uma transfusão? Ou será que isso é mera invenção do Corpo Governante?

4. Perguntas sobre o Espírito Santo.

Como pode o Espírito Santo ser uma força impessoal se a Bíblia diz que ele falaria aquilo que tivesse ouvido? Como e em que sentido uma força ativa pode falar do que ouve?

A Bíblia diz que os discípulos receberiam poder ao descer sobre eles o Espírito Santo. (Atos 1:8) e em Romanos 15:13, lemos a expressão poder do Espírito Santo na Tradução do Novo Mundo Revisada, e nas nossas Bíblias também. Então, com isso em mente, o Espírito Santo é o poder de Deus, ou tem o poder de Deus? Pois se a Bíblia, quando diz, poder de Deus, significa que Deus tem poder, então quando ela diz poder de Espírito Santo ela também não indica que o Espírito Santo tem poder, e não que ele é o poder? Além disso, se na expressão “poder de Espírito Santo” substituíssemos “Espírito Santo” por “poder”, ou “força ativa”, não teríamos o absurdo da expressão: poder de poder ou poder de força ativa?

Se em 1 Coríntios 1:24 Jesus é chamado de o poder de Deus por ele manifestar o poder de Deus, o Espírito Santo, ao ser identificado como o poder de Deus (ou dedo de deus) em Lucas 11:20, também não seria assim chamado por também ser uma pessoa como Jesus e manifestar o poder de Deus?

5. Perguntas sobre as Mudanças de Ensinos (347!!!!) na Organização TJ:

Os TJs mudaram 347 vezes de ensinos, e isso que conseguimos catalogar. E para cada mudança, creem os tjs que se tratou de uma luz de Jeová. (Provérbios 4:18) Todavia, muitas dessas mudanças, ou luzes do além, mudaram de x para y e depois para x. É o caso dos transplantes de órgãos, onde se liberou, depois proibiu, depois liberou e depois proibiu de novo, e depois liberou; e das autoridades de romanos 13:1, onde se entendeu primeiro que se tratavam dos governos humanos, depois passou a ser Jeová e Jesus, e depois os governos humanos novamente. Poderiam, então, mostrar nas Escrituras um único caso de Jeová ter feito o povo de Deus ter crido em algo, como luz de Jeová, depois ter ensinado diferente, como nova luz de Jeová, e depois ter voltado ao primeiro ensino?

Há mudanças de ensinos nos TJs que ocorreram e se adequaram ao que nós, membros do que vocês chamam de Babilônia, a Grande, já críamos há séculos. É o caso, por exemplo, do significado de geração, em Lucas 21:34. Antes o Corpo Governante cria que esta geração teria no máximo uns 80 a 90 anos, a contar de 1914. Mas depois ampliaram para mais tempo, podendo incluir outras gerações, desde os dias de Jeus até agora (exatamente o que cremos). Então, com isso em mente, perguntamos: Não é estranho que um suposto Deus verdadeiro permita que adeptos da religião falsa compreendam primeiro as verdades de Deus e permita que, por um tempo, os TJs ensinem errado, e depois revele uma verdade que as religiões falsas já criam?

Ainda sobre a geração de 1914, como pode um Deus verdadeiro revelar uma luz de forma tão estranha sobre tal tema? Pois primeiro os TJs ensinavam que a geração se referia às pessoas dos dias de Russell, conforme ele interpretava, ou seja, àquela geração dos dias dele que presenciariam a volta de Jesus em 1914. Depois, os TJs passaram a entender que se referia à geração dos dias de Rutherford, que veriam Jesus estabelecer o reino em 1925. Depois passaram a entender que esta geração se referia a todos aqueles que presenciaram a entronização de Jesus em 1914 como Rei nos céus. Depois, em tempos recentes, passaram a entender que essa geração teve início nos dias de Jesus, referindo-se a todos as gerações más que viveriam até a volta de Jesus no Armagedom. E por fim, passaram a ter um entendimento ridículo de que esta geração se refere à geração dos ungidos que viveram em 1914, mas incluindo a geração seguinte que chegou conhecer os primeiros ungidos na era moderna, a partir de 1914. Então, a pergunta é: Como pode um suposto Deus verdadeiro revelar tantas luzes mutantes sobre um mesmo tema, e sempre reconhecendo que a interpretação anterior estava errada? Será que é Jeová mesmo que usa seu Espírito Santo, ou é o próprio demônio que está usando um espírito mal para causar confusão numa seita exclusivista?

6. Perguntas sobre o Sacrifício de Jesus e a Pregação.

A seita TJ teve a ousadia de afirmar que o ministério de pregação de Jesus é mais importante que o próprio resgate de Jesus. Onde a Bíblia ensina isso?

Embora a pregação de Jesus tivesse sua importância, pois Jesus havia declarado que veio ao mundo para dar testemunho da verdade (João 18:37), a morte dele não deveria ser encarada como infinitamente mais importante, pois sem ela ninguém poderia ter sido salvo? Como Jesus tira o pecado do mundo – pela pregação ou por seu sacrifício? (João 1:29) Ele nos deu vida pela sua pregação ou por seu sacrifício na cruz? O que nos justifica – a pregação ou o sangue de Cristo? (Romanos 5:8, 9) O que nos purifica de todo o pecado – a pregação ou o sangue de Jesus? (1 João 1-7) A vida eterna é dom gratuito de Deus através da pregação ou da morte de cristo? – Romanos 6:7, 23.

7. Perguntas sobre os Relatórios de Pregação de casa em casa.

A Bíblia diz que não podemos ir além do que está escrito. (1 Coríntios 4:6) Sobre doar dinheiro com quantia revelada e com nome ou apelidos, a Bíblia apoia. (Marcos 12:42) Mas onde a bíblia ensina a se relatar mensalmente as horas gastas na pregação e de forma nominal?

Se o objetivo dos relatórios é saber quanto tem sido feito na pregação, por que o Corpo Governante não ensina os TJs a entregarem relatórios sem nome? Não se chegaria nos mesmos resultados, e se saberia a média de horas somando todas as horas relatadas e dividindo pelo número de relatórios entregues?

Entregar relatórios com nome, além de ir além das Escrituras, não seria uma forma de controle da parte dos anciãos sobre os seus liderados?

8. Perguntas obre Ser Filhos de Deus, Grande Multidão e 144 mil.

Onde a Bíblia apoia o ensino TJ de que apenas os 144 mil já são filhos de Deus (só há 20 mil vivos hoje, segundo vocês), e que os da Grande Multidão (quase 8 milhões de TJs) que aguarda viver no paraíso na terra não são filhos de Deus ainda (são só amigos de Jeová), mas o serão apenas depois dos mil anos?

A Bíblia diz que somos filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. (Gálatas 3:26) Como pode, então, a grande multidão TJ, que já chega a 8 milhões, ter fé em Jesus e não ser chamada de filhos de Deus? Onde a bíblia ensina isso?

O Corpo Governante diz que a prova de que os ungidos são declarados filhos de Deus primeiro do que a Grande Multidão está no fato de que o apóstolo Paulo diz que a criação aguarda a revelação dos filhos de Deus, sendo esta criação a Grande Multidão e os filhos de Deus os 144 mil. (Romanos 8:19, 20) Mas visto que Paulo usa o verbo aguardar no presente, esta criação, ou Grande Multidão, então já existia nos dias de Paulo?  Mas como, se conforme o Corpo Governante ensina, Jeová passou a ajuntar os da Grande Multidão somente a partir de 1935? Será que nos dias de Paulo tinha gente que não participava do pão e do vinho por ser da Grande Multidão? Portanto, não seria mais fácil entender que essa criação de Romanos 8:19, 20 são todos os seres inteligentes cientes de que um dia Deus revelará todos os filhos de Deus e dará a eles a liberdade gloriosa dos filhos de Deus? – Romanos 8:21.

Onde a Bíblia apoia a crença TJ de que apenas os 144 mil nascem de novo e os da grande multidão não nascem de novo? A Bíblia ensina isso declaradamente, ou os TJs precisam fazer muito malabarismo e gastar um bom tempo para tentar nos levar a crer nisso?

Se os 144 mil são um número literal, como é que vocês conseguem a mágica de somarem 12 tribos simbólicas com os 12.000 simbólicos de cada tribo, e chegarem a um número literal?

Vocês dizem que assim como em Apocalipse 14:1 o 1 Cordeiro é literal, assim também os 144 mil junto ao cordeiro é um número literal. Então, seguindo essa mesma lógica TJ, como as 12 tribos são simbólicas, os 12 mil de cada tribo são simbólicos, o número 12 em si é simbólico, mas o número 144 mil, do ladinho, é literal?

O Corpo Governante ensina que apenas os 144 mil são corpo de Cristo (1 coríntios 12:27), mas a Grande Multidão não. Onde a bíblia ensina isso, se a grande multidão certamente tem Cristo como o cabeça dela? Como você, Testemunha de Jeová, pode ficar numa organização religiosa que ensina que 99% de seus membros não formam o corpo de cristo, mas apenas uns 20 mil que ainda restam vivos dos 144 mil?

Onde a Bíblia ensina que apenas os 144 mil podem tomar do pão e do vinho, mas os da Grande Multidão não podem participar ativamente desses emblemas?

Continua no próximo número deste Jornal….


PR. FERNANDO GALLI RESPONDE

PERGUNTA 1 – Que cuidados devemos ter ao interpretar o Apocalipse?

RESPOSTA  CRISTà– O Apocalipse não é um mero texto narrativo, como os evangelhos, ou Atos dos apóstolos. Há muita linguagem simbólica nele. Não podemos, assim, ser literais em tudo. E também nem tudo é simbólico. Com oração, humildade e muito estudo, o intérprete do Apocalipse deve saber diferenciar o que é símbolo (sinais) e o que é literal. Por exemplo, a estrela que cai do céu a terra (Apocalipse 9:1-11), e que faz um enorme buraco, de onde sai uma fumaça negra e gafanhotos com calda de escorpiões para atormentar cinco meses a população da terra – todos esses elementos no texto são simbólicos. O bom juízo já nos faz pensar assim, pois uma estrela, no mínimo milhares de vezes maior que a terra, não faria um buraco na terra, mas sim a terra um pequenino buraco na estrela. Sendo assim, precisamos ver o que estrela, buraco, fumaça negra, gafanhotos, escorpiões significam em outros livros da Bíblia para chegarmos a uma interpretação puramente bíblica, e não meros achismos. Por exemplo, não podemos por significados no texto apocalíptico que a Bíblia não endossa. As duas testemunhas, em Apocalipse 11:2, que profetizarão por 1260 dias, com certeza não se referem ao Pelé e ao Neymar Jr, nem a besta de sete cabeças e dez chifres são as nossas sogras, pois no restante da Bíblia não encontraremos apoio para tal interpretação. Entres os intérpretes do Apocalipse, há várias interpretações divergentes, mas elas são interessantes quando seguem bons métodos de interpretação e não fazem eisegese, ou seja, pões no texto o que o autor sagrado com certeza não pretendeu ensinar.

PERGUNTA 2 – Mateus 5:3, 5 não apóia a crença das testemunhas de Jeová, quando diz que os pobres de espírito herdam os céus (144.000) e os mansos herdam a terra (a grande multidão)?

RESPOSTA  CRISTà– De modo algum! Herdar a terra é uma expressão judaica, significando “herdar as bênçãos de Deus”. No Salmo 37:29, quando o judeu lia “os justos herdarão a terra e viverão nela paratodoo sempre”, eles jamais entendiam que isto se cumpriria no paraíso terrestre. Era uma expressão indicando que eles tomariam posse das bênçãos de Deus e viveriam assim para sempre, sendo este “para sempre” um exagero tópico de linguagem poética, o qual Jesus remove de Mateus 5:5. Herdar a terra para sempre era um desejo expresso em línguagem poética. Outro ponto é: Jesus não separou terra de céu para dizer que os mansos vão para a terra e os pobres de espírito para o céu, senão teríamos que concluir que os mansos não vão para o céu e os pobres de espírito não vão para a terra. Na verdade, quando se quer falar dos dois juntos, usa-se a expressão “novos céus e nova terra”, como sendo todos num só lugar, ou seja, o local preparado por Deus para os salvos, e que Pedro aguardava, não apenas os céus, não apenas a terra, mas os “Novos céus e a nova terra”. (2 Pedro 3:13) Quando raciocinamos com as TJs, eu as elogio por entender que em 2 Pedro 3:7 os velhos céus e a velha terra se referem respectivamente ao governo humano corrupto e às pessoas más. Então, eu digo a elas: Viu como os velhos céus e a vlha terra, guardados para o fogo, estão todos num só lugar? Da mesma maneira, os novos céus e a nova terra também estão – no reino dos céus! – João 14:1-3.

PERGUNTA 3 – Em Mateus 5:3, algumas traduções bíblicas vertem “bem-aventurados os pobres de espírito”. Está correta essa tradução? “Pobre de espírito” não parece ser uma qualidade ruim?

RESPOSTA  CRISTà– Em português, às vezes, diz-se de forma depreciativa que tal sujeito é pobre de espírito. Mas no grego a expressão “pobre de espírito” (οἱ πτωχοὶ τῷ πνεύματι), para evitar ambiguidade em nosso idioma, poderia ser melhor traduzido por “pobres em espírito”  e, conforme o teólogo William Hendriksen¹, refere-se às pessoas que se convenceram de sua pobreza espiritual diante de Deus e tornaram-se conscientes de suas misérias e necessidades, reconhecendo seu estado de pecador diante de Deus (Lucas 18:13), são de um espírito contrito e temente diante da Palavra de Deus (Isaías 66:2; 57:15) e reconheceram sua incapacidade, esperando tudo em Deus. – Romanos 7:14.

¹Wiliam Hendriksen. Comentáriodo Novo Testamento: Mateus, Volume 1, pp. 375, 376.

PERGUNTA 4 – Quando fui batizada na Igreja Adventista do Sétimo dia, precisei antes crer que Ellen Gould White possuía o Espírito de Profecia, e tive ainda que preencher um formulário onde eu confessava quantos livros eu li sobre ela. Meu batismo foi válido?

RESPOSTA  CRISTà– Não. Todos aqueles que são batizados em seita não têm seu batismo reconhecido numa Igreja Cristã. O requisito par ao batismo é “arrepender-se de seus pecados”, e este arrependimento é o resultado da ação do Espírito Santo de Deus que convenceu a pessoa a ter féem Jesus e a se arrepender de seus pecados. (Atos 3:19; João16:8; 3:3) É óbvio que a pessoa deve, ao querer ser batizada numa igreja, ser leal aos ensinos dela, mas se eles não estão em nada em harmonia com a Bíblia, então nem se deveria receber batismo ali. Pense bem: O Espírito de Profecia sempre existiu na história do povo de Deus. Desde de que Jesus instituiu a ordenança do batismo, também havia o Espírito de profecia. Mas nem mesmo um discípulo de Jesus exigiu que para ser batizado se confessasse num formulário, ou em forma oral, que este Espírito de profecia estava sobre uma pessoa em especial. Portanto, no caso da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ensinar o batismo sob a condição de se crer numa profetisa com esse Espírito é ir demasiadamente além da Bíblia. Por isso, você precisará ser batizada numa Igreja de Deus.

PERGUNTA 5 – Minha mãe é católica e cadeirante. Ela estava rezando o terço e ele caiu no chão. Ela me pediu para pegar o terço e eu disse que não gostaria de colaborar com a reza dela. Por isso, chamei outra pessoa para pegar o terço para ela. E ela me chamou de fanático, e eu fiquei triste. Eu agi certo?

RESPOSTA  CRISTà– Não! Você agiu de forma errada! Não que fosse um fanatismo de sua parte, mas sua mãe é cadeirante, e você precisa ajudá-la, respeitando a fé dela. Poderia até mesmo ter pego o terço e depois ter dito a ela: “Mãe, depois que a senhora rezar o terço, queria ler na Bíblia o texto de Mateus 6:7.” Neste texto, lemos que Jesus condena orações repetitivas, como se Deus precisasse delas para nos ouvir. Ou seja, você poderia ter transformado uma situação em que você não gostaria de estar para ensinar sua mãe verdades bíblicas, pondo em prática o texto em que Paulo disse que ‘se tornava todas as coisas para com todos a fim de ganhar alguns para Cristo’. (1 Coríntios 9:19-23) Eu pegaria até um cigarro no chão para ensinar um não-crente a se purificar de toda a imundice da carne. – 2 Coríntios 7:1.

PERGUNTA 6 – A Igreja Católica é do Diabo?

RESPOSTA  CRISTà– Em primeiro lugar, sua pergunta deveria ter sido: “A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) é do diabo?” Isto porque a Igreja Cristã é Católica. A palavra “católica” quer dizer universal. E a Igreja de Jesus é universal, portanto é católica. O evangelho de Cristo está em toda a terra habitada. (Mateus 28:19, 20; Atos 1:8) Agora vamos à sua pergunta. A ICAR, nos idos do século IV, era uma igreja plenamente cristã. Mas aos poucos introduziu heresias em seus dogmas e crenças, como uso de imagens, crença em purgatório, pagamento de promessas, títulos exagerados a Maria, e tantos outros ensinos falsos. Apesar disso, a ICAR ainda defende corretamente ensinos bíblicos, como a Doutrina da Trindade. Os nossos irmãozinhos católicos creem em Jesus. Assim como Jesus convidou as Igrejas da Ásia Menor, repletas de pecados e ensinos absurdos, a se arrependerem, eu creio que Deus usa a Igreja Católica (universal) protestante e evangélica (espero que me entendam) para convidar nossos irmãos católicos a se arrependerem individualmente e como Igreja de seus erros doutrinários, principalmente na questão soteriológica. Jesus ainda não os vomitou de sua boca (Apocalipse 3:15, 16), mas fará isso com toda a igreja que se desviou para heresias e permanecer nela. E eu creio que Cristo um dia fará isso com a ICAR, nem que isso acontecer na sua volta, se ela não se arrepender. Por isso, particularmente, eu creio que na ICAR nem tudo está perdido, e há possibilidade de retorno pleno à fé. Que tal orar pelo Papa, pelo Magistério da ICAR e por seus membros, para que esse retorno ocorra o mais breve possível?

Para os que me criticarem com essa resposta, eu pergunto: Nos dias de Jeremias, o profeta, a religião judaica era de Deus ou do diabo? Leia Jeremias 5:1 e responda para si mesmo.

PERGUNTA 7 – Sou lésbica. Nasci assim. Mas eu creio em Deus, sei que Jesus morreu por mim. Mas minha igreja me excluiu. O pastor concorda com o que fizeram comigo?

RESPOSTA  CRISTà– É princípio bíblico e ética pastoral respeitarmos decisões tomadas por comunidades eclesiásticas, ou igrejas locais. O seu caso não passou por mim. Então, já antevendo sua próxima pergunta “E se tivesse acontecido na sua igreja, pastor, o que o senhor faria comigo?”, eu lhe respondo: A Igreja tem normas, regras, estatuto, regulamento interno, e nossa única regra de fé e prática é a Bíblia. Você precisa entender que se não está de acordo com as normas de uma igreja, você mesma deveria sair dela e procurar uma que aceite você do jeito que você é, dessas que massageie seu ego e faça você se sentir bem. Ou então, busque ajuda. Eu jamais excluiria uma pessoa que tem dificuldades com determinada questão, reconhece a necessidade de mudança e mostra que deseja mudar. Isto vale para todos as questões da vida, não só para as sexuais. Você mesma está dizendo: “Eu sou assim”. Só faltou cantar a música da Gabriela: “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela!” Você já conhece a Bíblia e sabe o que ela diz sobre pessoas do mesmo sexo terem relações sexuais. Portanto, quando você pretender fazer parte de uma igreja, não tente mudar as regras da Bíblia. É nossa Constituição Magna. E para finalizar minha resposta, afirmo que também sou contra lhe maltrarem verbal ou fisicamente por você ser assim. Eu lhe desejo sucesso em muitas áreas de sua vida, bem como o seu retorno a convivência cristã, como Igreja.

PERGUNTA 8 – Por que os pastores não se bicam entre si?

RESPOSTA  CRISTà– Você quer saber por que eles brigam uns com os outros, discutindo questões de doutrina, sendo ciumentos de suas ovelhas, achando suas respectivas igrejas melhores que a do outro pastor, fazendo fofoca uns dos outros, saindo da igreja e fundando a própria, e coisas do tipo? Bem, minha primeira resposta é que somos imperfeitos. Erramos. Os apóstolos e discípulos brigavam entre si. Paulo e Barnabé tiveram um forte acesso de ira. (Atos 15:30) Evódia e Síntique entraram para a história ao terem seus nomes numa das cartas de Paulo, quando ele apela a elas: “Exorto Evódia e Síntique que entrem em acordo no Senhor.” (Filipenses 4:2) Todos pecamos em palavras e ações. (Romanos 3:23) Minha segunda resposta é que apesar de nossa imperfeição, muitos pastores não aprenderam bem o que é ser corpo de Cristo. (1 Coríntios 12:27) Não aprenderam que não deve ‘haver entre nós divisões, e que devemos ser unidos na mesma mentalidade’. (1 Coríntios 1:10) Que as ovelhas sob nossos cuidados não são nossas, mas de Cristo, por isso, a Igreja é uma só. Não aprenderam também a resolver conflitos e conviver com as mazelas alheias, assim como Deus convive com as nossas: “perdoai nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. (Mateus 6:12) Não aprenderam ainda que um pastor não é concorrente do outro. Assim, creio eu que iremos ter que dar conta de nossas divisões a Deus. Lembro-me de um pastor que explicou à Igreja: “Não acho certo uma igreja ter mais que um pastor, pois não dá certo, sai muita briga”. Perguntei: “Se ele que é pastor não se dá bem com os outros, o que ele ensina para a Igreja de Cristo? UFC Combate?

PERGUNTA 9 – Sou testemunha de Jeová, e lhe pergunto: Se a doutrina da Trindade era uma verdade sólida, porque é que Jesus e os seus discípulos não contrariaram o Shema do antigo Testamento: “Ouve ó Israel: Jeová, nosso Deus é um só Jeová”. (Deuteronômio 6:4) Porque é que ao invés disso, Jesus citou essa mesma escritura em Marcos 12:29?

RESPOSTA CRISTà– As TJs, sempre sinceras em seu estudo, ainda não compreenderam que nós não contrariamos o SHEMA do Antigo Testamento. Cremos que YHWH é um só YHWH. E o Corpo Governante e suas TJs sabem disso. No livro TJ – Raciocínios à Base das Escrituras – definem a doutrina da Trindade da seguinte forma:

“TRINDADE. A doutrina fundamental das religiões da cristandade. Segundo o Credo de Atanásio, há três pessoas divinas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo), sendo cada um destes, alegadamente, eterno, todo-poderoso, não sendo nenhum maior ou menor do que o outro, sendo cada um deles, alegadamente, Deus, e, não obstante, juntos um só Deus.”[1]

Assim, não somos como os mórmons, que creem que o Pai é Deus, o Filho é outro Deus, e o Espírito é outro Deus. Não somos unicistas modalistas, que creem que primeiro YHWH teve a função de ser Pai, depois de Filho e finalmente de Espírito Santo (uma pessoa com três modos de se manifestar). Cremos que YHWH sempre foi, é e será o ÚNICO Deus. Todavia, se nosso Deus Todo-Poderoso YHWH coexiste e subsiste em três Pessoas distintas, ao mesmo tempo, e se revelou como tais no seu devido tempo, não nos cabe entender como Ele consegue ser TRIÚNO, afinal apenas o Espírito Santo de Deus conhece as coisas de Deus. (1 Coríntios 2:10, 11) Nos cabe provar que a crença é bíblica, embora tenhamos a mente limitada para explicar este mistério tão difícil para nossas mentes tão pequenas. E cremos que nossa fé sobre a Trindade está na Bíblia, em muitos versículos. Quanto a Jesus, ele não negou o Shema, pois de fato há um só YHWH. Nós, trinitários, também cremos nisso. E aprouve Deus se revelar como Deus triúno de forma implícita nas Escrituras, querer que apenas na era da Igreja tivéssemos a compreensão de que Ele é um Deus triúno.

[1] Raciocínios à Base das Escrituras, página 397.

PERGUNTA 10 – Quando penso nas desigualdades sociais, na pobreza alarmante, nos motivos de tanto sofrimento na África, a doutrina que mais me conforta é a dos espíritas, pois ela explica que uma pessoa sofre assim porque em vidas passadas elas cometeu pecados pelos quais ela está pagando nesta vida. O que o senhor acha disso?

RESPOSTA  CRISTà–  Com todo respeito a meus queridos amigos espíritas, gente muito caridosa por sinal, e a você também que me fez essa pergunta tão sincera, eu não vejo razões para crer assim. Soa-me como fantasiosa, pelas seguintes razões. Jogar a culpa das situações atuais a uma vida ou mais passadas não ajuda em nada na solução do problema. Equivaleria dizer: Não vou nem tentar te ajudar, porque é seu carma! Você sofre assim por alguma coisa que fez em vidas passadas, e embora você não se lembre do que fez, você terá que pagar por isso. Um Deus de amor não faria isso. Um Deus justo que nos ensina a reconhecer os erros diante dos outros não nos impediria de saber quais foram esses erros, pois saber deles nos ajudaria mais ainda a nos refazer deles e dar a necessária reparação. E pior, além de jogar a culpa nas vidas passadas, me incentiva a poder pagar pelo erro só em vidas futuras. Por isso, prefiro entender que está ordenado ao homem morrer uma única vez (Hebreus 9:27) e que o que ele semear em vida, colherá na mesma vida. – Gálatas 6:7.

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