PERGUNTA – Quais as qualidades espirituais da Igreja verdadeira de Jesus Cristo?
RESPOSTA – A Bíblia ensina que Cristo morreu por sua Igreja. (Efésios 5:25) Esta Igreja é chamada de Corpo de Cristo. (Efésios 4:12) É a extensão dEle aqui na terra. Sendo assim, a igreja verdadeira não uma denominação religiosa ou um grupo que faz questão de não ter nome, mas o conjunto de todos os servos e filhos de Deus na história do povo de Deus. Ela é a expressão de Cristo na terra. Por isso, possui atributos de Deus. Saberia você identificá-los?
No Concílio de Constantinopla, em 381, reconheceram-se quatro atributos da Igreja: “Sancta, Una, Catholica e Apostólica”. Sobre esses atributos, baseando-me em Teologia Sistemática de Richard Sturzs, páginas 545 a 550, da Editora Vida Nova, explico abaixo esses atributos, com alguns acréscimos pessoais.
1. A Igreja de Jesus Cristo é Una. Deus é uno, em três Pessoas. Paulo ensinou a unicidade da Igreja, nas palavras de Efésios 4:4-6: Um só corpo, um só Espírito, uma só esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus. No contexto, Paulo pedia unanimidade entre judeus e gentios, parte da Igreja. Mas em que sentido é una? Porque a natureza dela é a unidade em Cristo Jesus apesar da diversidade que acompanha as várias identidades (denominações eclesiásticas) diferentes. Não se trata de Igreja McDonald, como muitas seitas, onde cada membro é robotizado a pensar como seus líderes, mas busca a convivência com interpretações diferentes, desde que não fira as doutrinas centrais de sua fé. Assim, os cristãos batistas podem ter pontos de vista diferentes dos presbiterianos sobre o batismo, mas estão unidos no propósito único que é adorar a Deus. Se chamam de irmãos porque entendem serem filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. – Gálatas 3:26.
2. A Igreja de Jesus Cristo é Santa. Deus é infinitamente Santo. Deus pede de seu povo Israel santidade. (Êxodo 19:6; Levítico 11:44-47; 20:7) No contexto cristão, Deus usa Pedro para lembrar seus leitores sobre a necessidade de santidade. (1 Pedro 1:13-16) A Igreja é nação santa. (1 Pedro 2:9) Mas Paulo insta que sejamos santificados. (1 Tessalonicenses 4:3-7) O Escritor de Hebreus admoesta-nos a procurarmos viver em santificação. (Hebreus 12:14.) Assim, a Igreja Santa é formada de pecadores, que precisam dia após dia se santificarem cada vez mais. Então, duas questões surgem: Até que ponto as denominações e suas igrejas (comunidades) estão buscando a santidade? Até que ponto a Igreja (os salvos) estão evitando trazer o mundo para a Ela? A santidade é muito importante para a Igreja evangelizar o mundo, por isso, todos os salvos devem lutar para que as influências do mundo não manchem a reputação do povo de Deus.
3. A Igreja de Jesus Cristo é Católica. Assim como Deus é comum a todos, a sua igreja é católica, não como nome de uma denominação, mas por ser comum a todos. Por isso, ela tem o caráter universal, como Deus. Daí a importância de Ela levar a sério a questão das missões. Quão compromissado somos com a Grande Comissão? (Mateus 28:19, 20) Se não fazemos discípulos de pessoas de todas as nações, assistiremos às seitas cumprirem a Grande Comissão com suas grandes heresias. De fato, as três maiores seitas brasileiras estão em toda a terra habitada levando o seu evangelho da perdição! Mas a Igreja verdadeira, ou seja, os salvos, os membros do Corpo de Cristo não estão entre os ingratos por tão grandiosa salvação. Desejam levar a Igreja Cristã a todos.
4. A Igreja de Jesus Cristo é Apostólica.
Embora Jesus seja o único fundamento, ele não deixou escritos, sendo assim, nosso elo com o Jesus da história se faz por meio do testemunho apostólico contido no Novo Testamento. Assim, a Igreja é apostólica por confiar e se deixar reger por este testemunho. Esse elo apostólico se faz com a pessoa e a obra de Jesus, e não com um ensino geral ou com uma classe clerical que vai transmitindo tais ensinos de geração em geração.
Na minha opinião, muitas igrejas que são expressões da Igreja Verdadeira de Efésios 5:25 estão fugindo do modelo apostólico, por introduzirem ensinos e práticas jamais ensinadas pelos apóstolos. Uma igreja jamais é apostólica quando atrai seus membros por promessas de prosperidade financeira. Mas a verdadeira Igreja faz promessas de vida eterna pela graça de Deus por meio da fé em Cristo Jesus e, consequentemente, demonstra obras cristãs, como evidência de sua natureza.
Portanto, precisamos ser unidos em Cristo, apesar das diferenças de interpretações. Necessitamos de mais santidade porque somos corpo de Cristo, e nele não há lugar para pecados de estimação. Precisamos ser católicos, ou seja, se somos parte de uma Igreja comum a todos, devemos levar a todos a mensagem de salvação pela graça de Deus por meio da fé em Jesus Cristo. (Efésios 2:8-10) Por fim, precisamos ser apostólicos, ou seja, a doutrina dos apóstolos, conferida a eles por Cristo, deve permear todo o nosso ensino e modo de vida. Que Deus nos abençoe como Igreja (salvos), igreja (denominação) e individualmente por evidenciarmos estes quatro atributos divinos que a verdadeira Igreja possui.
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PERGUNTA – Em 1 Coríntios 1:10 diz que precisamos entrar em acordo, e que não haja divisões entre nós, mas que sejamos unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer. As milhares de denominações cristãs cumprem esse texto?
RESPOSTA CRISTÃ – Vou dar primeiramente a resposta cor-de-rosa, tipo Alice no País das Maravilhas. As Igrejas genuinamente cristãs estão unidas no que se refere às doutrinas fundamentais da fé cristã, que são entre as mais importantes:
(1) A Bíblia é a palavra de Deus, veraz, inerrante e eficaz; (2) Deus coexiste e subsiste em três Pessoas distintas – Pai, Filho e Espírito Santo; (3) Jesus é Deus-homem; (4) Jesus é o único Salvador; (5) O Espírito Santo é um ser pessoal na doutrina da Trindade, que regenera o homem e o sela como garantia da salvação; (6) Os anjos são criaturas de Deus a serviço dEle; (7) Satanás e seus demônios são anjos caídos, condenados ao fogo do inferno; (8) O homem é um ser criado por Deus, mas caiu em pecado, e a morte se espalhou a todos os homens por todos pecaram; também, no homem há uma alma imortal. (9) A igreja verdadeira é a união de todos os salvos em Cristo Jesus, em todas as eras da fé; (10) Jesus voltará para julgar os vivos e os mortos, dará vida eterna aos que tiveram fé nEle, mas lançará no inferno de fogo os não creram nele. Portanto, estamos unidos nesses dez pontos, mas desunidos nos pontos secundários de cada um desse ponto.
Assim, exclamamos: Como estamos unidos! Oh glória! Mas agora vem a resposta “a coisa tá feia, a coisa tá preta”. A resposta acima não é tão fofa assim. As igrejas evangélicas e protestantes não aprenderam ainda a conviver bem entre elas com todas as diferenças. Muita briga já gerou novas reforminhas, e de reforma em reforma estamos passando das cinquenta mil denominações diferentes. Pergunto: Igreja nova que surge por causa de briga com a anterior está andando corretamente na fé? Ela é obra do Espírito Santo, ou surgiu porque a mulher de um dos pastores quis usar calça comprida? Ou porque o vice pastor da Igreja é calvinista e o pastor presidente é arminiano? Ou porque muitas pessoas foram excluídas da Igreja e decidiram, por conta própria, organizar uma nova? Ou porque parte da comunidade crê no dom das línguas estranhas e a outra não crê? Ou porque os pastores não se davam bem (isso é demais comum hoje em dia) e acharam melhor a Igreja decidir com quem ficar, se com Paulo ou Apolo? (Veja 1 Coríntios 3:4) Daí, perguntamos: Será que todas essas Igrejas que surgiram produto de discórdias fazem de fato parte do Corpo de Cristo?
Para resolver esse problema, podemos imaginar que todas as igrejas poderiam criar uma declaração doutrinária comum a todos, e ali mostrar as variações de pensamentos existentes sobre pontos secundários da fé cristã. Por exemplo:
“Predestinação. As igrejas cristãs que confessam o calvinismo e o arminianismo, embora pensem diferentemente sobre o que é a predestinação dos salvos, são igrejas denominações coirmãs, e não deve haver disputas entre elas sobre quem está com a razão. O importante é que creiamos na vida eterna somente pelo nome de Jesus. Pastores de igrejas calvinistas e arminianas poderão pregar um na Igreja do outro, desde que ao pregar respeite as interpretações da Igreja que o convidou.”
“Dons de línguas.” Entre nós há igrejas que creem e outras que não creem mais em dons de maravilhas. São todos nossos irmãos. A interpretação que temos sobre os dons não deve nos separar. Quando um irmão de linha tradicional for visitar uma igreja que crê nesses dons, deverá se comportar com todo o respeito, sem depois do culto sair e usar argumentos para causar confusão no rebanho.
Ou seja, pode haver diferenças. Mas o texto de 1 Coríntios 1:10 diz para “chegar num acordo quando discutirdes”. Infelizmente, há brigas nos templos religiosos, nas redes sociais, tornando o Corpo de Cristo – a Igreja – um palco de guerra, com zombaria, xingos, agressões verbais, quando Paulo nos ensina a não vivermos mordendo uns aos outros. – Gálatas 5:15.
Portanto, estamos mais pertos de Babilônia do que da “cidade do nosso Deus, seu Santo Monte, a alegria de toda terra”. Noventa por cento dos protestantes e evangélicos não sabem o que significa ser Corpo de Cristo, ou seja, Igreja. (1 Coríntios 12:27) Diferenças podem existir, mas depende como lidamos com elas em nossos relacionamentos pessoais. Entre lutas de elefantes, o prejudicado é o capim. Assim como marido e mulher, sendo casados, podem pensar diferente, mas viver unidos como uma só carne, a Igreja precisa aprender a viver essa unidade no Corpo de Cristo, apesar da pluralidade.
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PERGUNTA – Por que existem tantas Igrejas pregando que somente elas são a verdadeira religião?
RESPOSTA CRISTÃ – Há várias razões para isso. A primeira delas tem a ver com o não saber ser Igreja de Cristo. A Igreja de Cristo é a união de todos os que têm fé em Jesus, e não uma instituição religiosa. As igrejas-denominações unem pessoas em torno de interpretações comuns da Bíblia, e cada uma delas é uma expressão da Igreja chamada de Corpo de Cristo. (1 Coríntios 12:27) Quando uma pessoa sai de uma dessas denominações para formar uma outra, e não considera seus ex-irmãos mais irmãos em Cristo, e passa a ensinar que só a nova igreja dele é a certa, então ele se dividiu deste Corpo de Cristo, tornando seu novo grupo religioso uma seita, que em grego significa divisão, partido.
A segunda razão pela qual surgem movimentos exclusivistas tem a ver com o orgulho religioso. Professar um exclusivismo religioso implica em pôr os holofotes da fé sobre si mesmo. Implica também em achar que Deus, antes do surgimento desse novo grupo, ou não tinha uma Igreja na terra, ou se tinha mas não havia oferecido algo melhor ainda a seus filhos. Isto é um absurdo! A Bíblia nos ensina a humildade. Jesus ensinou que quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado. (Lucas 14:11) Então, apregoar o sectarismo é desconsiderar a história da fé para orgulhosamente se promover no meio religioso.
A terceira razão pela qual surgem movimentos exclusivistas tem a ver com a um péssimo método de interpretação bíblica, humano, não guiado pelo Espírito Santo, o que é esperado por aqueles que não sabem ser igreja de Cristo e são orgulhosos. E isto faz com que eles acabem tirando Jesus do centro da vida Cristã e dividindo os méritos da salvação com Jesus. Por exemplo, quando Jesus diz em João 14:6 “eu sou o caminho, a verdade e a vida”, eles ensinam assim: “Sim, ele é o caminho, mas dentre todos os que afirmam ter fé nele e segui-lo nesse caminho, só nós somos o atalho para Jesus; sim, ele é a verdade, mas dentre todos os que creem na verdade, só nós a ensinamos de fato; sim, ele é a vida, e dentre todos os cristãos crentes em Jesus como a vida, só quem é da nossa irmandade receberá a vida eterna.” Chamo isso de “mania de ser Noé” – quem não está na arca que eu construí vai se afogar.
Uma quarta razão tem a ver com decepções passadas. Os exclusivistas nunca deram certo na Igreja de Jesus porque não souberam lidar com pecadores como ele. Guardaram as sementes de mágoas, injustiças, imperfeições, e pior, plantaram-nas no seu coração e na sua mente individualista. Passaram a se isolar dos outros e a consequência disso está registrada na Bíblia: “Quem vive isolado busca seu próprio desejo e insurge-se contra a verdadeira sabedoria”. (Provérbios 18:1) Valorizar erros dos outros, não perdoar, não buscar cooperar com o coletivo faz tão mal a certos indivíduos que até sua mente começa a não “bater os pinos direito”. De fato, há indivíduos que nesse quadro de decepção religiosa acabam até tendo visões ou sensações de que Deus o está chamando para ser o Seu porta-voz e, então, basta ir a qualquer monte mais elevado que o primeiro vento que lhe soprar nas nádegas o fará achar que é o Espírito de Deus que o está chamando. Pronto, está formado mais um dono de igreja exclusivista. Tudo por quê? Devido às decepções não resolvidas biblicamente, com bons conselheiros.
Há outras razões, dependendo o caso, para esses exclusivistas, como exploração do dinheiro alheio, problemas emocionais que precisam ser diminuídos com o ser aclamado e paparicado por leigos desavisados e enganados (discípulos).
Como Igreja de Cristo, precisamos buscar viver esse ideal divino: Ser um assim como o Pai e o Filho são um (João 17:21-23) e ser unidos na mesma mente e maneira de pensar, pelo menos no que significa ser Igreja Corpo de Cristo. (1 Coríntios 1:10). É como casamento! Marido e mulher são chamados de “uma só carne”. (Genesis 2:24; Mateus 19:5, 6; Efésios 5:31) Mas esse ser uma só carne envolve sempre o perdão neste compromisso que só a morte pode separá-los, ou um ato de infidelidade. (Mateus 19:8, 9) O mesmo deve ocorrer no corpo de Cristo.
Assim, sejamos igreja de Cristo. Fujamos do orgulho. Busquemos aprender e confiar nos mestres bem conceituados da Igreja, colocados ali para edificar o Corpo de Cristo. (Efésios 4:11, 12) Sejamos submissos aos líderes que Jesus põe na Igreja. (Hebreus 13:17) Não nos isolemos jamais quando surgirem problemas, mas vamos ouvir a Igreja para resolvê-los. E nada melhor do que uma igreja feliz e unida composta de bons perdoadores. Se todos agissem assim, seríamos uma só igreja-denominação.
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PERGUNTA – Como devemos encarar um grupo religioso que obriga as pessoas a doar o dízimo e as ameaça de perda de salvação caso não o façam?
RESPOSTA CRISTÃ – Líderes com essa mentalidade estão totalmente fora das Escrituras. E a resposta seguinte serve para todos os mandamentos e regras para se obedecer: Quem é salvo em Cristo, pela graça de Deus por meio da fé (Efésios 2:8, 9), nasceu de novo, é nova criatura. (João 3:3; 2 Coríntios 5:17) Este, segundo a Bíblia, foi criado para as boas obras. (Efésios 2:10) Ou seja, diferente dos não salvos, que fazem boas obras por uma mera questão de observar os outros fazendo o mesmo, o crente salvo busca fazer boas obras, não para ganhar a salvação, não para evitar perdê-la, o que seria uma verdadeira doutrina herética de salvação pelas obras, como forma de agradecimento por tão maravilhosa salvação, e como maneira de agradar a Deus. Fará isso por amor. Portanto, se um cristão faz parte de uma igreja-denominação que entende o dízimo válido para os cristãos, ele obedecerá porque é salvo e respeita as leis de sua comunidade cristã, e jamais causará divisão na igreja por causa desses princípios. Caso ele entenda ser pressionado pela igreja a dar o dízimo, ele poderá conversar com o pastor presidente dela, expondo seu ponto de vista bíblico e teológico, sobre o amor de Deus. Caso não haja acordo, o cristão poderá decidir se continua como membro ali, sem causar problemas para a comunidade que o acolheu.
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PERGUNTA – A Igreja deve receber amigados, divorciados recasados no rol de membros?
RESPOSTA CRISTÃ – Vamos começar com os divorciados. A Bíblia dá algumas bases para divórcio. Quando um dos cônjuges trai o outro, segunda as palavras de Jesus em Mateus 19:8, 9, pode-se divorciar. Em 1 Coríntios 7:15, lemos que se o cônjuge descrente decidir deixar o crente, este pode ficar com a consciência tranquila. Destes dois textos acima, apenas o caso da traição liberta a pessoa para o recasamento. Mas nestes dois casos, os textos estão se referindo a crentes. Se um crente se divorcia por incompatibilidade de gênios e se casa novamente, ele cometeu um pecado grave, o de adultério. A igreja que o receber deverá discipliná-lo conforme suas regras internas e compreensão bíblica do caso. Mas no caso daqueles que na ignorância cometeram este terrível ato, de se divorciar sem base bíblica e se recasarem, e se convertem a Cristo, defendo o ponto de vista de que são novas criaturas e a igreja precisa entender que pecados graves antes da conversão, sejam quais forem, o sacrifício de Jesus Cristo tem o poder de sepultar tais pecados para sempre. Então, defendo que devam ter uma nova chance. No caso dos amasiados, eles não são casados ainda. Então, mesmo se convertendo, continuariam em pecado se vivessem como amasiados. No caso dos recasados que se convertem, eles podem continuar casados porque o fizeram na ignorância, e divorciar-se constituiria num outro pecado, já que Deus odeia o divórcio. Mas no caso dos amasiados que se convertem, se eles realmente estão arrependidos, dá para resolver a situação se casando. Infelizmente, há igrejas que os aceitam até para pregarem na igreja, mesmo estando amasiados, sob a escusa de que o Estado reconhece os direitos deles, todavia, isso é um erro, pois o Estado não é a Igreja, e a Bíblia ensina as formalidades necessárias para o reconhecimento da casamento. Resumindo, podemos aceitar divorciados e recados que se convertem, precisamos disciplinar os que já são crentes e estão recasados sem base bíblica depois da conversão e receber os amasiados, crentes ou não, mas dar um tempo para eles legalizarem sua situação.
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PERGUNTA – Por que há tantos protestantes e evangélicos, sendo uns até pastores e diáconos, retornando ao Catolicismo Romano?
RESPOSTA CRISTÃ – Porque essas pessoas cansaram de ver divisões entre nós, e buscam uma organização que não se divide tanto. Os católicos, de uns anos para cá, mudaram também muito sua visão da Bíblia, e estão incentivando seus membros a lerem e aprender mais dela. Sob a liderança de um só líder humano, o Papa, sentem-se mais protegidos, todavia, não consigo compreender como lidam consigo mesmos com as questões teológicas que nos separam, como o culto a Maria, por exemplo. Por outro lado, a Igreja Católica Apostólica Romana tornou-se mais atraente, usando mais a Bíblia, porém mais com uma interpretação social do que teológica.
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PERGUNTA – Quando fui batizada na Igreja Adventista do Sétimo dia, precisei antes crer que Ellen Gould White possuía o Espírito de Profecia, e tive ainda que preencher um formulário onde eu confessava quantos livros eu li sobre ela. Meu batismo foi válido?
RESPOSTA CRISTÃ – Não. Todos aqueles que são batizados em seitas não têm seu batismo reconhecido numa Igreja Cristã. O requisito para o batismo é “arrepender-se de seus pecados”, e este arrependimento é o resultado da ação do Espírito Santo de Deus que convenceu a pessoa a ter fé em Jesus e a se arrepender de seus pecados. (Atos 3:19; João16:8; 3:3) É óbvio que a pessoa deve, ao querer ser batizada numa igreja, ser leal aos ensinos dela, mas se eles não estão em nada em harmonia com a Bíblia, então nem se deveria receber batismo ali. Pense bem: O Espírito de Profecia sempre existiu na história do povo de Deus. Desde que Jesus instituiu a ordenança do batismo, também havia o Espírito de profecia. Mas nem mesmo um discípulo de Jesus exigiu que para ser batizado se confessasse num formulário, ou em forma oral, que este Espírito de profecia estava sobre uma pessoa em especial. Portanto, no caso da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ensinar o batismo sob a condição de se crer numa profetisa com esse Espírito é ir demasiadamente além da Bíblia. Por isso, você precisará ser batizada numa Igreja de Deus.
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PERGUNTA – Por que os pastores não se bicam entre eles?
RESPOSTA CRISTÃ – Você quer saber por que eles brigam uns com os outros, discutindo questões de doutrina, sendo ciumentos de suas ovelhas, achando suas respectivas igrejas melhores que a do outro pastor, fazendo fofoca uns dos outros, saindo da igreja e fundando a própria, e coisas do tipo? Bem, minha primeira resposta é que somos imperfeitos. Erramos. Os apóstolos e discípulos brigavam entre si. Paulo e Barnabé tiveram um forte acesso de ira. (Atos 15:30) Evódia e Síntique entraram para a história ao terem seus nomes numa das cartas de Paulo, quando ele apela a elas: “Exorto Evódia e Síntique que entrem em acordo no Senhor.” (Filipenses 4:2) Todos pecamos em palavras e ações. – Romanos 3:23.
Minha segunda resposta é que apesar de nossa imperfeição, muitos pastores não aprenderam bem o que é ser corpo de Cristo. (1 Coríntios 12:27) Não aprenderam que não deve ‘haver entre nós divisões, e que devemos ser unidos na mesma mentalidade’. (1 Coríntios 1:10) Que as ovelhas sob nossos cuidados não são nossas, mas de Cristo, por isso, a Igreja é uma só. Não aprenderam também a resolver conflitos e conviver com as mazelas alheias, assim como Deus convive com as nossas: “perdoai nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. (Mateus 6:12) Não aprenderam ainda que um pastor não é concorrente do outro.
Assim, creio eu que iremos ter que dar conta de nossas divisões a Deus. Lembro-me de um pastor que explicou à Igreja: “Não acho certo uma igreja ter mais que um pastor, pois não dá certo, sai muita briga”. Perguntei: “Se ele que é pastor não se dá bem com os outros, o que ele ensina para a Igreja de Cristo? UFC Combate?
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PERGUNTA – A Igreja Católica é do Diabo?
RESPOSTA CRISTÃ – Em primeiro lugar, sua pergunta deveria ter sido: “A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) é do diabo?” Isto porque a Igreja Cristã é Católica. A palavra “católica” quer dizer universal. E a Igreja de Jesus é universal, portanto, é católica. O evangelho de Cristo está em toda a terra habitada. (Mateus 28:19, 20; Atos 1:8) Agora vamos à sua pergunta. A ICAR, nos idos do século IV, era uma igreja cristã. Mas aos poucos introduziu heresias em seus dogmas e crenças, como uso de imagens, crença em purgatório, pagamento de promessas, títulos exagerados a Maria, e tantos outros ensinos falsos. Apesar disso, a ICAR ainda defende corretamente ensinos bíblicos, como a Doutrina da Trindade. Os nossos irmãozinhos católicos creem em Jesus. Assim como Jesus convidou as Igrejas da Ásia Menor, repletas de pecados e ensinos absurdos, a se arrependerem, eu creio que Deus usa a Igreja Católica (universal) protestante e evangélica (espero que me entendam) para convidar nossos irmãos católicos a se arrependerem individualmente e como Igreja de seus erros doutrinários, principalmente na questão soteriológica. Jesus ainda não os vomitou de sua boca (Apocalipse 3:15, 16), mas fará isso com toda a igreja que se desviou para heresias e permanecer nela. E eu creio que Cristo um dia fará isso com a ICAR, nem que isso acontecer na sua volta, se ela não se arrepender. Por isso, particularmente, eu creio que na ICAR nem tudo está perdido, e há possibilidade de retorno pleno à fé. Que tal orar pelo Papa, pelo Magistério da ICAR e por seus membros, para que esse retorno ocorra o mais breve possível?
Para os que me criticarem por essa resposta, eu pergunto: Nos dias de Jeremias, o profeta, a religião judaica era de Deus ou do diabo? Óbvio que era de Deus! Mas em Jeremias 5:1 mostra que quase ninguém praticava a verdadeira religião em Israel. Mesmo assim, eram povo de Deus.
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PERGUNTA – É correto o ensino de que a morte de Cristo pôs fim à ordenança do batismo? Se não, como entender Hebreus 6:1, onde se diz para pormos de lado o batismo?
RESPOSTA CRISTÃ – De acordo com o contexto, os leitores da Carta aos Hebreus não haviam crescido no conhecimento da verdade, mas estavam presos aos ensinos básicos da fé cristã. Em vista do tempo, já deviam ser mestres, mas ainda precisavam do leite da Palavra de Deus, ou seja, aprender as coisas elementares, básicas da fé, aquilo que chamamos de alicerce da fé: batismo, arrependimento, fé em Deus, imposição de mãos, ressurreição dos mortos e juízo eterno. (Hebreus 5:12-6:2) Assim, eles deveriam deixar de lado esses ensinos básicos e prosseguir para o aperfeiçoamento, conforme lemos em 6:1b. ‘Deixar de lado’ não significa deixar de crer ou agir assim, senão teríamos que deixar de lado a fé em Deus mencionada e o arrependimento, mencionados em Hebreus 6:2. Significa, então, ‘deixar de lado’ para aprender verdades mais profundas, chamadas em 5:14 de alimento sólido para adultos na fé, que ajudam o crente a distinguir o certo do errado. Agindo assim, aqueles cristãos hebreus não se desviariam da fé de uma vez por todas, mas permaneceriam nela, distinguindo o certo (a doutrina cristã) do errado (a doutrina dos judaizantes).
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PERGUNTA – A Bíblia ensina o ministério pastoral feminino?
RESPOSTA CRISTÃ – A resposta é um sonoro não! Veja os motivos:
1. Paulo escreve que não é permitido às mulheres ensinar e exercer autoridade na Igreja. (1 Timóteo 2:12) Quando se diz “na igreja”, está se referindo ao culto. Portanto, debaixo da chefia e autoridade de um pastor, ela poderia ensinar na Escola Bíblica Dominical, como forma de simplesmente repassar o que pastores decidiram ensinar. Mas o ensino dela mesma de forma alguma.
2. Elas precisam aprender a perguntar a seus maridos, pois isto é o princípio de chefia. – “Se quiserem aprender alguma coisa, perguntem em casa ao marido, porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.” (1 Coríntios 14:35) Não é vergonhoso por incapacidade, mas devido ao princípio da chefia, explicado abaixo.
3. Na criação, Deus criou a mulher para ser ajudadora de seu homem, e não para, em algum setor da vida espiritual, lhe ser o cabeça dele. Mas a Bíblia, ao contrário, diz que o marido é o cabeça da esposa. (1 Coríntios 11:3) E não é que há igrejas em que a mulher é pastora e o esposo não? Em casa, o cabeça é ele, na igreja é ela. Pode um absurdo desses?
4. Deus usou apenas homens para escrever as Escrituras. Não há sequer um livro Bíblico que tenha sido escrito por uma mulher, nem os de Rute e Ester. Se uma mulher tivesse escrito algo inspirado, a própria Bíblia teria entrado em contradição com ela mesma, pois de alguma forma essas mulheres estariam ensinando a igreja com autoridade através de seus escritos inspirados.
5. Nenhum dos apóstolos de Jesus era mulher. Todos eram homens. Se Jesus tivesse escolhido uma apóstola, a igreja estaria debaixo dos ensinos dela, o que estaria em choque com textos em que a Bíblia proíbe a mulher de exercer autoridade na igreja.
6. Nenhum presbítero (ou pastor) na Igreja do primeiro século poderia ser mulher, pois um dos requisitos para cada presbítero ser irrepreensível era ele ter sua esposa em sujeição a ele. (1 Timóteo 3:1-3) Só nos faltava essa, um marido ser submisso à autoridade e chefia de sua esposa dentro da Igreja.
7. Nenhum presbítero poderia ser mulher porque outro requisito para ele ser irrepreensível era o de ser marido de uma só mulher, e não mulher de um só marido. – 1 Timóteo 3:1-3.
8. Pior ainda é ver a classe eclesiástica feminista dizer que assim como Deus usou juízas em Israel, assim também usa pastoras. A primeira cláusula é verdadeira, portanto, se Deus um dia mandar um e-mail do céu autorizando haver juízes entre nós novamente, aí sim as irmãs poderão ser juízas. Mas enquanto isso não acontece, as irmãs farão muito bem em servir a Deus na igreja em submissão, cuidando da cozinha da Igreja, dos banheiros e ensinar na Escola Bíblica Dominical debaixo de completa supervisão masculina do pastor da Igreja ou outros líderes homens. Além disso, podem orar e louvar a Deus na Igreja, ser organista ou tocar outro instrumento, dar testemunhos. E também podem, com a devida supervisão, serem líderes do ministério feminino, onde mulheres aconselham mulheres. Infelizmente, muitas irmãs, por desobediência e por levantar a bandeira do antimachismo, acabam sendo ordenadas ao ministério pastoral. Não é ensino bíblico.
Mas o que dizer dos argumentos: (a) Se mulher pode ser professora, presidenta, por que não pode ser pastora? A resposta é: Porque Deus não autorizou, e fim de papo. Discuta com ele, não com a gente; (b) Se a Igreja é chamada de noiva de Cristo, então por que mulheres não podem ser pastoras de Cristo? E a resposta é: Como parte da noiva de Cristo, seja submissa a Jesus e a sua palavra.
A fuga descabida de muitas irmãs desinformadas, que não sabem a diferença entre um bicho e um ser humano, é mencionar que Raquel era pastora de ovelhas. (Gênesis 29:9) Bem, ovelhas aqui é bicho, não gente; e as ovelhas nem eram dela, mas de seu pai, Labão. E que belo exemplo de pastora de gente ela teria sido! Ela furtou ídolos do pai dela. – Gênesis 31:19.
Outras mais irresponsáveis ainda pioram sua situação diante de Deus por nos acusar de machistas, mas é a Bíblia que não autoriza o ministério pastoral feminino. Seria Deus, então, o machista, quando diz que a mulher não pode ensinar? Ou será, então, que Deus foi machista só naquele tempo porque o povo era machista, e Deus resolveu ceder ao machismo de Paulo? Ou não foi Deus quem disse, e Paulo nem inspirado estava?
Portanto, é expressamente proibido haver mulheres que sejam “pastoras”. Igrejas que apoiam o ministério feminino estão em pecado e contra o arranjo da chefia e autoridade instituído por Deus. Arrependam-se, corrijam-se e sigam a Bíblia, em vez de serem irmãzinhas moderninhas e biblicamente incompetentes. Ou comprem umas ovelhinhas no pasto mais próximo e mãos à obra. – Pr. Fernando Galli.