DEZ PROVAS DE QUE O ESPÍRITO SANTO É UM SER PESSOAL

INTRODUÇÃO.

Há algumas organizações religiosas que negam a pessoalidade do Espírito Santo. Umas são unicistas, afirmando que o Pai e o Filho são manifestações do mesmo Deus (são a mesma pessoa, com títulos diferentes), sendo o “espírito santo” o poder do Pai e do Filho; Outras são arianas, ou seja, negam a divindade de Jesus, e ensinam o “espírito santo” como “uma força ativa”. Mas o que a Bíblia afirma sobre o Espírito Santo – uma força impessoal ou uma pessoa divina?

Evidências Bíblias a Favor da Personalidade do Espírito Santo

A Igreja cristã confessa o Espírito Santo como um ser pessoal devido aos seguintes argumentos com seus respectivos textos bíblicos:

1. O Espírito Santo tem vontade própria.

Lemos em Atos 13:2: “O Espírito Santo disse: ‘Separai-me Barnabé e Saulo para a obra para a qual os tenho chamado’.” Em grego, esse pronome “me” está no dativo, e pode ser traduzido por “para mim”. Uma força não diz “para mim”.

2. O Espírito Santo tem vontade própria junto com seres humanos.

Lemos em Atos 15:28, 29, sobre a decisão que os apóstolos e presbíteros em Jerusalém tomaram a respeito da circuncisão: “Porque pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas necessárias: que vos abstenhais da carne de animais sacrificados aos ídolos, do sangue, da carne de animais sufocados e da imoralidade sexual.” Assim como “pareceu bem aos apóstolos e presbíteros” é uma expressão que indica vontade própria e tomada de decisão, fazendo o leitor a crer que foram seres pessoais quem tomaram essas decisões, assim também, em pé de igualdade, lemos que pareceu bem ao Espírito Santo tomar a mesma decisão. Logo, o Espírito Santo só pode ser uma pessoa, não um poder, ou uma força.

3. O Espírito Santo Tem Sentimentos.

A Bíblia diz em Efésios 4:30: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes selados para o dia da redenção.” Como uma força pode ser entristecida? Impossível. Mas alguns poderão objetar: “E como você pode ser selado por um ser pessoal?” Bem, não é preciso ser muito inteligente para perceber que “selados pelos Espírito Santo” é uma expressão simbólica, pois se fôssemos entender literalmente, o Espírito Santo seria um selo mesmo. Essa expressão nada mais significa que, além de salvar, “nos enche de
alegria e de segurança da salvação”. [1]

4. Ficamos cheios do Espírito Santo (Atos 2:4) porque o Espírito Santo nos dá do seu poder. 

Em Romanos 15:13, lemos a expressão “poder do Espírito Santo”. Para aqueles que creem que o Espírito Santo seja o poder de Deus, basta trocar “Espírito Santo” por “poder”, no texto acima, e teremos “poder de poder”. Isto não faz o menor sentido! Em Romanos 15:19, diz-se que “o poder de sinais e prodígios” é “pelo poder do Espírito Santo”. 

5. O Espírito Santo é posto em pé de igualdade com o Pai e o Filho.

Em Mateus 28:19, usa-se a expressão “batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Ou seja, essas três pessoas divinas têm o mesmo nome, ou seja, o nome, o caráter, a essência do Ser de Deus. Como admitir que “o nome do Pai” indica que o Pai é uma pessoa, “o nome do Filho” indica que o Filho é uma pessoa”, mas “o nome do Espírito Santo” não indica que Ele é uma pessoa?

6. O Espírito Santo Fala do Que Ouve.

Ao prometer o Espírito Santo, Jesus disse: “Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá a toda a verdade. E não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.” (João 16:13) A expressão “não falar de si mesmo” significa que ele não falaria de sua própria iniciativa, ou seja, sem levar em conta o Pai. O Espírito Santo nos fala do que ouve porque, na relação com o Pai, ele só revela e ilumina cada crente conforme determinação do Pai. Em outras palavras, acontece com o Espírito Santo o que acontece com Jesus, o qual disse: “Pois não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ordenou-me o que dizer e o que falar.” (João 12:49) Um poder, ou uma força ativa, não pode falar do que ouve, pois não ouve, nem fala.  Portanto, o Espírito Santo só pode ser uma pessoa.

7. O Espírito Santo é associado ao nome YAHWEH.

No relato de Isaías 6:1-10, Isaías ouviu palavras de YAHWEH. Assim, foi YAHWEH quem  as disse. Mas o apóstolo Paulo afirmou que as palavras ditas a Isaías vieram do Espírito Santo de Deus. (Atos 28:25, 26) Se YAHWEH dizer algo o torna um ser pessoal, o mesmo ocorre com o Espírito Santo.

8. O Espírito Santo recebe do que é de Jesus.

Jesus também falou sobre o Espírito Santo: “Ele me glorificará, pois receberá do que é meu e o anunciará a vós.” (João 16:14) É impossível um poder ou uma força divina receber algo de alguém, e ainda por cima, glorificar por ter recebido. 

9. Pode-se mentir para o Espírito Santo.

Em Atos 5:3, 4, lemos que Ananias e Safira ‘mentiram para o Espírito Santo’ e que ‘mentiram para Deus’, não para homens. Como se pode mentir para uma força ou um poder? Alguns poderiam usar o texto de Tiago 3:14, onde lemos: “Não mintais contra a verdade”. Eles argumentam que assim como verdade não é pessoa, o Espírito Santo também não é. Mas uma coisa é “mentir contra”, outra coisa é “mentir para”. Podemos mentir contra coisas, mas não para essas coisas. “Mentir para” implica num intelecto que sofre o dano da mentira, pois envolve enganar alguém, não algo. 

10. O Espírito Santo dá testemunho sobre Jesus.

Jesus prometeu sobre o Espírito Santo: ” Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, esse dará testemunho acerca de mim. E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.” (João 15:26, 27) Perceba que nesses versículos o Espírito Santo “e vós também” dão testemunho de Jesus. Se esse vós dar testemunho implica que são pessoas, por que o Espírito Santo não seria também?

CONCLUSÃO.

Existem dezenas de outros textos bíblicos, com bons argumentos, em favor da personalidade do Espírito Santo. Que Ele possa iluminar a mente dos sectários a fim de compreenderem a verdadeira identidade do Espírito Santo. – Pr. Fernando Galli.

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[1] Hendriksen, William. Comentário do Novo Testamento: Efésios e Filipenses, p. 263, Cultura Cristã.