É com prazer que anunciamos o debate entre o Prof. Azenilto Brito, da Igreja Adventista do Sétimo Dia e o Pr. Fernando Galli (Igreja Bíblica Castelo Forte). O tema diz respeito à crença da IASD (Igreja Adventista do Sétimo Dia) sobre os escritos de Ellen Gould White: São Inspirados ou não? Cada debatedor fará quatro perguntas com até 1.000 caracteres, sendo que a resposta, a réplica e a tréplica poderão conter até 3.000 caracteres. No final do debate, cada debatedor fará suas considerações finais em até 1.000 caracteres. Os debatedores concordaram que Fernando Galli fará a primeira pergunta. Que Deus, em nome de Jesus, ensine-nos muito através deste debate.
 
INÍCIO DO DEBATE 
 
Pr. Fernando Galli (Pergunta 1) – Em primeiro lugar quero agradecer ao Professor Azenilto Brito por ter atendido ao convite para o debate. Seja bem vindo em nome de Jesus! 
Minha primeira pergunta é: O que de fato a Igreja Adventista do Sétimo Dia crê e não crê oficialmente sobre os escritos de Ellen G. White? São eles tão inspirados quanto à Bíblia? São uma adição a ela? Devem ser cridos como inspirados em que sentido?
 
Prof. Azenilto Brito (Resposta à Pergunta 1) – É um prazer participar deste diálogo que pode ser construtivo e esclarecedor para as duas partes e aos muitos leitores que o acessarem, sobretudo quando sabemos que muitos têm uma visão distorcida dos ensinos e sentimentos dos asd’s devido a analistas preconceituosos que distorcem nossas posições.
 
Para saber O QUE REALMENTE ENSINAM OS ASD’s deve-se buscar as devidas fontes ADVENTISTAS, não análises de gente que, infelizmente, a despeito de usar títulos de “pastor”, “diácono” e coisas assim age claramente com desonestidade e manipulação de dados e declarações da literatura da IASD.
 
Quem manipula dados e fatos sobre uma Igreja por causa de preconceito ou para obter dinheiro com venda de livros, apostilas, vídeos, palestras em congregações, corrompendo a realidade do que essa Igreja DE FATO ensina não difere em nada de manipuladores do público com falsas promessas de “prosperidade” à base de lenços ungidos e tantos outros esquemas para tirar vantagem dos que são induzidos a confiar em suas palavras e promessas.
 
Graças à Internet hoje, essas distorções são propagadas amplamente e muitos confiam nesses “apologistas” imaginando-os bem intencionados, empenhados em defender supostamente a “fé . . . confiada aos santos”. O incrível é o uso até dessa linguagem por quem nem ensina o que sempre constituiu o pensamentos clássico, histórico das Igrejas protestantes/ evangélicas.
 
Um artigo da “Revista Adventista” de fevereiro de 1984 tratando do tema de como entendemos os escritos da Sra. White, por exemplo, foi objeto de uma distorção típica do que acima exponho, pois tomaram o seu primeiro parágrafo, omitindo desonestamente todos os demais que esclarecem o que é dito nesse. Mais adiante posso tratar mais disso por problemas de espaço aqui.
 
Mas eis o que o documento OFICIAL da IASD expõe a respeito das bases de nossa fé e do que trata do ministério da Sra. E. G. White:

NISTO CREMOS:

1. As Escrituras Sagradas:
As Escrituras Sagradas, o Antigo e Novo Testamento, são a Palavra de Deus escrita, dada por inspiração divina por intermédio de santos homens de Deus que falaram e escreveram ao serem movidos pelo Espírito Santo. Nesta Palavra, Deus transmitiu ao homem o conhecimento necessário para salvação. As Escrituras Santas são a infalível revelação de Sua vontade. Constituem o padrão de caráter, a prova de experiência, o autorizado revelador de doutrinas e o registro fidedigno dos atos de Deus em História.

17.
 O Dom de Profecia:
 
Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. Eles também tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser provado todo o ensino e experiência. (Joel 2:28 e 29; Atos 2:14-21; Heb. 1:1-3; Apoc. 12-17; 19:10).
 
Pr. Fernando Galli (Réplica) – Pelo que sei, a IASD declara que a qualidade ou o grau de inspiração dos escritos de EGW não são diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas. (Revista Adventista, Fevereiro de 1984, página 37)
 
Todavia, o Sr. alega em algumas páginas da internet que apologistas usam esta declaração acima de forma descontextualizada, dando a entender inverdades ou até mentiras.
 
Como eu aprecio sua sinceridade, este site está a sua disposição, neste debate, para nos esclarecer o seguinte de forma objetiva:
 
(a) Se a qualidade e o grau de inspiração dos escritos de EGW são o mesmo das Escrituras, pode uma pessoa que nega, como eu, por exemplo, como fonte verdade inspirada os escritos de EGW, ser salva?
 
(b) Pode um adventista continuar sendo cristão verdadeiro se ele negar a palavra inspirada de Deus dada a EGW?
 
(c) Se a Bíblia é a suficiente palavra escrita de Deus, por que Deus teria inspirado EGW para escrever outra fonte de verdade?
 
(d) Como um bom adventista deve entender as seguintes palavras de EGW:
 
 “Estes livros inspirados, tais como o Desejado de Todas as Nações, O Conflito dos Séculos e Patriarcas e Profetas são, corretamente, revelações divinas da verdade sobre as quais deveríamos depender completamente.” – O Colportor Evangelista, página 124.
 
“Disse o meu anjo assistente. ‘Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino das almas depende da maneira em que forem elas recebidas” – Primeiros Escritos, página 258.
 
Prof. Azenilto Brito (Tréplica) – A resposta a esta pergunta já foi dada, pois o “Nisto Cremos” mostra como “A Bíblia e a Bíblia Só” é nosso fundamento, como a própria Sra. White definiu.
 
Eu citei justamente este artigo da “Revista Adventista”, fev/1984, falando de como desonestamente um anônimo compilador de nossa literatura tomou o primeiro parágrafo enquanto omitindo os demais que já esclarecem a questão toda.
 
O PRÓPRIO PARÁGRAFO SEGUINTE esclarece o que o articulista quis dizer. Gente, é impossível que esse compilador não tivesse lido os parágrafos seguintes, pois pesquisadores sério de trechos tomam o cuidado de ler o que vem antes e o que vem depois de uma declaração. Tudo indica ser Natanael Rinaldi, já conhecido por outras atitudes em distorcer trechinhos de nossa literatura.
 
Pois bem, eis o que REALMENTE o artigo declara:
 
TRECHO COPIADO E DIVULGADO AOS QUATRO VENTOS POR “PESQUI-SADORES” ANTIADVENTISTAS agindo desonestamente:
 
“Negamos que:
 
“1. A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas.”
 
CONTINUAÇÃO DO ARTIGO DA “REV. ADVENTISTA”, págs. 37 e 38 (parte omitida):[NEGAMOS QUE. . .]
 
“2. Os escritos de Ellen White sirvam como autoridade final e fundamento da fé cristã, o que é atribuição exclusiva das Escrituras Sagradas.
 
“3. Os escritos de Ellen White sejam uma adição ao cânon sagrado.
 
“4. Os escritos de Ellen White possam ser usados como base para o estabelecimento de doutrinas.
 
“5. O estudo dos escritos de Ellen White devam tomar o lugar do estudo da Bíblia.
 
“6. As Escrituras Sagradas possam apenas ser compreendidas através dos escritos de Ellen White.
 
“7. Os escritos de Ellen White esgotem todo o significado das Escrituras Sagradas.

“8. Os escritos de Ellen White sejam essenciais para a pregação das verdades das Escrituras ao povo em geral.
 
“9. Os escritos de Ellen White sejam produto de mera piedade cristã.
 
“10. O uso de fontes literárias e de assistentes feito por Ellen White, anule a inspiração de seus escritos.
 
“Concluímos, portanto, que o correto entendimento da autoridade e inspiração dos escritos de Ellen White evitará dois posicionamentos extremos:
 
“1. Atribuir a esses escritos nível canônico semelhante ao das Sagradas Escrituras, ou
 
“2. Considerá-los como literatura cristã corrente e comum”.
 
Pronto, gente, fica DESMASCARADA A MENTIRA E A DISTORÇÃO. Quem desejar a reprodução completa do artigo em PDF confirme-nos interesse que envio em anexo num e-mail de resposta.
 
Muitos que alegam essas coisas sobre Ellen White ser a “segunda Bíblia” dos asd’s, ou alegações semelhantes, DESCONHECEM esse contexto claro, que DESFAZ a mentirada montada em torno desse trechinho pinçado fora do contexto.

O que o documento começa dizendo é apenas que a inspiração da Sra. White e da Bíblia são idênticas, NO QUE SE REFERE AO FATOR DE DEUS VALER-SE DE PROFETAS para transmitir Sua mensagem, como a própria Igreja do “teólogo” Rinaldi (que nem é devidamente formado em Teologia) e muitas mais ensinam.
 
MODERADOR – Agora, o Professor Azenilto Brito fará a sua primeira pergunta a Fernando Galli, o qual dará sua resposta com no máximo 3.000 caracteres, depois o Prof. Azenilto Brito fará a sua réplica e Fernando Galli a sua tréplica, sempre com até 3.000 caracteres.
 
Prof. Azenilto Brito (Pergunta 1) – Que base bíblica tem para negar que os dons espirituais sobrenaturais, como o de profecia (ou mesmo línguas, curas, interpretação de línguas, etc.) não mais valeriam para a Igreja?
 
Pr. Fernando Galli (Resposta à Pergunta 1) – Ainda que fosse possível o dom da profecia hoje, isto não seria garantia de que EGW seria profetisa verdadeira, mesmo porque as evidências têm provado que ela copiou muitos parágrafos e frases de autores do século XVIII e XIX, e ainda recebeu uma boa ajuda de seu esposo que nem cria na divindade de Jesus. Qual profeta, com sua profecia, nas Escrituras, fez isso?
 
Em Efésios 2:20, lemos que a Igreja está alicerçada sobre os apóstolos, profetas e Cristo. Os profetas e os apóstolos foram os instrumentos de Deus para escrever a Palavra de Deus. Eles são o alicerce da Igreja, com Cristo, devido ao dom inspirador. Lemos em Efésios 3:5: “Esse é o mistério que em outras gerações não foi manifestado aos homens, da forma como se revelou agora no Espírito aos seus santos apóstolos e profetas”. Portanto, assim como não há mais apóstolos atualmente inspirados, assim também não há profetas inspirados.
 
Em Hebreus 2:3, 4, lemos que a Salvação foi primeiro anunciada pelo Senhor, e depois confirmada pelos que a ouviram, e juntamente com eles (os que a ouviram) Deus testemunhou a Salvação com os sinais e dons distribuídos pelo Espírito Santo. Observe que esses dons, que incluem o de profecia foram dados a quem? O texto de Hebreus 2:3, 4 diz que a salvação foi confirmada a nós (o autor e os leitores) pelos que a ouviram. E quem ouviu? Os apóstolos! Portanto, os dons de profecia e outros foram dados apenas aos apóstolos e aos que deles ouviram a salvação.
 
Mas Joel 2:28, 29 não diz que na parte final dos dias os vossos jovens profetizariam? Mas lemos em Atos 2 que esta profecia havia se cumprido naqueles dias. Pois a partir daquele momento, de Atos 2, os apóstolos e profetas seriam, juntamente com Cristo, o alicerce da Igreja. A expressão “na parte final dos dias” não se refere sempre ao tempo da volta iminente de Jesus, mesmo porque a Bíblia usa em 1 Coríntios 10:11 a expressão para quem já chegou o fim dos tempos. No grego, está literalmente fins dos tempos. Em outras palavras, fim (ou fins) dos tempos refere-se a um momento marcante no cronograma de Deus para o homem. E o fato de o sol e a lua não terem ficado escuros no Pentecostes, conforme Joel profetizou, não significa que essa profecia precisa se cumprir de novo. Sol e Lua escurecer significa a escuridão espiritual em contraste com a revelação do Espírito Santo de Deus. Do contrário, Pedro teria omitido essa parte da profecia de Joel, já que ela não teve cumprimento. E sem contar que ali fala de vossos filhas e filhas profetizarem, mas parece que na IASD a Igreja tem apenas uma filha única capaz de fazer isso. Onde Joel predisse que apenas uma pessoa teria suas profecias como autoridade escrita para todo o povo de Deus no tempo do fim, juntamente com a Bíblia? Em lugar nenhum!
 
Por fim, apenas lembro o Prof. Azenilto que minha próxima pergunta, a de número 2, será baseada nas perguntas que ficaram para trás, e não foram respondidas, certamente por falta de espaço.
 
Prof. Azenilto Brito (Réplica) – Já devia ter esclarecido não ser especialista em Ellen White. Como no campo teológico em geral há tantas especialidades, como “Novo Testamento”, “Velho Testamento”, “Hermenêutica”, “História (Antiga, Medieval, Denominacional)”, “Arqueologia” há também na Teologia Adventista a especialidade da “Orientação Profética” na IASD.
 
Sobre as cópias de literatura, isso já foi amplamente discutido e resolvido, a meu ver. O próprio autor do inspirado evangelho de Lucas conta ao amigo Teófilo com colheu informações das mais variadas fontes para a composição de seu escrito (ver Luc. 1:1-4). Há outros exemplos de compilações de autores bíblicos em livros como Crônicas e mesmo entre os escritos dos profetas. Legalmente foi provado que ao tempo da Sra. White não se exigia rigorosa atribuição de crédito a material compilado, como hoje é padrão. Os usos e costumes mudam com o tempo. E que não havia nada oculto e perverso se vê nas recomendações da Sra. White para as pessoas aproveitarem o tempo livre lendo boas obras, como “A História da Reforma”, de D’Aubigné, que cita abundantemente em “O Conflito dos Séculos”. Se houvesse intenção de ocultar as compilações feitas (e nem eram feitas por ela, mas por auxiliares na composição dos seus escritos, sob sua recomendação) ela não iria arriscar-se a indicar uma obra que facilmente depois se identificaria. Na introdução de dito livro ela indica sobre como isso se dava.
 
Para maiores detalhes recomendo o site do Centro White onde perguntas específicas sobre essa e outras questões quanto ao seu ministério podem ser feitas
 
http://centrowhite.org.br/perguntas/perguntas-sobre-ellen-g-white/
 
Também recomendo a leitura do esclarecedor livro de Herbert Douglass, “Mensageira do Senhor”, da Casa Publicadora Brasileira, onde tudo isso e muito mais é esclarecido.
 
Sobre a análise bíblica, não creio fazer sentido limitar a ação de pessoas especialmente dotadas por Deus para a edificação de Sua Igreja só à época apostólica. Ele dotou homens especiais como artífices para a edificação do Tabernáculo no deserto (Êxo. 35:30-35), isso muito antes de Atos 2, e pode perfeitamente inspirar homens e mulheres para cumprirem missões especiais nos propósitos da proclamação do evangelho e orientação de Sua Igreja nos tempos modernos, como creio ter-se dado com o ministério da Sra. White.
 
Joel 2 se cumpriu no Pentecoste parcialmente. Mas os vs. 19-21 indicam com clareza um tempo futuro, quando acontecimentos extraordinários na natureza se manifestariam, mencionados pelo próprio Cristo, tratando dos fins dos tempos. A interpretação “espiritualizada” do escurecimento do sol e da lua me parece pouco convincente à luz de Mat. 24:29 e 30.
 
Quantos aos jovens, filhos(as), que profetizarão, talvez desconheça a doutrina adventista da “chuva serôdia”, em que cremos que na época finalíssima da história humana haverá novas dotações sobrenaturais a muitos servos de Deus segundo Ele julgue apropriado. Esperamos ansiosos pelo cumprimento dessa promessa divina em nosso tempo.
 
Pr. Fernando Galli (Tréplica) – Obrigado pela resposta, Prof. Azenilto Brito. Eu também não sou um especialista sobre EGW, por isso faço essas indagações sinceras.
 
Na minha opinião, longe de reivindicar ser o dono da verdade dos fatos, entendo que uma coisa é Deus inspirar homens a escrever textos bíblicos baseados em fontes de pesquisa. Outra coisa é uma pessoa copiar parágrafos inteiros, iguais aos originais de fonte alheia, e os escritos dessa pessoa serem inspirados, mas os da fonte primária não ser.
 
Por outro lado não vejo perversidade no que EGW escreveu, nem no fato de ela achar que era inspirada. Apenas acho que algumas evidências apontam para uma não inspiração, aliada a um conceito errado do que seja inspiração. Realmente, não vejo maldade da parte dela, nem dos ASD. Acho que a IASD deveria rever esta crença, e entender o que EGW escreveu como uma iluminação do Espírito Santo sobre muitas verdades inegáveis que ela aborda, embora discorde de outras.
 
Outro ponto importante: Acho uma tremenda incoerência muitos evangélicos pentecostais criticarem a crença de EGW ser inspirada ao escrever seus textos, se eles mesmos creem que há profecias para os dias de hoje. E de nada adianta escreverem textos sobre a Profetisa que Falhou, se na igreja deles há falsas profecias ou profetadas distribuídas à vontade.
 
Quanto à interpretação que fiz, espiritualizada é fato, do sol e da lua terem escurecido no Pentecostes, creio ser a melhor, pois acho muito estranho que todo o texto de Joel foi citado como explicação do que ali estava ocorrendo. Sobre Mateus 24:29, 30, creio também que há um simbolismo nesse texto, pois estrelas jamais podem cair na terra. Uma estrela das menores é centenas de vezes maior que a terra. E meteoros dificilmente caem aqui, apenas os maiores, que chegam aos 99,993% em pequeníssimos fragmentos. Todo o texto para mim simboliza a queda completa deste mundo em meio aos horrores da tribulação, a qual precede o sinal do Filho do homem.
 
Quanto a Deus edificar sua Igreja, Ele o faz de vários meios. O Espírito Santo continua a edificar, mas não com dons de maravilha.
 
Também, acho forçado o argumento de que o fato de o Espírito Santo ter capacitado artífices para a edificação do Tabernáculo servir de indício de que Deus poderia inspirar pessoas em eras pós-apostólicas, como a nossa, a escrever textos. Lembrando que todo texto inspirado por Deus é a Palavra de Deus. Soa-me, portanto, estranho considerar a Bíblia como luz maior e os escritos de EGW como luz menor, se ambas têm a mesma fonte. Como pode ser isso? É menor em que sentido – na importância, na amplitude, na abrangência? Esta é a minha dificuldade.
 
Por fim, não posso negar que mesmo não crendo na inspiração dos escritos de EGW, é inegável o valor de muitas verdades comentadas das Escrituras, como seus conselhos para agradarmos a Deus com o que comemos. De fato, somos o que comemos, e a nossa teologia nada aborda sobre cuidarmos do nosso corpo como forma de agradecermos a Deus por sermos feitos de modo maravilhoso. – Salmo 139:14.
 
Agora, o Pr. Fernando Galli fará a sua segunda pergunta ao Prof. Azenilto Brito, o qual dará sua resposta com no máximo 3.000 caracteres, depois Fernando Galli fará a sua réplica e o Prof. Azenilto Brito a sua tréplica, sempre com até 3.000 caracteres.
 
Pr. Fernando Galli (Pergunta 2) – Professor Azenilto Brito, tenho visto alguns apologistas, e de certa forma aprendi com eles, a usar os textos abaixo com a finalidade de mostrar que na teoria, de fato, os ASD consideram os escritos de EGW como uma luz menor, exatamente do modo como o Senhor esclareceu acima. Pois quando leio estes textos de EGW, tenho a impressão de que os livros mencionados são postos em pé de igualdade ao da Bíblia. Se não estão, conforme crença adventista, como devem ser interpretadas as declarações abaixo?
 
 “Estes livros inspirados, tais como o Desejado de Todas as Nações, O Conflito dos Séculos e Patriarcas e Profetas são, corretamente, revelações divinas da verdade sobre as quais deveríamos depender completamente.” – O Colportor Evangelista, página 124.
 
“Disse o meu anjo assistente. ‘Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino das almas depende da maneira em que forem elas recebidas” – Primeiros Escritos, página 258.
 
Prof. Azenilto Brito (Resposta à Pergunta 2) – Se um muçulmano, que crê na salvação por obras, tomar Rom. 2:13 para “provar” que os escritos paulinos confirmam sua tese, e daí ainda cita Tia. 2:24, anunciando ter descoberto que Paulo e Tiago seguiam a tese muçulmana, os cristãos estariam errados em crer na salvação só pela fé. Claro que ele tomou textos isolados, distorcidos, que devem ser confrontados com o TEOR GLOBAL dos escritos citados.
 
O mesmo se aplica aos escritos da Sra. White. Tem-se que considerar todo o teor do que ela expõe, e não limitar-se a uma declaração aqui, outra acolá, segundo certos pressupostos. É o caso de uma declaração dela, pinçada do devido contexto, descoberta como uma “gema”, pelo mesmo citado Rinaldi e sua desonesta metodologia de caçar tais trechos distorcendo-os para denegrir a imagem da IASD. Refiro-me a uma explorada declaração da Sra. White de que “a guarda do sábado importa em salvação”.
 
Só que há outras “gemas” que são simplesmente IGNORADAS pelo mesmo compilador, pois não convêm a seus propósitos de desqualificar nossa Igreja, como por ex.:
 
“A salvação não está em ser batizado, em ter nosso nome no livro da igreja, nem em pregar a verdade. Mas em uma viva união com Jesus Cristo para que o coração seja renovado”. — “Evangelismo”, p. 319.
 
“Quem procura alcançar o céu por suas próprias obras, guardando a lei, tenta algo impossível” – “Mensagens Escolhidas”, vol. 1, pág. 364.
 
“Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a salvação, então ela tem de ser inteiramente pela graça, recebida pelo pecador; porque ele aceita a Jesus e crê nele. A salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. . . . os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele” — “Fé e Obras”, pág. 20.
 
Isso nunca será citado por neutralizar a intenção malévola do compilador.
 
Apreciei sua visão equilibrada sobre os escritos da Sra. White, que muito impressionaram o pesquisador de Religiões Comparadas, o batista Walter Martin. Ele revelou admiração por essa mulher que, como comentou, revela um profundo e grande amor por Jesus. Ele até escreveu “A Verdade Sobre o Adventismo do 7º. Dia” contestando os que têm a IASD como “seita”, e indicando que embora mantendo doutrinas de que discordava, não se devia ter a IASD no rol das seitas.
 
O engraçado é que tantos que consideram Ellen White como falsa profetisa de fato promovem conceitos antiprotestantes derivados da empolgação de certos cavalheiros com uma visão da falsa profetisa Margaret MacDonald, em 1830. Daí derivou o dispensacionalismo, em seus dois vieses—da mirabolante escatologia israelocêntrica e dos conceitos de “lei abolida” e noções assemelhadas, que resultou no “dianenhumismo” característico dos ensinos e prática religiosa dominantes no evangelicalismo moderno, como podem ver melhor por este link:
 
http://www.forumevangelho.com.br/t3981-as-raizes-catolicas-da-escola-interpretativa-dispensacionalista.
 
Pr. Fernando Galli (Réplica) – Obrigado por seus esclarecimentos. Não resta dúvidas de que o IASD crê na salvação pela graça, por meio da fé, mas parecem ensinar que sem crer nos escritos de EGW não podem ser salvos. Pelas conversas com amigos desta organização religiosa, entendi que afirmam que por serem salvos, naturalmente fazem obras (até aí cremos igualmente, baseados em Efésios 2:8-10), portanto, por serem salvos, naturalmente creem na Bíblia e nos escritos de EGW como produtos da inspiração divina. Se não creem nos ensinos de EGW, é sinal de que não são salvos. Alguns chegam a dizer, quando os apertamos com nossas perguntas escrutinadoras, que um ASD pode até perder a salvação se ele deixar de crer nos escritos de EGW como inspirados. 
 
Como sou de linha batista, crendo na segurança da salvação, afirmo que se uma pessoa não crê na Bíblia e se diz convertida, ela realmente não é convertida. Nunca foi salva. Da mesma forma, os ASD parecem crer que o mesmo Espírito que inspirou a escrita da Bíblia e convence o homem do pecado, convence o ASD a crer nos escritos de EGW como inspirados. 
 
Lembro-me de certa conversa com um professor adventista, e ele me disse o seguinte: Se uma pessoa cristã adventista se torna adúltera, e morrer nessa situação, sem se arrepender, ela não será salva. Então, eu pergunto: Se um adventista decidir não crer mais no suposto Espírito de Profecia, conforme a crença adventista,  e morrer nesse pensamento, ele será salvo? Ou pelo menos, será passível, teoricamente, de perder a salvação?
 
O que, então, EGW quis dizer com depender completamente de suas obras?
 
Prof. Azenilto Brito (Tréplica) – Você mesmo admite e sabe que os asd’s ensinam a salvação por fé, não por obras—um ponto pacífico. Sou asd há quase 50 anos, vindo de uma tradicional denominação evangélica. Aliás, já comentei até em rede de TV nacional, que um fato que me despertou para a questão do sábado foi um corinho que aprendi na Esc. Dominical quando criança, que diz em certo ponto–“quem trabalha no domingo do Senhor está roubando”. Então, entendi quão importante é respeitar o dia de observância. Mas estudando a fundo o tema entendi depois que o princípio no corinho está CERTO, mas o dia, ERRADO.
 
Em quase 50 anos na IASD nunca ouvi dizer, nem li em qualquer literatura nossa, que alguém precisa crer em EGW para ser salvo. Isso NÃO EXISTE. Parece o que lhe deu essa impressão foram conversas informais com um asd aqui, outro acolá. Desculpe, irmão, mas essa não é metodologia segura para saber o que uma Igreja realmente ensina. Já destaquei no início a importância de se ir às fontes exatas do ensino de uma Igreja para conhecer seus ensinos e sentimentos, através de seus documentos oficiais.
 
Há pessoas entre nós que preferem não crer na inspiração da Sra. White e até dizem isso abertamente, mas nunca isso seria motivo de sua exclusão do rol de membros da Igreja. O mesmo quanto ao dízimo: Embora se considere um erro alguém não dizimar, nunca vi alguém ser excluído da Igreja por não devolver os seus 10% cada mês.
 
Agora, por que não crer nessa inspiração quando vemos os frutos positivos de seu ministério? Jesus disse que pelos frutos se conhece se uma árvore é boa ou má. E esses bons frutos são reconhecidos por gente que não tem vínculo com igrejas, como Dan Buettner, pesquisador das chamadas “Zonas Azuis” (locais do mundo onde as pessoas vivem mais tempo), que apresenta a única Zona Azul nos EUA—Loma Linda, na Califórnia, onde há uma concentração de asd’s e é onde mais tempo se vive no país, graças à filosofia da “Reforma de Saúde” proposta, por inspiração divina, mediante E. G. White. Nenhum outro líder religioso na história mereceu tanto reconhecimento, e o governo americano tem investido uns milhões de dólares para descobrir essa “Adventist Advantage” (vantagem adventista), com o que toda a sociedade tem sido beneficiada.
 
Aliás, nunca ouvi falar de um falso profeta que declarasse objetivamente: “se tivessem feito da Bíblia o objeto de seus estudos . . . não necessitariam dos Testemunhos [os escritos de Ellen White].” (“Testimonies to the Church”, vol. 5, p. 664). Pelo contrário, esses tais querem é que todos aceitam sem a mínima objeção suas reivindicações proféticas. Não é o caso da Sra. White.
 
Até o sábado, acentua Buettner, é um magnífico recurso para boa saúde, por seu caráter anti-stress. Veja o vídeo em que ele se faz acompanhar do Dr. Oz (uma espécie de Drauzio Varella americano) no programa de Oprah Winfrey, de grandíssima audiência nos EUA:
 
https://www.youtube.com/watch?t=111&v=vMgag9H9Rac
 
O SBT também tratou do tema:
 
http://www.youtube.com/watch?v=2PYfrvaQ36w
 
Agora, o Professor Azenilto Brito fará a sua segunda pergunta a Fernando Galli, o qual dará sua resposta com no máximo 3.000 caracteres, depois o Prof. Azenilto Brito fará a sua réplica e Fernando Galli a sua tréplica, sempre com até 3.000 caracteres.
 
Prof. Azenilto Brito (Pergunta 2) – Uma vez citei o sermão de C. H. Spurgeon, “A Perpetuidade da Lei de Deus” e alguém protestou que ele fumava charutos. Não sei disso, mas se vivesse hoje, decerto esse homem de Deus não teria tal hábito. Lutero discutia teologia numa roda de cerveja com amigos. Não tinham toda a luz quanto a nosso corpo ser “templo do Espírito Santo”.
 
Surpreendi-me ao saber que os pioneiros asd’s, mesmo com a guarda do sábado, consumiam carne de porco, inclusive a família da Sra. White. Deus precisou despertar o Seu povo quanto aos malefícios de tantos outros produtos para a boa saúde e o resultado positivo disso comentei no meu último texto. Não acha que é uma lástima que os demais cristãos não tenham tido essa iluminação sobre as leis de saúde? Estou convencido de que pelo mundo se experimentariam muito menos problemas de câncer, diabetes, úlceras, depressão, etc., se as demais igrejas tivessem sido despertadas quanto a essas questões, como a IASD, graças ao ministério da Sra. White sobre “Reforma de Saúde”.
 
Pr. Fernando Galli (Resposta à Pergunta 2) – Bem, não sou antinomista. Creio que estamos sujeitos à Lei Moral de Deus. Na minha opinião, e nem precisa ser inspirado para chegar a essa conclusão óbvia, os aspectos morais da Lei não estão apenas no Decálogo. Comer bem, de forma responsável e para a glória de Deus, é moral-dietético ou cerimonial-dietético?  É moral-dietético!
 
A teologia cristã deveria dedicar uma disciplina para os cuidados com o corpo e incluir a alimentação. Afinal, se somos feitos de modo maravilhoso por Deus (Salmos 139:14), precisamos ser gratos a Deus por darmos o melhor para o que, na teologia cristã, entendemos ser o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19), ou seja, o nosso corpo.
 
Todavia, sabemos que o método não está acima do princípio da Lei. Para os judeus, Deus disse que havia animais impuros, ou seja, que para os judeus seriam impuros. Para os cristãos, Deus, através de uma visão dada a Pedro, nos ensina que assim como os gentios não mais eram “impuros” a Deus, os alimentos condenados como impuros na Lei não eram mais impuros. E é óbvio que Deus não usaria uma visão dessas, com ordem para abater e comer animais impuros, se realmente Deus não estava anulando a lista de animais impuros. É óbvio que assim como Deus anulou essa lista, assim também Deus anulou o considerar os gentios impuros. – Atos 10:34, 35.
 
Então podemos comer rato e porco? Atualmente, cada caso é um caso. Ratos de laboratório poderiam ser comestíveis. O porco tem sido considerado mais saudável que o frango, devido aos processos de engorda do frango, com tanta química.
 
Deus deu aos nutricionistas a capacidade de orientar cada pessoa a ter um cardápio correto, que nos faça menos mal possível e, também, nos faça o mais bem possível. Quando o cristão sabe que, no seu caso, comer carne eleva seus níveis de ácido úrico, e mesmo assim come, ele está violando o princípio da Lei de Deus. E isso vale para qualquer alimento, até para os que a Lei no AT não considerava pecado a ingestão.
 
No caso de EGW, ela mantém o método acima do princípio da Lei, e  a IASD acaba se tornando farisaica, por fazer uma péssima exegese da visão de Deus dada a Pedro. A grosso modo, a carne de todo animal é impura, pois nunca foi do propósito original de Deus que o homem a comesse. Mas Deus permitiu isso a seu povo (Gênesis 9:3, 4) Da mesma forma o permite aos cristãos, que ão mais precisam se preocupar com uma lista de animais impuros, mas sim com a melhor forma de agradar a Deus quando come.
 
Prof. Azenilto Brito (Réplica) – Achei sua resposta meio ambígua, com pontos positivos e negativos. Nada disse sobre o papel da Sra. White nos aspectos positivos. Creio que qualquer discussão da questão das regras alimentares da Bíblia deve partir de cinco perguntas básicas a serem respondidas:
 
1 – Por que Deus criou essas leis de limitações alimentares? Teria Ele simplesmente “cismado” sobre certos tipos de carne, sem qualquer motivo justo, e pronto?
2 – Por que as leis dietéticas teriam sido abolidas, já que não eram cerimoniais? Em que apontariam ao sacrifício expiatório de Cristo?
– Obs.: Há quem diga que simbolizariam a separação entre judeus e gentios. Mas daí Deus estaria incluindo em Sua lei (um transcrito de Seu próprio caráter) um aspecto de algo que Ele, que “não faz acepção de pessoas”, condena.
3 – Como o sangue de Cristo teria sido eficaz para purificar a carne de porco, rato, urubu, cobras e lagartos? Teria operado alguma mudança de composição estrutural de modo a torná-las adequadas ao consumo humano?
4 – Onde está escrito que Deus muda de opinião sobre a consideração das carnes imundas como “abominação” (Deu. 14:3), sendo que até o fim dos tempos, quando todas as nações e línguas forem reunidas, e quando verão a Sua glória, “os que comem carne de porco, coisas abomináveis e o rato serão consumidos” (Isa. 66:16-18)?
– Obs.: Isaías descreve um evento PÓS-CRUZ, portanto, na “jurisdição” do NT.
5 – Como Cristo poderia legitimamente recomendar a mais estrita obediência ao “mínimo” dentre os mandamentos da lei que garantiu não ter vindo abolir, e sim cumprir (ver Mat. 5:17-19), mas depois Se põe a abolir as leis de restrição alimentar?
Sobre a visão de Pedro eis minhas ponderações a respeito:
* Alegação: Argumenta-se que o episódio da visão do lençol de Pedro, em Atos 10, prova de que houve um “liberou geral” divino sobre as regras alimentares.
.- Mas, vejamos estes dados:
A – A resistência de Pedro ante a ordem “mata e come” mostra que ele não aprendera com Jesus ou seus companheiros apostólicos que houve o “liberou geral” das leis de restrições alimentares.
B – Pedro não entendeu o sentido da visão de modo algum, pois manteve-se intrigado sobre a mesma (vs. 17), e que o seu sentido era inteiramente simbólico se percebe pelo simples fato de que seria impossível ao Apóstolo matar e comer o que via numa visão. Seria o mesmo que alguém tentar chupar um sorvete mostrado numa tela da TV.
C – Quando entendeu o sentido da visão, não a interpretou como sendo liberdade para comer de tudo, e sim que os gentios, dos quais aos judeus não era permitido “mesmo aproximar-se”, deviam ser contatados com o evangelho (ver vs. 28).
D – No capítulo seguinte, 11, ele diz que não poderia resistir à visão (vs. 17), mas tal resistência era quanto a comer carnes imundas, e sim ao contato com os gentios. No seu discurso durante o Concílio de Jerusalém ele faz menção a sua experiência indiretamente, e fala em “purificação”, mas não de carnes imundas, e sim dos corações dos gentios conversos (ver Atos 15:7-9).
 
Pr. Fernando Galli (Tréplica) – Para mim, o papel de EGW foi de mera intérprete das Escrituras, e nesse caso, foi razoavelmente feliz, apesar dos exageros. Agora, respondendo a suas perguntas:
 
1- Deus criou essas leis não devido aos animais em si, mas ao contexto e ao homem da época. No início, tudo o que se move podia ser comido. (Gênesis 9:3, 4) De Noé até Moisés teve chão!
 
2 – Eu diria que a Lei em seu aspecto dietético continua em vigor, apenas os métodos de cumpri-la mudaram. Ele é soberano e nos dita, no decorrer das eras, meios diferentes de cumprir a Lei dEle.
 
3. Jamais disse que foi o sangue de Cristo que purificou a carne de animais anteriormente considerados impuros.
 
4. Eu não acredito que Isaías 66:16-18 tenha um cumprimento futuro. Isto já se cumpriu. No hebraico, é possível entender que todas as nações serem ajuntadas signifique que “de todas as nações serão ajuntados”, sendo assim, Deus estava profetizando o retorno de judeus exilados de todas as nações (as que tinham judeus exilados). Isso é claramente reforçado pelo versículo 20. Ali, “todas as nações” não pode ser interpretado como literalmente “todas”.
 
5. Cristo recomendou a mais estrita obediência à Lei toda,  inclusive os sacrifícios que ele mesmo, com sua morte, aboliu.; Lembra os sábados cerimoniais?(Colossenses 2:16) Em outras palavras, seu argumento, per se, parece-me, com todo o respeito, incoerente. E novamente, cumprimos a Lei de Deus no aspecto dietético por comermos da melhor forma possível, conforme escrevi em minha resposta acima.
 
Sobre o “liberou geral”, não é bem assim que nós, cristãos reformados, cremos. Não está liberado comer carne de vaca para quem esta carne faz mal! Peca-se contra Deus por não cuidar do corpo. Portanto, as respostas aos itens de A a D:
 
A resistência de Pedro era óbvia, pois el não estava entendendo nada, assim como Maria, de certa forma resistiu, ao questionar como nasceria nela Jesus se ela não havia conhecido nenhum homem? (Lucas 1:34) Para quem estava debaixo da lista dietética de Deus, é muito compreensível a reação de Pedro.
 
O fato de ser impossível Pedro matar e comer o que via na visão, devido ao simbolismo, não me impede de crer que Deus estava ensinando a literalmente esquecer a lista dietética, assim como o simbolismo  da visão como um todo não me impede de crer que Deus estava ensinando a evangelizar literalmente os gentios.  Ou seja, o ser impossível matar os animais ali não impediria Pedro de entender uma aplicabilidade literal da visão. Temos que tomar cuidado em ver no texto o que ele não diz. Por exemplo, Pedro não viu peixes condenados como impuros. Será que seria  isso indicação de que há uma nação que Deus não goste? É claro que não!
 
Se Deus não quis ensinar, com esta visão, que se podia comer de tudo, desde que se fizesse bem à saúde de fato, então por que Deus usou a expressão “abate e come”? E como seria possível Deus ensinar uma verdade através de uma visão que ordenasse a se praticar algo contrário à Lei de Deus?
 
Finalmente, não há dúvidas de que toda a visão tem um mandamento mor, que é pregar às pessoas anteriormente não alcançadas pelo evangelho, mas por trás das linhas, Deus, sem isentar o homem de adorá-lo e glorificá-lo através do que se come, isenta o homem de se preocupar com uma lista, que diga-se de passagem  nem completa estava,  pois faltaram os peixes.  Ou seja, a lista nem era importante, mas muito mais o princípio da Lei por trás dela. É por isso que, para mim, EGW, e os ASD estão equivocados. 
 
MODERADOR – Agora, Fernando Galli fará a sua segunda pergunta ao Prof. Azenilto Brito, o qual dará sua resposta com no máximo 3.000 caracteres, depois Fernando Galli fará a sua réplica e o Prof. Azenilto Brito a sua tréplica, sempre com até 3.000 caracteres.
 
Pr. Fernando Galli (Pergunta 2) – A IASD, através de seus programas pela internet, divulgou uma decisão de aceitação de EGW como mensageira do Senhor, seguida de uma oração. Veja em:
 
https://www.youtube.com/watch?v=lHAprTdmqNU
 
Minha pergunta é: Depois que o Sr. Azenilto Brito passou a aceitar EGW como mensageira INSPIRADA do Senhor, não sei se com oração ou não, o que mudou em sua vida? Qual o seu testemunho pessoal sobre crer nos escritos dela como uma luz menor do que a Bíblia? 
 
Prof. Azenilto Brito (Resposta à Pergunta 2)  Nos comentários paralelos há os que ignoram ostenvisamente o já exposto por mim, e até confirmado pelo entrevistador, como de que NÃO CREMOS EM SALVAÇÃO PELAS OBRAS. Sei quão forte é o condicionamento preconceituoso de quem ainda leva a sério acusadores da nossa fé, com suas distorções do que de fato cremos.
 
E não sei por que dão tanto peso à oração após a declaração referida. A Bíblia diz, “orai sem cessar”. É bom fazer orações sempre, seja pela causa nobre que for. E promover a literatura da Sra. White só fará bem, pois, como na minha experiência pessoal, de que fui indagado, acatar o que a Sra. White ensina só me aproximou da Bíblia e de Cristo, pois suas reflexões sempre visam a conduzir pessoas aos pés da cruz.
 
Indiquei vídeos (espero terem visto) sobre pesquisas científicas que indicam maior saúde e longevidade dos asd’s em comparação com outros grupos populacionais, o que se ressaltou em publicações como “Prevention”, “National Geographic Magazine”, “Time” e reportagens da TV americana. Até o “Fantástico”, da Rede Globo, apresentou curta matéria sobre o tema, algo muito especial, vindo duma mídia reconhecidamente hostil a evangélicos (depois editaram a reportagem, excluindo toda referência aos asd’s).
 
Bem antes de se saber dos males do fumo, Ellen White já apontava aos malefícios desse hábito e a IASD sempre se destacou na ajuda a pessoas a se livrarem de vícios, por programas de recuperação, como o popular “Como Deixar de Fumar Em 5 Dias” e outros.
 
A visão de evangelização de Ellen White coloca a IASD como uma das que maior número de missionários têm no mundo em proporção ao número de membros. As primeiras edições de “Caminho a Cristo” saíram da editora evangélica Revell, de um cunhado de Moody, reconhecendo o seu potencial evangelístico. A IASD atua em mais de 200 países–a que tem mais países penetrados entre todas as denominações cristãs.
 
No campo “profético”, Ellen White advertiu muitas vezes sobre a terrível situação das cidades grandes, onde a criminalidade, vícios, poluição seriam crescentes. E que fossem abandonadas por quantos pudessem. Ainda há dúvidas do acerto de tais conselhos?
 
Agora vemos o Vaticano liderando uma campanha mundial para “salvar o planeta”, promovendo o ECOmenismo. Confirma-se outra previsão de E.G.W.–o domingo sendo mais e mais exaltado e ligado ao bem-estar de todos. O papa Bento XVI numa homilia em Viena, falou que toda a humanidade devia reconhecer a “dimensão ecológica” do domingo.
Vozes se têm erguido para que se pare tudo um dia por semana para preservar a natureza, reduzir a carga de poluentes e ter um lazer familiar socialmente benéfico, etc. Adivinhem qual dia seria escolhido para tal mister! Nunca o mundo esteve mais maduro para uma “lei dominical” global. E vejamos o que trará a nova Encíclica do papa Francisco sobre Ecologia.
 
Eis dados atuais–significativos e “proféticos” -sobre isso por estes dois vídeos:
 
https://www.youtube.com/watch?v=b7GVykOXhBA
 
https://www.youtube.com/watch?v=rIuzZ6aMjYI
 
Pr. Fernando Galli (Réplica) – Não há dúvidas de que homens e mulheres usados por Deus podem nos edificar muito. Não duvido que EGW tenha ajudado muitos a se libertarem do Romanismo apóstata. Mas como palavra escrita inspirada, a Bíblia é suficiente para nos edificar. (2 Tim. 3:16, 17) EGW não precisa ser inspirada para edificar cristãos. Sobre os escritos dela, não consigo admitir a suposta “luz menor”. Não existe luz menor nas Escrituras. Não pode haver duas palavras escritas e inspiradas pelo Espirito. Mesmo que a IASD insista em  afirmar este ponto de vista de que os escritos de EGW não substituem nem  adicionam algo a Bíblia, o membro fiel ali tem a obrigação de crer nela. Mas em diálogos anteriores, o Sr. disse que um adventista pode não crer nos ensinos de EGW. Como é possível que a suposta igreja remanescente permita em seu rol de membros, que haja aqueles que não creem no Espírito de profecia, como concebe a IASD?
 
Também quero afirmar que uma coisa é eu dizer que os escritos de EGW não salvam a ninguém, mas não crer neles, caso sejam de fato inspirados, seria pecar contra Deus e uma evidência de que não se é salvo. Pois se eu creio na Bíblia como inspirada por Deus porque eu sou cristão, então, eu deveria também crer nos escritos de EGW como inspirados se eu sou cristão.
 
Também, todo escrito inspirado por Deus é a palavra de Deus. Apesar das indiscutíveis ajudas para a vida dos adventistas do sétimo dia, se o que EGW escreveu é inspirado por Deus, é também a palavra de Deus. Então, tanto a Bíblia como os escritos de EGW seriam a Palavra de Deus. Não importa se sejam encarados como palavra de Deus, os escritos de EGW, sendo maior ou menor à luz da Bíblia, seriam escritos adicionais à palavra de Deus, a Bíblia. De que adianta os escritos de EGW serem menores em intensidade se são iguais em natureza?Aqui o Texto da Coluna da Esquerda
 
Prof. Azenilto Brito (Trélica)– No exposto até aqui ficou claro que os asd’s não negam a salvação a quem não quiser crer na inspiração da Sra. White. Dizer que não há “luz menor” nas Escrituras prova o quê, neste debate? Os escritos da Sra. White não estão “nas Escrituras” e sim à parte delas. E ela exalta a Bíblia acima de tudo, como visto nestas suas declarações:
 
“O Espírito não foi dado, nem nunca poderá [sê-lo] para suplantar . . . as Escrituras [que] explicitamente declaram que a Palavra de Deus é o padrão pelo qual todo ensino e experiência deve ser testado”. — “O Grande Conflito”, Introd., p. vii.
 
“A Bíblia e a Bíblia só, deve ser nosso credo, o único elo de união; todos quantos se inclinarem a esta Santa Palavra estarão em harmonia. Nossas próprias opiniões e ideias não devem controlar nossos esforços. O homem é falível, mas a Palavra de Deus é infalível. . . . Ergamos a bandeira na qual está inscrita, A Bíblia, nossa regra de fé e disciplina”. — “Mensagens Escolhidas”, Liv. I, p. 416.
 
“Com respeito a infalibilidade, nunca a reivindiquei; Deus somente é infalível. Sua palavra é a verdade, e Nele não há variação, nem sombra de mudança”. – Idem, Liv I, p. 37.
 
* Conclusão: ainda que fosse verdade que a autoridade final de doutrina e prática asd sejam os escritos de E. G. White, eles nos remetem à Bíblia! Então, não há escape: A Bíblia deve ser mesmo o fundamento da fé asd, mesmo quando oponentes distorçam nossas posições.
 
Todas as Igrejas contam com materiais extrabíblicos como “luz menores”, em seus documentos confessionais, comentários e dicionários teológicos, material de ensino à Igreja. Por que não jogam fora isso e se limitam ao texto bíblico? Decerto é por admitirem o valor de tais subsídios.
 
Comparando o evangelismo e ensinos da IASD e batistas do 7o. dia pode-se perceber a vasta diferença entre as duas Igrejas. A última, mais de um século mais antiga do que a IASD, além da questão da validade das leis de saúde, que não adota, carece do dinamismo missionário, visão sobre saúde, condenação a ideias de fundamentação espírita (como a imortalidade da alma) do ministério da Sra. White. O fator EGW sem dúvida explica as razões da enorme diferença entre as duas denominações, com tanto marasmo e falta de dinamismo desses menos atuantes batistas sabatistas, dos quais os asd’s adotaram a verdade do sábado.
 
A IASD está crescendo magnificamente na África e Índia. A Rádio Mundial Adventista transimite o evangelho em mais de 100 línguas, em especial para o “Paralelo 10/40”.
 
Houve há pouco um magnifico esforço evangelístico no Zimbábue, e esperam 30 mil batismos. O vice-presidente do Zimbábue é asd.
 
Na Zâmbia, de cada 8 habitantes, 1 é adventista. A proporção na Jamaica é de 12 para 1. O governador de lá é asd.
 
Quantos sabem que o atual capelão do senado dos EUA é um asd (Barry Black–por sinal, afro-americano)? E que a IASD conta até com um “embaixador” de tempo integral junto à ONU (Dr. Jonathan Gallagher)? E tem até um pré-candidato à presidência dos EUA, Dr. Ben Carson?
 
Agora, o Professor Azenilto Brito fará a sua terceira pergunta a Fernando Galli, o qual dará sua resposta com no máximo 3.000 caracteres, depois o Prof. Azenilto Brito fará a sua réplica e Fernando Galli a sua tréplica, sempre com até 3.000 caracteres.
 
Prof. Azenilto Brito (Pergunta 3) – Os asd’s sempre ocuparam os 1os. lugares em concursos bíblicos, como os brasileiros Israel I. Santos, 3º. lugar (1958); Iolanda A. Silva 1º. (1961); J. Ribamar 7º. (1964) Mariazinha 1º. (1966); Gerda 1º.-(1971); Chico Bíblia 1º (1981), e J. Carvalho 2º. De 12 participantes, 6 eram asd’s. Sem falar dos asd’s estrangeiros.
 
Um oficial da Soc. Bíblica do Brasil que promove os concursos me disse que os asd’s sempre se destacavam (quando sb o Velho Testamento para ser compatível com a finalíssima em Israel). Daí, evangélicos alegavam que os asd’s sempre venciam por serem “especialistas em VT”. Mas passaram a incluir perguntas sobre o NT, e não deu outra–os asd’s continuaram vencendo. Confirma-se que ler os escritos de Ellen White nos conduzem à Bíblia.
 
Acha que quem não analisa o TEOR GLOBAL desses escritos, ou só conhece textos isolados, pinçados maldosamente de seus contextos (como fazem amiúde críticos da IASD) teria condições de fazer julgamento justo sobre a sua obra e nossa mensagem?
 
Pr. Fernando Galli (Resposta à Pergunta 3) – Não há dúvidas de que precisamos saber o todo, ter uma visão geral para darmos uma opinião, ou até um veredicto. No caso das obras de EGW, peguemos a famigerada frase “guardar o sábado importa em salvação eterna”. Por mais que leiamos a IASD afirmar que EGW jamais ensinou salvação pelas obras, esta declaração é no mínimo mal feita, pois dá a entender que quem guarda o sábado terá a salvação. Então, professor Azenilto, o que ela realmente quis dizer com essa frase?
 
Já que temos que analisar o todo, as partes do todo precisam ser explicadas. Neste debate, tenho lido e-mails e coments que o Sr., embora afirme categoricamente: “não cremos em salvação pelas obras, além da fé”, não explicou os textos sobre EGW dizer que devemos depender exclusivamente dos escritos de EGW, segundo ela mesma disse. Ao entender o geral, o todo, é necessário explicar as partes que nos levam a um todo.
 
Creio também, por outro lado, que centros apologéticos têm colaborado muito para uma análise superficial de muitos textos de EGW, como de outras organizações religiosas, e observei também que não são especialistas no assunto, mas pessoas que induziram muitos a um entendimento parcial e preconceituoso. Por exemplo, a IASD crê que Jesus é o Arcanjo Miguel. Não vejo a MENOR heresia nisso, embora não concorde com a interpretação adventista, pois ela considera Jesus como Deus, e Miguel como um título honorífico de Jesus. É bem diferente do miguelzinho TJ, ou seja, um deus criado e menor. Acho uma desonestidade intelectual de apologetas que desconsideram que grandes reformadores criam que Jesus é o Arcanjo Miguel, como Deus agindo como mensageiro do Pai. Por que não chamam de hereges a estes cristãos? Dois pesos e duas medidas. Por isso que, neste site, dou a oportunidade com esses debates de esclarecer pontos divergentes, para que o leitor tire suas conclusões.
 
Eu realmente não creio nos escritos de EGW como inspirados, mas poderia afirmar, sem medo de errar, que ela, mesmo com os equívocos dela, fez ótimas interpretações da Bíblia, enaltecendo o nome de Jesus. Daí, crer que a IASD deveria deixar de crer nela como inspirada por Deus e seus livros o produto dessa inspiração, para crerem que ela teve certo grau de iluminação em seus escritos, como o senhor e eu temos também.
 
Outro ponto é que percebo que há um certo desgaste desnecessário em algumas questões de conflito entre os ASD e os membros de outras igrejas. Exatamente, pela falta de pesquisa mais séria. Muitos problemas seriam resolvidos se entendêssemos que há um vocabulário diferente entre nossas denominações, mas que no final convergem para o mesmo ensino.
 
Para terminar minha respsota, me incomoda demais o fato de os ASD crerem na inspiração dos escritos de EGW. Para mim, não fecha a conta crer na Bíblia como inspirada e regra de fé, e de outro lado eu ter escritos inspirados, ou seja, são palavras de Deus, mas menores em importância. Aliás, o que a IASD tem a dizer sobre os que consideram EGW como papisa, como aquela que, assim como a Igreja Católica Romana, tem a Bíblia e algo mais tão inspirado quanto a Bíblia – a Tradição?

Professor Azenilto Brito (Réplica) – Teria Paulo escrito uma epístola “mal feita” a Timóteo ao lhe recomendar que cuidasse bem da doutrina, “porque fazendo isso te salvarás tanto a ti mesmo, quanto aos que te ouvem” (1 Tim. 4:16)? Se um texto fora de contexto é pretexto para heresia, como é o conhecido dito entre evangélicos sobre a Bíblia, isso se aplica aos escritos da Sra. White. Mas em vez de pretexto para heresia, se usa como pretexto para impugnar toda a sua obra injustamente.
 
O irmão Galli certamente muito se beneficia com sua coleção de obras eruditas, dicionários e comentários bíblicos, revistas teológicas, etc. no seu estudo e entendimento das Escrituras. As obras da Sra. White cumprem o mesmo papel, com a diferença de crermos serem inspiradas por Deus, como se notam mais e mais os seus frutos positivos, sobre que muito falamos acima. Não há concorrência nenhuma com a Bíblia, pois a ela nos remetem e nos ajudaram a ter tantos grandes “campeões” em conhecimentos bíblicos.
 
Agora, vale destacar que não há UMA SÓ doutrina adventista derivada de algo dito ou escrito pela Sra. White. Ela só se manifestava sobre questões doutrinárias após o tema ter sido estudado em profundidade na Bíblia pelos líderes asd’s ou nas assembleias denominacionais oficiais, e um consenso ter-se formado quanto ao correto entendimento. Por isso ela não se manifestou sobre o tema da Divindade, considerado assunto polêmico nos primeiros tempos da história asd. É sabido que muitos dos pioneiros asd’s, oriundos de Igrejas unitarianas, condenavam a visão trinitariana por excesso de zelo–não queriam que tivéssemos nada que supostamente se originara do catolicismo (como se imaginava ser a doutrina da Trindade).
 
Muitos não entendem como ‘funciona’ o dom profético e pensam que a Sra. White viveria num estado a que eu alcunharia PPP (plantão profético permanente), tendo iluminações imediatas a qualquer questão suscitada ou dúvida levantada. Mas não é assim. Ela confessava que em certos debates teológicos entre aqueles irmãos ficava perplexa, sem entender ‘bulhufas’ do que diziam. Ela nunca pretendeu ser uma teóloga. Então, a comparação com o ‘magisterium’ católico é totalmente inadequada.
 
As ideias de uma lei dominical global não foram originadas de visões da Sra. White, como muitos imaginam. Antes, são conclusões de estudos sobre Apoc. 13, 14, 17, 18, etc. sobre o “sinal da besta” (sobretudo por Joseph Bates), que se contrasta com o “selo de Deus” que a Bíblia informa ser o sábado (Eze. 20:12, 20). Os próprios batistas e assembleianos admitem ser o princípio de dedicar um dia ao Senhor.
 
Agora vemos a Ig. Católica mais e mais se empenhando em promover o seu falso sábado, como na Carta Pastoral “Dies Domini”, de João Paulo II, reforçada na recente Encílica ‘Laudato Si’, do papa Francisco.
 
Por sinal, recomendo a todos a magnífica e iluminadora análise do Pr. Moura (que nem conheço), sobre o sentido e implicações desse referido documento papal:
 
https://www.youtube.com/watch?v=c0n8tNfKq7A#t=232
 
Pr. Fernando Galli (Tréplica) – É muito fácil, prof. Azenilto, achar que os escritos de EGW estão fora do contexto. Com respeito a alguns, tudo indica que sim, mas com respeito a outros, eles parecem não rivalizar com as Escrituras, mas terem a mesma autoridade. Todos os que comentam abaixo estão achando que falta uma explicação do porquê as pessoas precisam depender dos escritos dela. 

Sobre o sábado ser o sinal, graças a Deus a Igreja Reformada tem um sábado semanal, ou um sétimo dia, como forma de repousar em Deus de forma especial. E por favor, não confunda “selo”, pois apenas o Espírito Santo é o selo, com sinal. 

Sobre EGW, há doutrinas dela sim fora das Escrituras. Por exemplo, vida fora do planeta terra. A NASA não tem o menor vestígio de que haja lugares no universo para Enoque ter ido morar com pessoas sem pecado. Nada de provas sobre isso, e a Bíblia jamais ensina tal coisa, a menos na mente daqueles que fazem malabarismos textuais como no livro de Jó, onde os ASD pensam que se trata de Adões sem pecado reunidos nos rincões do universo. 

Sobre a Trindade, desculpe-me, mas uma doutrina dessa importância não poderia ter passado em branco, como passou pela mente da Sra. EGW. As igrejas cristãs já a ensinavam a séculos! Deus não deixaria de ter revelado isso a ela, para que a Igreja, a suposta Igreja Remanescente, tivesse uma unidade melhor em torna desse pilar da fé cristã. Usar as origens unicistas de EGW como desculpa para ela não ter enfatizado a Trindade como os cristãos sempre creram não é nada convincente. Já vi ASD dizerem que demorou séculos para a Igreja primitiva formular a doutrina da Trindade, e isto justificaria esse atraso na revelação de Deus. Nada a ver! Uma vez as igrejas já maduras na fé quanto essa doutrina, como a EGW, sendo unicista, faz comentários com pensamento unicista inspirado por Deus? Estranho! Por isso, não vejo muita diferença entre ela e eu, quanto ao que escrevemos. Ela erra, eu também. Nada de inspiração! Só iluminação! 
 
Agora, Fernando Galli fará a sua quarta e última pergunta ao Prof. Azenilto Brito, o qual dará sua resposta com no máximo 3.000 caracteres, depois Fernando Galli fará a sua réplica e o Prof. Azenilto Brito a sua tréplica, sempre com até 3.000 caracteres.

Pr. Fernando Galli (Pergunta 4) – Como EGW contribuiu com a interpretação do papel de Cristo no Santuário Celestial? O que Cristo, de acordo com os escritos de EGW, está fazendo desde 22 de outubro de 1844?

Prof. Azenilto Brito (Resposta à Pergunta 4) – 
Que bom que a Igreja Reformada acata o princípio do sábado! A maioria esmagadora no evangelicalismo contemporâneo prefere o “dianenhumismo” (não mais qualquer regra para se observar um dia–sábado ou domingo). Prevalece, quando muito, algo como um ‘dia meio do Senhor/meio meu mesmo’. Por favor, não deixe de corrigir esses que ignoram, como expus num de meus 1os. textos, as reais origens dessas ideias falsas.
 
Há um amigo seu no Facebook, também da tradição Reformada, que sabe que as coisas são assim, mas não corrige essas noções antiprotestantes, pois se debatedores lá condenam a IASD, agem como apoiadores na sua CONSPIRAÇÃO ANTIADVENTISTA e–como na sujeira da política–silencia por conveniência quanto ao grave erro de adotarem o dispensacionalismo dianenhumista, lamentável!
Os que alegam que eu não respondi devidamente as perguntas a mim dirigidas parecem-me não honrar a própria inteligência: confundem RESPOSTA DADA QUE NÃO AGRADA com RESPOSTA NÃO DADA! Tudo que expus é ainda muito bem documentado nas obras e links indicados. Sobre o ministério da Sra. White, o livro de H. Douglass, “Mensageira do Senhor”, de quase 600 páginas, dá conta de resolver todas essas dúvidas, pois levanta em detalhes a hermenêutica devida para entender os seus escritos e todos os problemas levantados historicamente concernentes a tal literatura.
 
Sobre os pontos doutrinárias destacados em seu último texto, isso sai do âmbito do tema proposto para este debate, mas indico outro livro, “Os Adventistas do Sétimo Dia Respondem a Questões Sobre Doutrinas” que esclarece nossas reais posições doutrinárias, tantas vezes mal compreendidas e/ou distorcidas. Ambas essas obras são da Casa Publicadora Brasileira.
 
Sobre o sábado ser o selo de Deus, isto é bíblico—Eze. 20:12, 20. Mas discutir o tema também fugiria aos limites da discussão. Para um exame em detalhes sobre isso, eis um endereço com estudo amplo da questão, especialmente sob o título, “Teria o Espírito Santo Substituído o Selo de Deus”? A exposição que se segue demonstra que não:
 
http://www.c-224.com/Sinal-de-Deus.html
 
Espero que tenham visto os vídeos todos que indiquei. Este último trata de algo muito importante entre as predições da Sra. White, embora um conceito não originado por ela, como da futura Lei Dominical global que definirá os que portarão, seja o selo de Deus ou o “sinal da besta”. Vejo o claro cumprimento disso em nossos dias.
 
A proposta de um vereador para uma lei dominical municipal destaca-se como “modelo” de muitas que em breve surgirão por aí: significativamente,
 
a) faz menção à campanha semelhante mobilizada pelo papa a nível global;
b) tem apoio dos presbiterianos em tal causa:
 
https://www.youtube.com/watch?v=b7GVykOXhBA
 
Quem viver verá como se cumprirá TAMBÉM essa predição a que a Sra. White deu muita ênfase. É de se esperar que daí seja tomada a posição certa nesse dilema final entre ser portador do selo de Deus ou do “sinal da besta” (até supostamente para “salvar o planeta”, como na campanha papal).
 
Pr. Fernando Galli (Réplica) – Prof. Azenilto, os livros que o Sr. citou apenas corroboram as crenças de EGW que não estão na Bíblia. Não dão provas bíblicas de que, por exemplo, há vida em outros planetas. Fico imaginando como se pode, por exemplo, achar que EGW ensinou que Deus teria revelado a ela o dia da volta de Cristo, numa de suas visões, mas que depois Deus teria permitido que ela esquecesse. Ou seja, num dado momento, por um período de tempo, Mateus 24:36 e Marcos 13:32 deixaram de ser verdade, pois além de apenas o Pai (Deus) saber o dia e a hora, houve uma Sra. que soube. Se EGW apenas era inspirada ao interpretar assuntos bíblicos, como uma profetisa de Deus poderia ter ensinado uma negação de que apenas Deus sabe do dia e da hora?
 
Professor Azenilto Brito (Tréplica) – A obra da Sra. White é bem vasta, com 2.000 páginas. O espaço limitado aqui só permite abordar parcela mínima de sua produção de instruções para a Igreja sobre diversas matérias, textos devocionais e de caráter mais teológico e profundo.
 
Os links e vídeos que indicamos aqui compensam a falta de espaço e constitui a DEFESA de ATAQUES surgidos, como demonstrado no início, de claras distorções de gente desonesta e preconceituosa, descontextualizando o seu material.  E apresentei PROVAS DOCUMENTAIS indiscutíveis, não meras “desculpas esfarrapadas”. É só reler os meus 2 textos iniciais, em especial o segundo.
 
Quem tem um mínimo senso de justiça não se apegará ao que dizem os mestres do engano e da mentira sobre o ministério da Sra. White, falando-lhes “coisas agradáveis aos ouvidos”. Se em seus ouvidos há a comichão do preconceito, o problema não está com Ellen White ou a IASD, mas com os maus sentimentos desses.
 
Sobre o que levantou por último, nos tempos finalíssimos da história da Terra quando os crentes, ao sofrerem intensa perseguição (após a Lei Dominical global cujos contornos já vemos se configurando como demonstramos com vídeos significativos), ante situação angustiosa como nunca houve na Terra (Dan.  12:1; Mat. 24:21, 22), imaginando não haver saída, ouvirão o tempo exato da volta de Cristo. Não há nenhuma “data marcada” em tal declaração, reparou?!
 
Indo atrás um pouco, a declaração da Sra. White sobre não se dever mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens  temos mais exemplo de citações distoridas no “Primeiros Escritos”. O contexto é muito claro em dizer que não é de seus livros que ela está tratando,e sim das 3 mensagens angélicas de Apoc. 14. A frase logo anterior ao texto citado diz: “Foram me mostrados três degraus–a primeira, a segunda, e a terceira mensagens angélicas.”  E a frase logo posterior: “De novo fui conduzida às três mensagens angélicas…”
 
Vemos aí mais uma vez o tratamento nada recomendável de tomar trechinhos e distorcer o sentido ignorando o real contexto do que é dito por Ellen White.
 
A obra dela completa a Reforma que Lutero, Calvino, Wesley iniciaram, mas deixaando muito a desejar. Hoje temos um protestantismo que não mais protesta, com luteranos e metodistas assinando acordo de entendimento sobre justificação pela fé com o Vaticano que devem ter feito Lutero, Calvino e Wesley se revolverem na tumba. E temos o ecumenismo da liderança pentecostal dos EUA, representando milhares de outros crente, orando em línguas p/abençoar o papa, e depois solicitando audiência (concedida) para uma visita “ecumênica”. Estão em claro “modo de colaboração”, prontos para aceitar medidas importantes propostas pelo chefe do catolicismo, como o que contém a Encílica “Laudato Si”. E é assim que as coisas claramente começarão a ”esquentar”, com o Decreto Domincal Global se confirmando mais e mais. Eis os links:
 
https://www.youtube.com/watch?v=bFCtOKlWAC8
 
http://www.news.va/pt/news/o-encontro-do-papa-com-pastores-pentecostais
 
Agora, o Professor Azenilto Brito fará a sua quarta pergunta a Fernando Galli, o qual dará sua resposta com no máximo 3.000 caracteres, depois o Prof. Azenilto Brito fará a sua réplica e Fernando Galli a sua tréplica, sempre com até 3.000 caracteres.
 
Prof. Azenilto Brito (Pergunta 4)  – A Reforma Protestante não prosseguiu “protestando” como devia ao longo da história, com o crescente ecumenismo, liberalismo de igrejas oficializando o ‘casamento gay’ (como os presbiterianos nos EUA), teologias negadoras do criacionismo, acordos firmados entre anglicanos, luteranos e metodistas com a Ig. Católica sobre pontos de doutrina e prática, líderes pentecostais abençoando o papa em línguas, depois o visitando, notando-se claramente o “modo de cooperação” em que se acham esses ‘ex-protestantes’, e que abarcará mais e mais denominações até–como previsto em Apoc. 13–definir-se quem tem o selo de Deus (fiel respeito ao sábado) e o sinal da besta (aceitação da imposição, por lei ou conveniência, de legislações civis com base na tradição dominical, originada no catolicismo, e antibíblica), tudo isso não cumpriria predições da Sra. White de uma “lei dominical” global, já perceptível  nas últimas encíclicas papais e campanhas municipais pró-respeito ao domingo no Brasil e pelo mundo?
 
Pr. Fernando Galli (Resposta à Pergunta 4)– Professor Azenilto, usar exemplos de quem foge dos ideais da reforma não prova que não há verdadeiros reformados em nossos dias. E a nossa base para determinar se reformamos o que era necessário e continuamos nesse ideal não é a comparação com a IASD, mas com a Bíblia. Aliás, eu não sei que reforma teria sido feita na IASD nas mãos de uma senhora que chegou a ponto de escrever que teve uma visão em que ela e até os 144 mil ficaram sabendo do dia do fim, mas depois ela, saindo do transe, não se lembrava mais. Graças a essa visão, os ASD entendem que Deus, no tempo do fim, dará um consolo a seu povo sofrido e os fará saber o dia da volta de Jesus. Em momento algum da Bíblia se abre o precedente para um ser humano saber o dia e a hora. (Mateus 24:36) Mas a Sra EGW garante: “Não tenho o mais leve conhecimento quanto ao tempo anunciado pela voz de Deus. Ouvi a hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que saí da visão”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 76.
 
Então, EGW ensina sim doutrinas e interpretações fora das Escrituras. Se erra a esse ponto, erra em prever que eu, protestante fiel, juntamente com meus irmãos reformados, nos uniremos ao catolicismo, a esse sistema corrompido por heresias. Jamais haverá um lei dominical imposta a todas as religiões, Desculpe-me, mas nem eu, nem o senhor, e nem ninguém veremos isso se cumprir. 
 
Todavia, nosso sabbat é o domingo, e apreciamos que seja assim, o nosso sétimo dia, e o guardamos sem legalismos, sem as cerimônias da Lei, mas respeitando a sua essência: Tudo que fazemos no nosso sabbat, o fazemos para a glória de Deus.
 
Prof. Azenilto Brito (Réplica) – Sobre a “data marcada” da vinda de Cristo expliquei como NÃO HOUVE QUALQUER DATA MARCADA, assim não há que discutir isso. Paulo diz que “o espírito dos profetas está sujeito aos profetas” (1 Cor. 14:32). O ministério da Sra. White deve ser analisado dentro do quadro mais amplo dos muitos benefícios espirituais e mesmo materiais de sua obra, como apresentados nos meus textos acima, e fatos isolados e descontextualizados não impugnarão esse ministério.
 
E cuidado! Não seja tão dogmático sobre JAMAIS haver uma lei dominical global, pois isso se confirma mais e mais. Ela virá no contexto do crescente prestígio do Vaticano hoje. Quem pensa que a Ig. Católica perdeu sua força e prestígio dados os escândalos passados de homofilia e finanças não nota a “volta por cima” da atual liderança católica.  Shimon Perez, líder de Israel, disse que deviam fundar uma ONU religiosa sob a chefia do papa. Além dos acordos firmados com as igrejas protestantes, já mencionados, tem havido significativas reuniões de oração entre católicos e crentes carismáticos, em Roma mesmo, e até de católicos com MUÇULMANOS! Para quem não sabe, o Corão, livro santo do Islã, tem mais menções a Maria do que a Bíblia–elo de ligação entre as duas fés. Muitos fatos indicam isso com documentos que posso encaminhar a quem me solicitar.
 
Neste setembro próximo o papa falará ao Congresso americano e abordará a questão climática de que o Vaticano se apresenta grande campeão.  Cuba e EUA serão reatando relações graças à intervenção do papa no assunto.
 
A última Encíc. Papal saiu de propósito antes da cúpula decisiva em Paris em dezembro e autoridades dizem: “agora não podemos falhar” (como nas reuniões havidas em Kioto, Copenhagen, Rio-I e II, Lima). Tem-se que chegar a UM ACORDO GLOBAL para resolver o problema ecológico do mundo e “salvar o planeta”. Nesse contexto é que entraria o respeito ao domingo, o falso sábado, sinal de autoridade do catolicismo para impor feriados religiosos à sociedade, como o próprio documento protestante, Confissão de Augsburgo, de 1530, art. 28, acentua.
 
 “The Guardian”, jornal britanico, sugeriu que no domingo se pare todo trânsito de veículos para mitigar a poluição ambiental:
 
http://www.guardian.co.uk/environment/cif-green/2009/sep/17/low-carbon-sunday
 
Sobre o domingo ser o “dia do Senhor”, sua contradição é evidente pois se insiste tanto que a Bíblia seja a palavra final de doutrina e prática, onde há qualquer prova bíblica de que:
 
a – o domingo tomou o lugar do sábado por ordenança divina;
b – o suposto novo “dia do Senhor” dominical pode ser observado de modo mais ‘light’, nele podendo-se comprar, vender, ver o esporte no estádio ou na TV?
 
Quem está por detrás dessa “lei dominical” não é esta ou aquela Igreja, mas o mesmo ser que sempre se empenhou em desviar o povo de Deus da genuína adoração. Os caps. 13, 14, 17 e 18 do Apocalipse mostram que o conflito final sobre a Terra se dará em função da GENUÍNA versus FALSA adoração. Sábado ou domingo, está será a futura questão. . .
 
Pr. Fernando Galli (Tréplica) – Professor Azenilto, o método está acima do princípio, ou o princípio acima do método? Não vemos problema algum em guardar ao Senhor um dia especial dentre sete. Pode ser a quinta, a sexta, qualquer dia da semana, desde que haja esse dia, Deus se agrada. Não imagino um deus com relógio de pulso, exigindo que seja das 18h às 18h do dia seguinte. Para Israel, era o pôr do sol. E para o polo Norte, com seis meses de escuridão? E o que dizer dos sábados cerimoniais que caíam em outros dias da semana? Por que foram chamados de sábados se caíam em outro dia da semana? Cuidado Prof. Azenilto.
 
Sobre guardar o sábado certinho, como em Israel, o Sr. acende o fogão no dia de sábado? Usa serviços de terceiros, como pegar õnibus no sábado, sendo que o cobrador e o motorista trabalham para o senhor? Vai ao hospital pedir ajuda ao médico, utilizando os serviços da recepcionista (que não é a médica)? Usa telefone, valendo-se dos serviços dos operadores que mantém, no sábado adventista, tudo funcionando? Se o carteiro bater à sua porta às 18:01 da sexta, atende ele ou não? Sobre assistir jogo, qual a diferença entre ver um programa sadio e olhar a paisagem pela janela de sua casa? É a eletricidade que muda a questão, as ondas de TV? 
 
Sobre EGW dizer que ela soube por um momento do dia da volta de Cristo, ela disse isso sim, mas disse que depois da visão não se lembrava mais. A partir dessa visão, os ASDs afirmam que Deus revelará aos santos, como consolo, o dia do fim. EGW ensina isso! Como os ASD ousam a dizer que EGW jamais adicionou doutrina à Bíblia? Onde está esta doutrina nas Escrituras que os servos de Deus saberão o dia do fim? Todos estes ensinos põem em xeque a suposta inspiração de EGW. Mas não estou afirmando que ela só ensina coisa errada. Há ótimos comentários dela, que certamente abençoam vidas. 
 
CHEGAMOS AO FINAL DO DEBATE.  Cada debatedor terá até 3 mil caracteres para fazer suas considerações finais.
 
Pr. Fernando Galli (Considerações finais) – Quero agradecer muitíssimo ao Prof. Azenilto Brito pela paciência de ter debatido comigo. Gostaria de que todos lessem e assistissem aos textos e vídeos sugeridos pelo Prof. Azenilto durante este debate. Muitos, devido ao preconceito, partem do princípio de que se trata de besteirol, mas não é o caso. A IASD tem de forma muito séria desafiado a todos a rever conceitos, portanto é justo e correto que averiguemos mais a fundo quem se aproxima mais da verdade dos fatos.
 
Sobre o debate, creio ter sido ele muito instrutivo e de alto nível, sem ofensas, como deve ser todo o debate. 
 
Ainda sobre o debate, pergunto aos leitores imparciais: Quem respondeu mais às perguntas de forma coerente? Houve perguntas que não foram respondidas? Ao analisar os vídeos e os textos que o Prof. Azenilto pediu para lermos, pois o espaço aqui era pequeno para ele dar todas as respostas, achou convincente? O que dizer de minhas respostas? Falhei em algum ponto?
 
Peço a todos que, com sinceridade, deem-nos um feedback. Este debate teve mais de 28 mil visualizações. Foi muito boa a repercussão. Peço a Deus por nossas vidas, a do Prof. Azenilto e a minha, e que cada dia mais nos aproximemos mais de Cristo e da verdade dos fatos. Muito agradecido pelo Sr., Prof. Azenilto. Minhas cordiais saudações. 
 
Professor Azenilto (Considerações Finais) – O prazer foi meu em participar deste debate, civilizado e esclarecedor quanto aos reais ensinos e sentimentos dos adventistas ante distorções e falsas alegações de analistas mal informados e/ou mal intencionados. Os últimos responderão no dia final por suas palavras vãs sobre nossa fé (Mt. 12:36).
 
Creio que minha divulgação dele no Facebook contribuiu para o alto número de visitas. Tomara que levem a sério a recomendação do ir. Galli em ver os vídeos e os links indicados, em especial os dos Centro White onde se explicam as questões pendentes sobre o profícuo e abençoado ministério da Sra. White, entre as quais a declaração sobre o dia e hora da volta de Cristo nos tempos finalíssimos da história da Terra quando os que se mantiverem fiéis à Palavra de Deus, não aceitando o falso sábado que será imposto por lei sobre todos, estiverem na maior angústia.
 
No final houve desvio do tema, mas mostrei como o protestantismo realmente não mais protesta hoje. E por falta desse crescimento “na graça e conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” é que temos os fatos mencionados–luteranos e metodistas assinando acordos doutrinários com o Vaticano que fariam Lutero e Wesley estremecer em suas tumbas, líderes carismáticos orando em línguas para abençoar o papa, depois o visitando, nações de origem protestante com populações inteiramente desinteressadas por religião, embora a cultura protestante os tenha colocado em grande progresso e avanço educacional (ex.: as nações escandinavas).
 
Entre os fracassos do protestantismo em não mais protestar como devia não houve os avanços que o adventismo surgiu no mundo propondo, graças em grande medida ao ministério profético da Sra. White. Entre os principais pontos–a falta de reforma da saúde pela incompreensão da Bíblia a respeito das leis divinas sobre alimentos, o domingo da tradição católica-romana adotado e promovido, findando no “dianenhumismo”, a crença na doutrina da imortalidade da alma que não aproxima ninguém de Jesus Cristo, e sim dos conceitos pagãos de onde deriva.
 
Sobre o tema do sábado, e como abrangê-lo aqui não seria possível pela limitação de espaço (quem sabe outro debate poderia ser aberto a respeito), temos 40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da lei e do sábado. Vejam por este link:
 
http://forumevangelho.com.br/t4916-40-perguntas-para-resposta-e-ou-reflexao-e-estudo-sobre-o-tema-da-lei-e-do-sabado
 
Aliás, um jovem apologista evangélico se dispôs a responder o questionário, mas demos a réplica, faltando alguém que dê tréplica:
 
http://forumevangelho.com.br/t5030p45-minha-resposta-as-40-perguntas-verdadeiramente-tira-teima-sobre-o-tema-da-lei-divina-e-do-sabado
 
E eis outro questionário com 30 perguntas aos que creem na doutrina da imortalidade da alma, que é antecedido por uma iluminadora CONCATENAÇÃO DE TEXTOS que vão aos ALICERCES do ensino bíblico sobre a formação do homem
 
http://forumevangelho.com.br/t4529-perguntas-pertinentes-aos-crentes-na-imortalidade-da-alma.
 
Deus abençoe e ilumine a todos.
 
MODERADOR – Queremos agradecer a participação dos dois debatedores. Se você gostou do debate, recomende a outros.
=== FIM ==