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INTRODUÇÃO

Os movimentos heterodoxos de alguma forma retiram algo da pessoa de Cristo, de sua divindade, humanidade, obra, atributos. Podem também dividir os méritos de Cristo em nossa salvação com uma criatura. Ou vão além do que o próprio Cristo ensinou.

CATOLICISMO ROMANO – A HÓSTIA E O VINHO TORNAM-SE, NA EUCARISTIA, SUBSTANCIALMENTE O SANGUE E O CORPO DE CRISTO.

“No santíssimo Sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeira, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo.’” [1]

Argumento Católico Romano – “Jesus disse que quem comesse do seu corpo e bebesse do seu sangue teria a vida eterna (João 6:54) Ele estava se referindo ao pão e ao vinho transubstanciados, pois disse sobre eles: ‘Isto é o meu corpo’ e ‘isto é o meu sangue’. – Mateus 26:26:28.”

RESPOSTA CRISTÃ – Jesus usou muitas vezes o verbo ‘ser’ em sentido simbólico. Dizia “eu sou a porta” (João 10:7, 9), “eu sou a luz do mundo” (João 8 :12), “eu sou a verdadeira videira” (João15:1), mas o verbo ser aqui tem a acepção de “significar”, não de “ser literalmente”.

Comer do seu corpo’ e ‘beber do seu sangue’ são formas de se dizer que “assim como os alimentos físicos nutrem e sustêm a vida física, assim também o corpo e o sangue de Cristo nutrem a vida espiritual. Aqui, o que temos é a doutrina do derramamento voluntário do sangue de Cristo, como resgate para a salvação dos crentes”. [2]

O apóstolo João, no Apocalipse, teve uma visão dele mesmo comendo um livro, doce como o mel, mas depois se torna amargo. Era um símbolo dos efeitos daquela mensagem na vida dos crentes. (Apocalipse 10:8, 10) Ele nunca comeu um livro literalmente.

IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA – AOS 22 DE OUTUBRO DE 1844, JESUS INICIOU A OBRA DO JUÍZO INVESTIGATIVO. 

“Há um santuário no Céu, o verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não seres humanos. Nele Cristo ministra em nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de seu sacrifício expiatório oferecido uma vez por todas na cruz. Em sua ascensão, Ele foi empossado como nosso grande Sumo Sacerdote e começou seu ministério intercessório, que foi tipificado pela obra do sumo sacerdote no lugar santo do santuário terrestre. Em 1844, no fim do período profético dos 2.300 dias, Ele iniciou a segunda e última etapa de seu ministério expiatório, que foi tipificado pela obra do sumo sacerdote no lugar santíssimo do santuário terrestre. É uma obra de juízo investigativo, a qual faz parte da eliminação final de todo pecado, prefigurada pela purificação do antigo santuário hebraico, no Dia da Expiação. Nesse serviço típico, o santuário era purificado com o sangue de sacrifícios de animais, mas as coisas celestiais são purificadas com o perfeito sacrifício do sangue de Jesus.” [3]

Argumento Adventista – “Lemos em Daniel 8:14 que depois de 2300 tardes e manhãs, ou seja, 2300 anos, contados de 457 a.C. a 1844 d.C., o templo seria purificado. Assim, Jesus inicia em 22 de outubro de 1844 a obra de purificar dos livros celestiais o registro dos pecados dos verdadeiros crentes.”

RESPOSTA CRISTÃ – No início do movimento, os ASD haviam previsto que Jesus voltaria em 22 de outubro de 1844. Como isso não ocorreu, a reação dos pioneiros deste movimento foi a mesma de toda seita que prevê a volta de Cristo e se decepciona: “Acertamos a data, mas erramos o acontecimento”. Passaram a ensinar que Jesus, em vez de voltar para a terra, ele entrou no Santíssimo Celestial e iniciou o tal juízo investigativo. Mas esta doutrina adventista não se encontra na Bíblia. Nem Jesus, nem os apóstolos a mencionaram.

Todas as etapas da vida e obra de Cristo são mencionadas na Bíblia. Sua eterna existência com o Pai antes de haver mundo (João 1:1-3; 17:5), sua participação na criação (Gênesis 1:1, 26; Provérbios 8:22-31; Colossenses 1:15, 16), sua vinda na terra (João 3:16), sua morte e ressurreição (Mateus Cap. 27 e 28), mas não uma menção ao juízo investigativo. Como poderiam os cristãos entre o ano 33 e 1844 terem morrido sem saber de uma suposta última etapa da obra de Cristo?

Daniel 8:14 fala das 2300 tarde e manhãs, que são 1150 dias com uma tarde e uma manhã cada um. Etíoco Epifânio, Rei da Dinastia Selêucida, havia profanado o templo em Jerusalém. Ele chegou a sacrificar um porco ali, algo deplorável para os judeus. Mas Daniel 8:14 predizia que em 1150 dias isso acabaria. E assim se deu. Nesse período, Judas Macabeus derrotou tal Rei e purificou o templo.

O templo (ou santuário) de Daniel 8:14 não pode ser lá no céu, pois em Daniel 8:11 diz que aquele que tornou o templo impuro tirou o holocausto contínuo do mesmo santuário que é purificado em Daniel 8:14.

MORMONISMO – O JESUS DOS MÓRMONS NÃO FOI GERADO PELO ESPÍRITO SANTO, ERA POLÍGAMO E HOJE AINDA É CHAMADO DE IRMÃO DO DIABO.

“Quando a virgem Maria concebeu o menino Jesus, o Pai o tinha gerado à própria semelhança. Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo.” [4]

“Se todos os atos de Jesus fossem escritos, sem dúvida saberíamos que essas mulheres amadas (Maria, Marta e Maria Madalena eram suas esposas […] o Filho seguiu o Pai, e chegou a ser o grande noivo com quem as filhas dos reis e muitas mulheres honradas tinham de ser casadas.” [5]

“Quanto ao Diabo e seus espíritos-amigos, eles são irmãos do homem e também de Jesus e dos filhos e filhas de Deus, no mesmo sentido que nós somos.” [6]

Argumento Mórmon – Deus revelou a Joseph Smith e seus sucessores que assim como nós precisamos casar e selar nosso casamento nos céus, pois lá continuaremos casados, Jesus, gerado pelo Pai e não pelo Espírito Santo, também passou por esse mesmo processo aqui na terra, casando-se.

RESPOSTA CRISTÃ

O ‘Jesus’ dos mórmons é um outro Jesus, não o da Bíblia. – 2 Coríntios 11:4.

A Bíblia é muito clara em afirmar que o nascimento de Jesus se deu por obra do Espírito Santo. – Mateus 1:20.

Os mórmons creem que Jesus é irmão do Diabo porque afirmam que Jesus um dia foi criado para viver nos céus, e para se tornar Deus teve que nascer num habitat físico. A Bíblia jamais ensina que para Deus ser Deus foi preciso ter sido homem.

Nada nas Escrituras apontam que Jesus tenha casado.

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ – O “JESUS TJ” NÃO É O DEUS VERDADEIRO, MAS O PRIMEIRO FILHO CRIADO POR JEOVÁ (PRIMOGÊNITO).

“Jesus é na verdade Deus? RESPOSTA: Não. Jesus nunca se considerou igual a Deus. Pelo contrário, ele repetidas vezes mostrou que era submisso a Jeová. Por exemplo, referiu-se a Jeová como ‘meu Deus’ e “o único Deus verdadeiro”. (Mateus 27:46; João 17:3) Somente alguém subordinado a outra pessoa usaria expressões assim para se referir a ela. Um funcionário que se refere a seu empregador como “meu chefe” ou “o responsável” está assumindo claramente uma posição inferior.” [7]

Argumento TJ – “Jesus Cristo é “o primogênito de toda a criação”, bem como “o primogênito dentre os mortos” — não só o mais destacado em relação aos que foram criados ou ressuscitados, mas realmente o primeiro a ser criado e o primeiro a ser ressuscitado para a vida infindável. (Col 1:15, 18; Re 1:5; 3:14)” [8]

RESPOSTA CRISTÃ – A Bíblia ensina sim que Jesus se considerava igual a Deus. Lemos em Filipenses 2:5-8 que Jesus não se agarrou ao fato de ser igual a Deus, mas se humilhou e veio até nós.

Na Trindade, temos Três Pessoas distintas num só Deus. As Três Pessoas são iguais em natureza divina (pois são o mesmo Deus), mas são diferentes em posição. O Pai é o cabeça da Trindade (1 Coríntios 11:3) pois envia tanto o Filho como o Espírito Santo. (João 3:16; 15:26) Assim, o Filho e o Espírito Santo são submissos ao Pai, mas isso não muda em nada a natureza divina. Submissão não é prova de inferioridade de natureza. O mesmo ocorre entre marido e mulher. A esposa é submissa ao esposo, mas isso não a torna menos humana que o esposo. – 1 Coríntios 11:3. Na Trindade: O Filho e o Espírito Santo são submissos ao Pai, mas isso não os torna menos Deus que o Pai.

Jesus é o primogênito da criação por ser o criador dela e seu herdeiro. (Hebreus 1:1, 2) O próprio texto de Colossenses 1:15, 16 explica o motivo de Jesus ser o primogênito da criação: “pois por meio dele foram criadas todas as coisas”, e não porque foi criado.

Jesus não pode ser criatura porque ele existe com o Pai antes da fundação do mundo (João 17:5) e ele é a sabedoria de Deus em Provérbios 8:22-31 usada na criação de tudo. Por isso Paulo diz que Jesus é a sabedoria de Deus. (1 Coríntios 1:24) Assim como Deus jamais criou sua sabedoria, Jesus também nunca foi criado.

Em João 1:1-3, Jesus é o verbo que era Deus e estava com Deus antes de criar tudo. E Tomé reconheceu a Jesus como “meu Senhor e meu Deus”. – João 20:28.

ESPIRITISMO KARDECISTA. – JESUS NÃO É DEUS, MAS UM ESPÍRITO CRIADO QUE REENCARNOU MUITAS VEZES EM OUTROS PLANETAS PARA SE TORNAR UM ESPÍRITO PURO E UMA ÚNICA VEZ NA TERRA PARA CUMPRIR UMA MISSÃO.

“Desse modo, de acordo com a Doutrina Espírita, Jesus só encarnou uma vez na terra, a fim de cumprir sua missão messiânica nas terras da Judéia, levando, segundo informações espirituais, cerca de mil anos de preparação para essa encarnação, não havendo outras reencarnações do Cristo aqui. Logicamente como um Ser cuja evolução vem de bilhões de anos ele deve ter passado pelos mesmos processos evolutivos que nós nesse momento, em algum planeta que provavelmente nem exista mais, reciclado na poeira cósmica do tempo.” [9]

Argumento Espírita Kardecista – “Jesus é um espírito que evoluiu, e recebeu melhores posições, a cada reencarnações. – Filipenses 2:9-11.”

RESPOSTA CRISTÃ – Em vez de evoluir. Jesus é o mesmo hoje, ontem e eternamente. – Hebreus 13:8.

Em momento algum a Bíblia ensina que Jesus ficou se preparando por mil anos para vir à terra. Isso é ensino que não dá a oportunidade para o seguidor sequer comprovar. Ou ele crê ou não crê, sem ter prova alguma.

Em momento algum lemos em Filipenses 2:9-11 que Jesus evolui devido a cumprir suas missões em suas reencarnações. Mesmo porque o Espiritismo Kardecista ainda apregoa que Jesus tem muito a evoluir em outros mundos, mas Filipenses 2:9-11 diz que Deus dá a Jesus o nome que está acima de todo nome, provando que Ele é Deus e passa, após sua missão na terra, a ser reconhecido assim pela Igreja: Como superexaltado, de uma forma transcendentemente gloriosa[10], a ponto de todo o joelho se dobrar diante dele, o que o torna Deus, não uma criatura que evolui através de reencarnações.

CONCLUSÃO

Existem muitas outras heresias contra a Pessoa de Jesus Cristo. Umas afirmam que Jesus é um ser impessoal, um Cristo cósmico, como apregoam movimentos novaeristas e a Ciência Cristã. Todavia, se Jesus não tivesse sido uma pessoa real, eles não teriam ensinado essas heresias sobre Jesus, pois nem saberiam da existência dele.

Outros grupos afirmam que Jesus já encarnou novamente. Por exemplo, no ano de 2004, um sujeito ex-pastor batista surgiu com a ideia de que ele era a encarnação de Jesus Cristo, homem, e afirmava que em 30 de junho de 2012 ele e toda a sua igreja seriam transformados em corpos atômicos nucleares. É óbvio que isso não aconteceu, e para piorar a situação dessa seita maluca, o tal “jesus-cristo-homem” morreu dois meses depois de Cirose. E há uns cinco anos, veio para o Brasil uma seita chinesa chamada Igreja do Deus Todo-Poderoso. Eles ensinam que Jesus encarnou novamente aqui na terra, mas desta vez na China, e numa mulher, só que ela nunca aparece, óbvio. Negam a Trindade e a divindade de Jesus.

Isto só reforça, então, a necessidade de conhecermos mais a Palavra de Deus e evangelizarmos adeptos dessas seitas. – Pr. Fernando Galli.

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[1] Catecismo da Igreja Católica, p. 379, Item 1374, Edições Loyola: São Paulo, 1999.

[2] William Hendriksen. Comentário do Novo Testamento – João, p. 317. Cultura Cristã : São Paulo, 2004.

[3] Casa Publicadora do Brasil. Nisto Cremos, p. 381. Versão Online.

[4] Journal of Discourses, Volume 1, 1852, p. 51.

[5] Orson Pratt, The Seer, (Washington D.C.: n.p., 1853-54), pp. 159, 172.

[6] John Henry Evans, An American Prophet, Nova York, NY: Macmilan, 1933, p. 241.

[7] Torre de Vigia. A Sentinela de 1 de abril de 2012, p. 5.

[8] Torre de Vigia. Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume III, p. 328.

[9] Internet: https://jeflemos.wordpress.com/2011/08/28/as-reencarnacoes-de-jesus/

[10] William Hendriksen. Comentário do Novo Testamento – Efésios, Filipenses, p. 485. Cultura Cristã : São Paulo, 2004.