PERGUNTA – Por que existem pessoas exclusivistas e fanáticas em suas igrejas?

RESPOSTA CRISTÃ – Antes de responder a pergunta, uma colocação importante: Todo exclusivista, de carteirinha, é fanático, mas nem todo fanático é exclusivista. Por exemplo, uma pessoa pode achar que todas as igrejas cristãs são de Deus, portanto não ser exclusivista quanto à placa de igreja, mas ela pode agir com fanatismo, entre seus irmãos de fé.

Tanto o exclusivismo quanto o fanatismo tem suas origens no pecado, o qual traz certos problemas emocionais. Se não tratados com aconselhamento bíblico e/ou terapia, a pessoa tenderá a buscar um meio de fuga para esses distúrbios. Infelizmente, muitos buscam na fé essa fuga, mas não se encontram com Cristo; se encontram com seu ego. Muitos desses problemas emocionais serão somados a decepções religiosas passadas. 

Por exemplo, uma pessoa que não teve seus talentos reconhecidos em igrejas anteriores, ou outra que sofreu abuso religioso por anos, ou ainda outra que foi excluída injustamente do rol de membros – tudo isso fica latente no subconsciente da pessoa. Quando ela se depara com um grupo de pessoas fanáticas e exclusivistas, então ela corre um sério risco de ser enganada, tanto por influência maligna como por influência da argumentação típica de um grupo sectário. E todo grupo sectário exclusivista e fanático prepara muito bem seus adeptos para provar que apenas eles são corretos. Daí, começa a doutrinação, a pessoa neófita não resolveu seus problemas com a igreja anterior, no fundo ela quer dar o troco, se vingar, se autoafirmar diante de seus antigos irmãos, e nada melhor do que unir o útil (desejo de se autoafirmar perante os outros) com o agradável (com toda boa intenção cair na lábia dos doutrinadores). Pronto! Mais um sectário.

A partir daí, o neófito vai galgar posições em seu grupo religioso, crescer naquela fé, e por um processo de doutrinação das mais claras lavagens cerebrais, ele sente, segundo ele, um chamado de Deus (eu chamo isso de comichão religioso de vingança), e passa a pregar a todos que achou a única religião verdadeira.

Em alguns casos, essa pessoa se torna vítima de algo como uma Síndrome Apologética Compulsiva Obsessiva. O indivíduo se torna insuportável. Ele aproveita todas as ocasiões possíveis para provar que sua Igreja é a única certa. Se devolverem troco a mais para ele no caixa de um banco, ele devolve dizendo que devolveu por ser membro da única religião verdadeira (como se só pessoas da Igreja dele agissem com honestidade). Ou se ouve seus vizinhos brigarem, ele lá corre para dizer que não briga com a esposa por ser da única religião verdadeira. 

O tempo vai passar e esse exclusivismo fanático poderá ser capaz até de mudar seu conceito sobre pessoas de sua família que não aderiram à fé dele. A liderança facilmente o convence de que sua família é do mundo, do diabo, e ele é de Deus. 

Em outros casos, há pessoas que estão dispostas a morrer em nome de uma interpretação do seu livro sagrado ou de suas revistinhas religiosas. Uns evitarão doar sangue para salvar uma criança, outros porão bombas no tórax, outros vão fazer jejum acima de 72 horas, outros vão cuidar mais de sua própria fé do que de sua própria família, etc, – tudo isso para que as chances de ele ser salvo possam aumentar. 

Ainda, outros se deixarão, com muita facilidade, ser doutrinados no exclusivismo fanático devido ao modo “amoroso” com que seus novos irmãos lhe tratam. E realmente esses grupos são mestres nessa área afetiva. Que amor! Pelo menos até que um dia a pessoa comece a discordar do movimento.

Quero destacar também que não são apenas problemas emocionais a causa de tudo. Há também o fator de espíritos maus, obsessores, que a Bíblia chama de Satanás e seus demônios, enganarem pessoas. Por isso ela diz sobre muitos se desviarem da fé e prestarem atenção a ensinos de demônios. (1 Timóteo 4:1) Essa força maligna maior explicaria também, na minha opinião, a razão de pessoas cultas, com formação acadêmica, se tornarem vítimas de interpretações bizarras. E há também aqueles que já nascem nesse caminho exclusivista e fanático.

Sobre eles, digo que precisamos orar pela conversão e salvação deles. Não podemos de forma alguma odiá-los. Eles precisam ouvir de nós o evangelho. Mas só Deus pode libertá-los!

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PERGUNTA – O que significa sermos “a imagem e semelhança de Deus”?

RESPOSTA CRISTÃ – Quando Deus diz em Gênesis 1:26 “façamos o homem à nossa imagem, segundo nossa semelhança” significa que fomos criados semelhantes a Deus, para representá-lo. (Wayne Gruden. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva, p. 364) Não significa ser Deus, nem igual a Deus, mas similares, com atributos divinos comunicados a nós e iguais na abrangência, mas não na profundidade. Por exemplo, antes do pecado, o homem era semelhante a Deus porque podia amar, ser justo, sábio, dentre tantos atributos de Deus comunicáveis ao homem, todavia, o homem não poderia ser tanto amor, justiça e sabedoria como Deus o são. Por isso, é imagem e semelhança na abrangência ao representar a Deus, não na profundidade. Adão e Eva, depois do pecado, perderam muito dessa imagem e semelhança, mas Cristo, o último Adão (1 Coríntios 15:45), depois de assumir a natureza humana, passa a ser chamado nas Escrituras de “imagem do Deus invisível” (2 Coríntios 4:4; Colossenses 1:15), portanto um perfeito representante de Deus, que pelo seu sacrifício salva o homem e, transformando-o gradativamente, desde já, de glória em glória, na mesma imagem do Senhor (2 Coríntios 3:18) e no culminar da salvação humana restaura a posição do homem de imagem e semelhança de Deus, todavia mais próximo ainda de Deus, sendo semelhantes a Deus. – 1 João 3:2.

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PERGUNTA – Às vezes lemos que certos teólogos famosos negam a imortalidade da alma, e creem como os adventistas, ou seja, quando o homem morre ele deixa de existir, para ser recriado seu corpo e alma (vida) na ressurreição dos mortos. Eles seriam hereges por esse motivo?

RESPOSTA CRISTà– Não, desde que não nos considerem hereges por crer na imortalidade da alma. As seitas mortalistas atacam a Igreja Corpo de Cristo por crer na imortalidade da alma, como se tivéssemos nos contaminados com ensinos pagãos ou platônicos. Mas estes teólogos cristãos, mesmo pensando igualmente às seitas quanto a mortalidade da alma, não nos atacam, apenas defendem um ponto de vista errôneo. Todavia, alguns apologistas cristãos os veem com muitas ressalvas, e este é o meu caso, haja visto o seguinte fato: Se o homem não tem um espírito humano (ou alma) que sobrevive à morte do corpo, Cristo também não teve (pois é humano como nós). Se o homem deixa, então, de existir quando morre, Jesus enquanto homem deixou de existir como homem. E se isso aconteceu com Jesus enquanto este morto, a união hipostática se desfez, para ser reassumida na sua ressurreição, e isso beira a heresia de perdição. Quando o Verbo se fez carne, isso é de uma vez por todas, ou seja, na encarnação, a partir da concepção. E na morte de Cristo, o que garante a continuidade da união hipostática é a continuidade da natureza humana de Cristo através de seu espírito (ou alma) humano que sobrevive à sua morte.

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PERGUNTA – Quando penso nas desigualdades sociais, na pobreza alarmante, nos motivos de tanto sofrimento na África, a doutrina que mais me conforta é a dos espíritas, pois ela explica que uma pessoa sofre assim porque em vidas passadas elas cometeu pecados pelos quais ela está pagando nesta vida. O que o senhor acha disso?

RESPOSTA CRISTà– Com todo respeito a meus queridos amigos espíritas, gente muito caridosa por sinal, e a você também que me fez essa pergunta tão sincera, eu não vejo razões para crer assim. Soa-me como fantasiosa, pelas seguintes razões. Jogar a culpa das situações atuais a uma vida ou mais passadas não ajuda em nada na solução do problema. Equivaleria dizer: Não vou nem tentar te ajudar, porque é seu carma! Você sofre assim por alguma coisa que fez em vidas passadas, e embora você não se lembre do que fez, você terá que pagar por isso. Um Deus de amor não faria isso. Um Deus justo que nos ensina a reconhecer os erros diante dos outros não nos impediria de saber quais foram esses erros, pois saber deles nos ajudaria mais ainda a nos refazer deles e dar a necessária reparação. E pior, além de jogar a culpa nas vidas passadas, me incentiva a poder pagar pelo erro só em vidas futuras. Por isso, prefiro entender que está ordenado ao homem morrer uma única vez (Hebreus 9:27) e que o que ele semear em vida, colherá na mesma vida. – Gálatas 6:7.

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PERGUNTA – Quando o Diabo disse a Eva que ela não morreria caso comece da fruta, mas seria como Deus (imortal), não prova isso que o ensino da imortalidade da alma surgiu com Satanás? – Gênesis 3:5.

RESPOSTA CRISTÃ – O Diabo não prometeu a Eva que se comesse da fruta ela seria como Deus por ser imortal, mas por saber o bem e o mal. Muito menos o Diabo prometeu que ela seria imortal depois da morte, ou que ela morreria e algo já imortal sobreviveria. Esses argumentos dos mortalistas e aniquilacionistas constitui em puro desespero para imputar ao diabo a crença de que a alma vive após a morte, quando a própria Bíblia comprova isso. Lemos em Mateus 10:28 sobre ‘não se temer os que matam o corpo, mas não podem matar a alma’, pois só Deus pode fazê-lo. E em Apocalipse 6:9, 10 mencionam-se as almas dos que foram mortos clamando por justiça, o que só seria possível se houvesse vida após a morte.

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PERGUNTA – A visão que Ezequiel teve, de quatro rodas para cada face dos anjos querubins, não prova a existência de OVINs, discos voadores e vida em outros planetas?

RESPOSTA CRISTà– Não podemos pôr na Bíblia, principalmente em textos que descrevem sinais, interpretações que bem entendermos. Se assim for, seria correta também a interpretação que acabei de inventar: “As quatro rodas representam a invenção do carro, nós somos os anjos (ou mensageiros de Deus), usando os carros para nos levar para qualquer lugar para pregar o evangelho. Mas com certeza o texto não se trata disso. E muito menos de OVINs, disco voador e vida extraterrestre de outros planetas. As rodas podem muito bem simbolizar como Deus guia e usa seus anjos, através do seu Espírito, de forma dinâmica e atuante como Ele quer.